Campo Grande surpreende pelo excelente planejamento urbano, com o trânsito organizado, e pelas muitas áreas verdes e vida social agitada. Porta de entrada para o Pantanal Sul, a Serra da Bodoquena e o Parque Nacional das Emas (em Goiás), mesmo com suas ruas largas e arborizadas, a cidade não perdeu o jeito de cidade do interior. 

A capital do Mato Grosso...

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  • População 863.982 mil

  • Hora local 22:51

  • 1 Real R$ 1,00

  • Temperatura local 22.75º Ver previsão

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Hospedagem em Campo Grande

menor valor maior valor
Apartamento R$ 102,86 R$ 2.470,00
Albergue R$ 150,00 R$ 163,52
Pousada R$ 167,14 R$ 200,00
Hotel R$ 216,00 R$ 630,00

Alimentação em Campo Grande

Média de preços por dia com base em centenas de experiências

  • Café da manhã


    R$ 10,80 R$ 10.80 a R$ 22,80 R$ 22.80
  • Almoço


    R$ 18,00 R$ 18.00 a R$ 48,00 R$ 48.00
  • Jantar


    R$ 24,00 R$ 24.00 a R$ 69,60 R$ 69.60

Guia Campo Grande

Campo Grande surpreende pelo excelente planejamento urbano, com o trânsito organizado, e pelas muitas áreas verdes e vida social agitada. Porta de entrada para o Pantanal Sul, a Serra da Bodoquena e o Parque Nacional das Emas (em Goiás), mesmo com suas ruas largas e arborizadas, a cidade não perdeu o jeito de cidade do interior. 

A capital do Mato Grosso Sul é marcada pela mistura de diferentes culturas - reflexo da ocupação da região e da localização fronteiriça do estado. A temática pantaneira está presente nas pinturas que decoram alguns prédios e na gastronomia. Imigrantes paraguaios, bolivianos e japoneses também deixaram sua marca.

A influência das tribos indígenas é vista no belo artesanato, repleto de peças de cerâmica e de madeira, além das coloridas tapeçarias. Do país vizinho, o Paraguai, a influência é gastronômica. A chipa, uma espécie pão de queijo de massa compacta, e a sopa paraguaia, que na verdade é uma torta salgada, são alguns exemplos das iguarias herdadas dos vizinhos.

Para acompanhar uma boa conversa, os locais sempre estão acompanhados de um tereré, uma espécie de chimarrão gelado. Se não bastasse, incrementam a cozinha regional os pratos japoneses, influência dos imigrantes que vieram do outro lado do mundo para a região no início do século 20. O destaque é o sobá - um macarrão artesanal incrementado com omelete e carne de porco.

Pratos exóticos e típicos do Pantanal também são encontrados em Campo Grande. Nos restaurantes regionais, os cardápios trazem moqueca de jacaré, pintado com banana-da-terra e urucum e caldo de piranha.

A mesa variada, porém, não é o único atrativo da capital sul-mato-grossense. Para queimar as calorias depois dessas refeições, uma dica de passeio é o Parque das Nações Indígenas, ponto de encontro dos moradores da cidade para admirar o pôr-do-sol. A área abriga pistas de corrida e de skate, gramados, quadras, lago, palco, teatro de arena e restaurante, além de exposições no Museu de Arte Contemporânea.

Imperdível também é visitar o Memorial dos Povos Indígenas, onde há uma comunidade de índios e venda de artesanato. O espaço é um dos atrativos do City Tour, um passeio realizado em ônibus de dois andares com acompanhamento de guia. O programa dura pouco mais de duas horas e passa por mais de 40 pontos turísticos entre praças, ruas e prédios históricos.

Para quem gosta de Natureza, o Inferninho é uma cachoeira que fica no perímetro urbano. Por lá, é comum ver praticantes de rapel aos fins de semana e banhistas fazendo trilha para acessar a cachoeira. Já o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres – CRAS oferece uma trilha guiada diariamente para grupos fechados. Os visitantes conhecem animais que estão em tratamento e serão liberados em breve.

Já Casa do Artesão reúne cerâmica indígena, tapeçaria, bordados e artesanato popular de quase 1,5 mil artesãos de todo o estado.  

