É bem verdade que os atrativos de Campo Grande estão mais centrados na gastronomia e na vida noturna. Isso não significa, porém, que não existam pontos turísticos e monumentos que valham a visita do turista. Para começar, a capital sul mato-grossense é uma das cidades mais verdes do Brasil, o que já garante motivos de sobra para o turista conhecer seus parques e praças. Além disso, o local preserva a cultura pantaneira, indígena e artesã por meio de diferentes museus e casas de visitação. Portanto, ir para Campo Grande é entender um pouco mais sobre essa região brasileira que nem sempre é obvia para os moradores do eixo Sul-Sudeste.
Para começar com pé direito, vá ao Parque das Nações Indígenas. Considerado um dos maiores parques urbanos do mundo, o local é uma atração querida não apenas pelos turistas, mas também por moradores. Com pistas de corrida, quadras, rampas de skate, lanchonetes e uma fauna incrível, o complexo é indicado para todas as idades. Alguns dos animais que frequentemente são vistos por lá são as capivaras (às vezes famílias inteiras delas) e as araras. Se possível, vá no final da tarde para conseguir abrilhantar seu passeio com o pôr do sol. É no Parque das Nações Indígenas também que estão alguns dos museus mais visitados de Campo Grande, como o Museu de Arte Contemporânea e o Museu Dom Bosco (também conhecido como Museu do Índio). É lá ainda que fica o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), que disponibiliza trilhas ecológicas por dentro da vegetação local.
Se quiser se aprofundar ainda mais sobre as influências das tribos indígenas (algo bem latente na região), outra atração turística imperdível é o Memorial da Cultura Indígena. Situado na Aldeia Urbana Marçal de Souza, um dos poucos povoados instalados no meio de uma cidade, o estabelecimento tem formato de oca e abriga objetos e obras da etnia Terena, bastante comum por lá.
Outro lugar que não pode ficar de fora do seu roteiro é a Casa do Artesão. Funcionando há mais de 30 anos no local, o estabelecimento tem como objetivo mostrar artesanatos produzidos no Mato Grosso do Sul. É considerado por muitos uma forma lúdica de cair de cabeça na cultura popular da região. Além das obras de arte, o local comercializa bebidas e geleias típicas do estado. Localizada no centro da urbe, a Casa do Artesão preserva até hoje a sua arquitetura original. Como curiosidade, dizem que o local – que já foi sede de um banco no passado – tem um cofre cheio de riquezas com chave perdida dentro do edifício. Se quiser tentar a sorte, essa é a sua chance!
Agora se você pretende mesclar gastronomia e cultura, a boa pedida é visitar a Feira Central. Por lá o que impera é a venda do Sobá, tradicional prato de origem japonesa que é unanimidade entre os moradores do município. Inclusive, em frente ao local, há um enorme monumento em formato de sobá, que foi construído como forma de homenagear a iguaria. Se a sua visita à Campo Grande acontecer em agosto, não deixe de participar do Festival do Sobá que acontece no local.
E para finalizar com chave de ouro, não deixe de ir ao Inferninho, uma cachoeira localizada dentro do perímetro da cidade. O nome se deve a um fato curioso: no passado, o lugar era utilizado como depósito de lixo, entulho, carros velhos, etc. Com o passar dos anos, a região foi revitalizada e limpa, fazendo com que hoje a lembrança do passado se deva apenas ao nome. A cachoeira é ainda muito frequentada por praticantes de rapel, garantindo uma experiência mais completa para o turista que se aventura pela região.