Considerada a cidade mais bonita da Alemanha, Munique não só encanta pelas suas belezas clássicas, mas também pelo estilo de vida alegre e vibrante. Porém, tudo isso é ofuscado pela cerveja, o verdadeiro chamariz da região. Isso porque foi lá que nasceu uma das festas mais aclamadas e celebradas da atualidade, a Oktoberfest. Situada no coração da Bavária, a capital da cerveja conta hoje com pouco menos de 1,5 milhão de habitantes. Dentre os principais atrativos da cidade estão os mais de 400 bierkellers (pubs fechados) e biergartens (bares ao ar livre), que permitem ao turista experimentar alguns dos rótulos mais tradicionais da área. Aliás, o Viktualien Market é uma ótima dica para aqueles que querem fazer uma degustação da bebida acompanhada por queijos, salsichas e linguiças.
Mas apesar do foco principal girar em torno da cerveja, a cidade apresenta também um lado artístico bem desenvolvido, atraindo milhares de turistas aos seus famosos museus e monumentos. Apesar de ter sido parcialmente destruída durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade foi restaurada pouco depois e conserva ainda hoje a atmosfera dos edifícios e construções dos anos 1800.
Dentre as atrações que não podem faltar em seu roteiro está a Residenz, antiga casa dos reis da Bavária; o Deustches Museum, o maior museu de tecnologia e ciências naturais do mundo; a Frauenkirche, catedral gótica inaugurada em 1494 que ainda hoje é o símbolo da cidade; o Neuschwanstein, imponente palácio construído por Ludwig, o rei louco da Bavária, que dizem ter inspirado a construção do castelo da Disney; e a Marienplatz, uma das praças mais bonitas de toda a Europa.
Para os amantes das artes, a boa pedida é inserir no roteiro uma ida à Nueue Pinakothek, que abriga obras emblemáticas de artistas renomados como Van Gogh, Cézanne, Renoir, Gauguin e Monet. Agora para quem gosta de carros, a sugestão é fazer uma visita ao Museu da BMW, que se dedica de maneira apaixonada à cultura automobilística. Enquanto isso, os amantes do futebol têm à sua disposição um passeio imperdível pelo Allianz Arena, para conhecer um pouco mais a história do FC Bayern.
Seja qual for o atrativo que mais chamou a sua atenção, o fato incontestável é que você dificilmente irá embora de Munique decepcionado. Aliás, muito pelo contrário! Inicialmente diversos turistas designam um período menor de tempo para conhecer a cidade, mas chegando lá precisam espichar um pouco mais para fazer tudo o que a região tem a oferecer.
Como chegar
Para quem parte do Brasil não há mais opções de voos diretos para a cidade alemã. A companhia aérea Lufthansa, que fazia o percurso sem conexão em cerca de 11 horas, cancelou a rota em questão no ano de 2016, quando caiu drasticamente o número de clientes por conta da crise econômica. Após isso, os brasileiros que quiserem ir para lá têm a opção de aderir à parceria Lufthansa e LATAM, ambos membros da Star Alliance, ou então utilizar outras empresas que fazem conexão nas suas cidades-sede europeias.
Seja qual for a escolha adotada, o viajante desembarcará no Aeroporto de Munique – Franz Josef Strauss (MUC), situado a 28km de distância do centro. Ele, inclusive, é a base da Lufthansa e dos seus parceiros da Star Alliance, por isso a opção combinada entre a companhia alemã e a LATAM é uma boa pedida para os brasileiros.
Outra alternativa viável para quem já está no Velho Mundo é procurar por vôos low cost de companhias locais. Nesses casos, os valores dos tickets costumam ser bem mais em conta, mas o turista deverá tomar cuidado com as especificações de bagagem para não pagar valor excedente.
Outra maneira fácil de chegar à capital da Bavária é por meio de trens. Essa é uma maneira prática para quem já está na Alemanha ou em países vizinhos. A distância de Berlim à Munique por esse meio de transporte, por exemplo, dura cerca de 7 horas e o viajante chega à Estação Central de Munique (Hauptbahnhof), que fica bem localizada e facilita bastante a vida de quem está hospedado na região.
Outra maneira bastante utilizada por lá são os carros, uma vez que as Autobahns da Alemanha, ou seja, as rodovias, são bastante modernas e eficientes. As rotas que desembocam na cidade são a A9 (via Nurenbergue) e a A8 (via Stuttgart), mas leve em consideração que elas costumam ser bastante movimentadas na alta temporada.
Vida noturna
Não é só por conta da Oktoberfest que a vida noturna na capital da Bavária é animada e efervescente. O que não faltam na cidade são opções para quem quer sair e apreciar uma boa cerveja ou, então, dançar ao som de música eletrônica até o sol raiar. A noite em Munique começa por volta das 17h, quando as pessoas saem de seus respectivos trabalhos e estendem para os famosos happy hours. Nos meses mais quentes do ano, os biergartens (bares ao ar livre) costumam encher rapidamente. Para quem não conhece o estilo desses estabelecimentos, os biergartens são mesas de madeira compartilhadas por diferentes pessoas em parques e espaços abertos. É uma ótima pedida para começar a noite e apreciar as tradicionais cervejas artesanais alemãs.
Quando o assunto são pubs, bares fechados e casas noturnas dois são os distritos que agitam a galera: Schwabing e a Glockenbachviertel. Situado em uma zona universitária, o distrito de Schwabing é considerado o mais animado da cidade. Ele abriga algumas das casas noturnas mais requisitadas de Munique e, para a sorte dos turistas, é abastecido por duas linhas de metrôs: a Universitat e a Giselstrasse. Já Glockenbachviertel fica na parte sul da cidade, perto do rio Isar. Nos anos 80, a área foi um reduto dos gays e hoje desponta como uma região luxuosa repleta de restaurantes, bares, bistrôs e cafés.
Outra região cheia de clubes noturnos é Kultfabrik. Essa parte da cidade foi uma área industrial no passado, o que contribui hoje para a atmosfera cool da atualidade. As praças públicas também aparecem como polos de entretenimento noturnos. Durante os dias elas acomodam muitos artistas de rua, mas com o cair do sol são os restaurantes, bares e pubs que ganham importância. Nessa linha, algumas boas opções são a Marienplatz e a Odeonsplatz.
Um ponto positivo de Munique é que a cidade é bastante segura, permitindo que as pessoas possam voltar das noitadas andando para as suas casas e hotéis. É claro que sempre existem áreas mais perigosas, mas no geral a capital da cerveja não oferece muito perigo quando o assunto em pauta é esse.