Um atrativo curioso da cidade está na saída de Campo Grande em direção ao município de Sidrolândia. No local é possível ver uma placa de trânsito orientando o sentido para Machu Pichu. O inusitado é que parece que é a cidade está próxima, quando, na verdade, está a 3,4 mil quilômetros de distância.

Como chegar

Para quem não tem muito tempo disponível, ir para Campo de Grande de avião acaba sendo a forma mais rápida e fácil. Quem opta por esse meio de transporte deverá chegar à cidade pelo Aeroporto Internacional de Campo Grande (CGR), localizado a menos de 7km do centro da cidade. Operando voos das principais companhias aéreas presentes no país, como Azul, Gol, LATAM e Avianca, o hub garante a facilidade de também estar próximo à região central. Portanto, a locomoção do turista até essas áreas – onde ele provavelmente estará hospedado – deverá acontecer sem grandes transtornos. De táxi são apenas 10 minutos até a principal área hoteleira do município.

Para aqueles que viajam em cima da hora e não conseguiram bons preços aéreos (ou promoções), a outra alternativa é fazer o percurso de ônibus. O desembarque deverá acontecer pelo Terminal Rodoviário de Campo Grande, que conta com 25 plataformas, praça de alimentação, bancos e caixas eletrônicos 24 horas. Os trajetos acontecem de diversas partes do Brasil. Um dos mais populares é de Cuiabá, realizado pela Nova Integração e pela Viação Ouro e Prata. De São Paulo há três viagens diárias realizadas pela companhia Viação Andorinha. Já de Belo Horizonte, com uma viagem ao dia, é a Viação Gontijo que faz o transporte de passageiros.

É possível ainda chegar lá utilizando carros. Nesse caso, bote os valores de gasolina, pedágio e desgaste do veículo na ponta do lápis para entender se vale a pena. Leve em consideração também o cansaço ao volante, pois são viagens geralmente longas. De Cuiabá são nada menos do que 700km que devem ser percorridos pela BR-163. Ao todo, são cerca de 9 horas de percurso. Já para quem parte de São Paulo, a distância é de aproximadamente 1000km pela BR-116, BR-374 e BR-267. Nesse caso, o motorista deverá encarar mais de 11 horas dentro do carro.

Vida noturna

Alguns anos atrás a agitação tão comum às capitais brasileiras ainda não fazia parte da rotina de Campo Grande. Nos últimos tempos, no entanto, com a chegada de novos barzinhos, restaurantes e casas noturnas, a cidade ampliou o seu leque de possibilidades e agora garante opções para os moradores e turistas de segunda a segunda. É claro que pessoas que moram em São Paulo ou Rio de Janeiro ainda podem achar o local mais pacato, mas isso não significa que as opções lá disponíveis não sejam capazes de ocupar diversas noites daqueles que decidem conhecer a região. Outro ponto alto é a variedade de estilos musicais. Por mais que o sertanejo ainda seja o mais recorrente no município, amantes de outros ritmos também podem se sentir contemplados com essa nova fase da cidade.

A Valley é uma das redes noturnas mais fortes por lá, com três casas em Campo Grande e uma em Cuiabá. A Valley Pub seguiu o conceito de pub irlandês e revolucionou o mercado de bares na região. O estabelecimento conta com um público bonito que começa a frequentar o local após o horário comercial, já para aproveitar os happy hours. Já a Valley Acoustic Bar preza pela decoração, conforto e comodidade para quem gosta de música sertaneja. Em seus palcos já se apresentaram artistas famosos do gênero, como Munhoz e Mariano, Luan Santana, Maria Cecília e Rodolfo e João Bosco e Vinícius, por exemplo. Já a Valley Tai preza pela excentricidade e requinte, trazendo decoração com inspiração tailandesa que leva até mesmo ouro em suas peças.

Outras casas noturnas da cidade também merecem a sua atenção. Algumas delas são a Wood’s (também com foco no sertanejo), a Move Club (com line-up de música eletrônica e apresentação de DJs) e a Non Stop (que se posiciona para o público LGBT e, inclusive, trouxe artistas influentes do gênero, como Wanessa, Valesca Popozuda e Banda Uó).