Inicialmente batizada como San Francisco de Quito, a cidade equatoriana ocupa o posto de segunda capital mais elevada do mundo, perdendo apenas para La Paz (Bolívia). Com uma população de 1,6 milhão de habitantes, Quito ostenta mais um segundo lugar: a concentração populacional de Guayaquil, coração econômico do Equador, é a maior do país, jogando a capital mais uma vez para a segunda posição do ranking. Localizada nas encostas do vulcão Pichincha, na região sul do Equador, o município foi construído em um estreito vale dos Andes que fica a 2.850 metros acima do nível do mar.
Muitos foram os povos que participaram da História da região. Passada dos Quitus para os Incas e, então, tomada pelos Espanhóis, a capital tem uma configuração climática interessante: apesar de estar basicamente em cima da Linha do Equador, as altas temperaturas não acontecem por lá. Isso porque o município está em uma área de altitude elevada, fazendo com que as temperaturas amenas e constantes imperem durante o ano todo.
O ponto turístico de maior destaque de Quito á Old Town, a primeira região declarada Patrimônio Mundial pela Unesco por apresentar monumentos coloniais e tesouros arquitetônicos. Inclusive, essa área garante a Quito a mais extensa, bem preservada e menos alterada zona antiga de toda a América Latina! Por essa razão, o viajante que caminha pelo local tem a sensação de retroceder no tempo, com a visão de ruas de pedras, igrejas barrocas, praças exuberantes e edifícios do Governo.
Outro ponto inusitado por lá é a Ciudad Mitad del Mundo. Situado a 13km da capital, o parque possui um monumento que literalmente divide o planeta em dois hemisférios. Não é de se estranhar, portanto, que os turistas visitem o local para tirar a famosa foto com um pé no hemisfério norte e outro no hemisfério sul.
Na capital do Equador a língua em vigência é o Espanhol e desde o ano 2000 o país adota o dólar americano como moeda oficial (o sucre, antiga moeda de lá, sofreu muita desvalorização com a crise econômica vivida nos anos 90 e, por isso, foi descontinuado). Devido à localização privilegiada, o turista que visitar Quito ainda terá a chance de se locomover facilmente para outras cidades equatorianas, além de poder dar um pulinho no Peru, país vizinho. Da cidade também saem diversas excursões para as Ilhas Galápagos, um verdadeiro paraíso para os amantes da fauna e da flora.
Como chegar
Infelizmente desde o ano de 2015 não há mais voos diretos entre o Brasil e o Equador. A Tame, companhia aérea equatoriana que operava o percurso Quito – Paulo, encerrou suas operações para a rota após uma decisão interna de reestruturação. Por essa razão, o viajante brasileiro deve enfrentar uma conexão para chegar ao seu destino final. Empresas como a Avianca, Latam e Copa Airlines são algumas das mais utilizadas para ir a Quito. Nesses casos, a chegada acontece pelo Aeroporto Internacional Mariscal Sucre (UIO), localizado a 18km do centro da cidade. Inaugurado em 2013, o hub aéreo se destaca por abrigar uma das maiores pistas da América do Sul, com 4.100 metros de comprimento e 45 metros de largura.
Para ir do aeroporto até o centro da cidade, o turista geralmente opta por táxis. Por ser uma distância pequena, as corridas não costumam ficar caras e ainda garantem conforto ao viajante que já chega cansado do voo. Os valores são tabelados e custam cerca de US$25 até a principal área turística de Quito. As companhias de táxis oficiais que operam por lá são a La Cooperativa de Taxis Aeropuerto Mariscal Sucre e a Asociación de Cooperativas del Valle (Univalle).
Outra possibilidade é fazer o trajeto do aeroporto até sua hospedagem via ônibus. A empresa Aero Servicios funciona 24 horas por dia, com saídas a cada 30 minutos. O viajante que optar por esse meio de transporte gastará menos de US$10 e poderá levar uma mala de 23kg. Caso carregue uma segunda bagagem, uma pequena taxa será cobrada. Também é possível fazer o trajeto via ônibus comuns, cujos bilhetes custam cerca de US$2. Vale lembrar que os ônibus tradicionais funcionam das 5h30 às 22h, portanto essa não é uma opção viável para você se a sua chegada acontecer em horários mais alternativos.
Vida noturna
Apesar de não ter uma vida noturna tão efervescente como em outras cidades da América do Sul, caso de Buenos Aires e São Paulo, a capital equatoriana garante boas opções para aqueles que não dispensam uma saída após o horário comercial. Para esquentar a sua noite, vá a La Ronda. Essa rua histórica, situada no centro da cidade, é um dos principais pontos boêmios de Quito e só permite o trânsito de pedestres durante a sua extensão. Localizada em Old Town, a via está repleta de cafés, galerias de arte e bares instalados em casarões coloniais que garantem uma atmosfera diferenciada para aqueles que visitam o local. Quando estiver por lá, não deixe de experimentar o canelazo, uma bebida quente e alcoólica bastante tradicional em Quito.
Agora se você quer dançar madrugada adentro, a melhor área da cidade é La Mariscal. A Praça Foch é um dos pontos altos da região, pois agrupa diversos bares da moda e restaurantes internacionais, além de ser palco de um importante evento musical que acontece anualmente na cidade, o Quito Blues Festival. Para se ter uma ideia, o La Mariscal está para Quito assim como Pinheiros e Vila Madalena estão para São Paulo! Na Rua Calama é onde ficam as mais badaladas casas noturnas da cidade, portanto se o foco é dançar até o sol raiar vá para lá. Situado a apenas 10 minutos de carro do centro histórico, La Mariscal é uma opção para quem quer aproveitar a vida noturna sem se distanciar muito.
La Floresta, Guápulo e La Carolina também são bons bairros para aqueles que querem embalar a noite. Assim como La Mariscal, as regiões têm forte apelo noturno, com a presença de casas noturnas e bares capazes de agradar todos os perfis de turistas, especialmente jovens em busca de paquera.