Um dos destinos mais charmosos do Velho Mundo, Praga é parada obrigatória para os turistas que desejam conhecer o rústico e inacreditável leste europeu. Junto com Berlim, Viena, Budapeste e Bratislava (mesmo que essa última seja mais desconhecida para os brasileiros), a capital tcheca completa o circuito de cidades que, não muito tempo atrás, passava longe do radar turístico dos viajantes verde e amarelo. Isso, no entanto, vem mudando cada vez mais, e a popularidade da mais famosa cidade da República Tcheca garante um turismo pulsante na região!
Apesar de ficar na parte que hoje é considerada “leste”, Praga na verdade está localizada bem no centro do continente e, por essa razão, já foi inclusive chamada de “o coração da Europa”. A sua posição privilegiada faz com que a cidade seja ponto de parada de muitos turistas europeus que passam pela região sempre que decidem viajar pelo continente. Com uma singularidade sem igual e mil anos de história para contar, a capital tcheca se destaca pela arquitetura deslumbrante, pelas muitas manifestações de arte (que podem ser vistas nas ruas inclusive), pelas cervejas artesanais, pela gastronomia democrática e pelos preços mais econômicos se comparados com os praticados pelos países mais procurados do continente.
Assim como em Londres e em Paris, a capital tcheca também tem um rio importante que cerne o funcionamento da cidade. Na margem esquerda do Rio Vitava há o castelo de Praga, enquanto do outro lado fica a famosa Ponte de Carlos. A região também é cheia de igrejas e sinagogas e não é à toa que a Praga também é conhecida como “a cidade das cem cúpulas”. Em clima de vila medieval, a região permite ao turista uma verdadeira imersão no passado, aquela sensação de estar participando diretamente das páginas dos livros de História.
Mas não é só de passado que vive a cidade. Point de muitos viajantes jovens, a cidade tem uma das noites mais vibrantes da Europa, com diversas casas noturnas e seus andares underground servindo cerveja a preços módicos. Inclusive, há lugares em que é possível comprar uma pint de cerveja por apenas 2 euros, o que certamente faz a alegria dos mochileiros que não dispensam uma diversão, mas também não podem gastar muito. A língua oficial falada por lá é o tcheco, mas se você arranha no inglês não deve encontrar dificuldades em se comunicar pela cidade. Praga está totalmente adaptada ao turismo, então a língua oficial do viajante é bastante ouvida pelas ruas e estabelecimentos locais. Já a moeda corrente é a Koruna Czech (CZN), então se você vai chegar em um horário mais alternativo, como de madrugada, é bom já ir com pelo menos parte do dinheiro convertido para não passar apuros!
Como chegar
Para quem deseja fazer de Praga seu primeiro ou único destino na Europa, é preciso pegar um avião que saia do Brasil e faça conexão em algum outro lugar do Velho Mundo. Não há voos diretos do nosso país para a capital tcheca, mas há boas opções de voos com apenas uma conexão no meio do caminho. Lufthansa, Air France, KLM e Latam são algumas das possibilidades.
Se essa for a sua escolha, você deverá chegar no Aeroporto Internacional de Praga (PRG), chamado também de Aeroporto de Ruzyne. Ele fica 15km distante do centro da cidade e existem algumas possibilidades de transporte saindo de lá. Três linhas de ônibus partem de Ruzyne até pontos estratégicos da cidade onde é possível pegar o metrô (o valor da passagem é inferior a 50 CZK). Também é possível fazer o trajeto de táxi pagando algo em torno de 800 CZK, mesmo valor praticado pelos transfers, que são agendados diretamente com os hotéis. Outra alternativa é fazer a locomoção por Uber pagando metade do valor praticado pelos táxis.
Muitos que colocam Praga no roteiro desejam conhecer o leste europeu. A partida geralmente se dá por Berlim, na Alemanha. Nesse caso, a melhor alternativa para chegar à capital tcheca é por trem. Pouco mais de 4h separam as duas cidades, o que torna o percurso interessante pelo custo-benefício (pois não é preciso chegar com tanto tempo de antecedência como no aeroporto e as estações de trem são geralmente situadas nos centros das cidades europeias, evitando gastos de locomoção). Essa opção também é viável para outras cidades próximas, assim como os voos low cost. Companhias como Vueling e Easy Jet também fazem rotas de diferentes pontos da Europa para Praga.
Outra opção para aqueles que já estão no continente europeu é ir até lá com um ônibus. As companhias Eurolines e Student Agency vão até a cidade a partir de diversos pontos do Velho Mundo, então se o seu foco é economia essa é com certeza a melhor opção para o seu bolso!
Vida noturna
Uma cidade com muitos jovens e cerveja barata sempre garantem diversão na certa para o turista que aporta por lá. Praga é assim: exuberante e histórica durante as manhãs, efervescente e animada no cair da noite. É considerada por muitos uma das melhores cidades europeias para aproveitar a vida noturna – e olha que por lá a concorrência é bastante acirrada (Ibiza, Londres, ilhas gregas, Berlim, etc).
Para quem não quer errar, a melhor opção é ir para a Rua Dlouhá. É nela e em seus arredores que se encontra a maior concentração de bares e baladas de Praga. São possibilidades para todos os gostos e bolsos, então se você não souber ao certo o que fazer (mas tiver a certeza que não quer deixar a noite passar batida), é para lá que você deve ir. Ao se deparar com a enorme diversidade de estabelecimentos, você encontrará um que combinará com a sua vontade. Vale dizer que a Dlouhá também é bem servida pelo transporte público, com duas estações de metrô próximas e duas outras estações de bondes.
Já para os amantes da música eletrônica, a capital tcheca garante inúmeras alternativas. Situada na Europa Oriental, a cidade nem sempre foi adepta às modernidades dos nossos tempos. As casas noturnas, então, surgem na região como uma forma de ocidentalizar Praga. Eram nelas que músicas eletrônicas e proibidas para a região eram tocadas perante milhares de jovens, fazendo com que hoje estes estabelecimentos sejam verdadeiros expoentes da cultura local. Uma das mais tradicionais casas noturnas de Praga é a Roxy, inaugurada em um antigo cinema da cidade no ano de 1992, quando lá era ainda Tchecoslováquia. Até hoje é uma das melhores baladas do local, assim como a Chapeau Rouge, também tradicional e em atividade desde 1919.
Vale dizer que ao contrário do Brasil as baladas de Praga não exigem nenhum dress code sofisticado, assim como em diversos lugares da Europa. As pessoas estão lá para se divertirem, então se você for arrumado demais corre o risco de o deslocado ser você. Uma dica para as mulheres: as europeias e turistas dificilmente vão à balada de salto alto. Essa pode ser uma chance única para as brasileiras curtirem a noite até o sol raiar sem se preocupar com dores nos pés!