Em 1829, os alemães chegavam ao Paraná. Desde então, o território foi ganhando outros sotaques e culturas. Para conhecer um pouquinho do mundo, que tal um roteiro pelos restaurantes de imigrantes em Curitiba? Entre clássicos e novidades, tem muito lugar para explorar sabores interessantes.

A capital paranaense tem presença marcante não apenas dos alemães, mas também dos poloneses, chegados em meados de 1871, que na cidade formam a maior colônia no Brasil. Em 1895 vieram os ucranianos, que expandiram o território para o bairro Bigorrilho. Já o bairro Santa Felicidade foi fundado por italianos, em 1878, vindos em sua maioria do Norte da Itália.

Japoneses, sírios, libaneses, africanos, portugueses e suíços também fizeram e ainda fazem história. Nos restaurantes de imigrantes em Curitiba você pode conhecer um bocado sobre suas origens.

Restaurantes de imigrantes em Curitiba

  • Ile de France 🇫🇷
    Avenida do Batel, 1550 espace 4 — Batel

O primeiro restaurante francês de Curitiba foi fundado pelos franceses Emile e Janine Decock em 1953. Pouco tempo depois mudou de endereço, onde permanece até hoje, sob comando de outro casal do país europeu: Jean-Paul Louis Roland Decock e Clara Chao Decock. Entre as delícias da culinária típica se destacam clássicos como o steak tartare e a coxa de pato com purê de maçã. E, para finalizar a refeição, que tal um delicado creme de framboesa? 

Os irmãos sírios Wael e Bassel Al Zaeim chegaram ao Brasil para fugir dos conflitos em seu país natal. Ambos abriram o modesto restaurante de culinária árabe, incluindo kibe cru, mjadara (arroz com lentilha), coalhada, hommus, kibe, tabule e charuto de repolho. 

Foto: divulgação

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  • Do Peruano 🇵🇪
    Av. Mal. Humberto de Alencar Castelo Branco, 675

O pequeno bistrô do chef peruano Fernando Matsushita e da confeiteira brasileira Ilza Miura, faz sucesso entre os curitibanos em busca de sabores andinos. A preços justos, os pratos incluem pescados em versões variadas, do clássico ceviche ao peixe servido na tábua de pedra. Outra opção bem conhecida no Peru é o Tamal, uma massa a base de milho roxo moído, cozido no vapor, recheado com carne, azeitona e amendoim. Entre as sobremesas, se destaca o alfajor elaborado com farinha de folha de coca. 

Foto: divulgação
  • Everest Inn 🇳🇵
    Praça Galeria Osório, 333, loja 27 — Centro

O restaurante indo-nepalês é comandado pelo casal Min e Indra Gurung. Os dois trazem um pouquinho de sua cultura para a mesa, com opções de almoço estilo prato feito, nas versões vegetariano ou com proteína animal a preços bem modestos. Entre eles está o Curry Beef Chilli, iscas de alcatra salteadas com especiarias e pimentões, com massala de tomate e castanha, acompanhado de arroz, samosa (bolinho frito), pão e salada. A sobremesa que surpreende é Gulab jamun, de textura esponjosa. São bolinhos de leite cobertos por uma calda, servido quente. 

Foto: divulgação
  • Ukra Bar 🇺🇦
    Rua Pará, 1035 — Água Verde

Na sede do tradicional grupo folclórico Clube Poltava funciona o bar de inspiração ucraniana, sob os cuidados de Ana Paula Paludzyszyn, descendente do país europeu, que tem o intuito de atar os laços entre a comunidade. Entre as especialidades da cozinha está o paska, pão típico, servido com caponata e maionese de raiz forte; e a banosh, polenta cremosa com creme de ricota, bacon e endro.

  • Nola Pub 🇺🇸
    Rua Trajano Reis 443 —  Centro

New Orleans é uma cidade norte americana onde pulsa a culturas creole e cajun. Foi de lá que veio o chef Ryan Browder, sócio do brasileiro Luiz Edgar de Faria no pub Nola, instalado num casarão de 1903. A empreitada traz para Curitiba sabores inéditos, como a Jambalaya, que traz a chamada “santíssima trindade” da culinária Cajun: cebola, pimentão e aipo, que tempera o arroz com carne, frango e frutos do mar. A culinária criativa passa ainda por imigrantes sicilianos, que dão forma ao muffuletta, um sanduíche incrementado por queijos, presunto e mortadela.

Foto: divulgação
  • A Dona Ai 🇯🇵
    Rua Ferdinando Darif, 583 —  Campina do Siqueira

Faz quatro anos que a japonesa Ai Iwaya, da cidade japonesa Himeji, abriu o restaurante de paredes laranjas e comida caseira elogiada pelos clientes. O menu segue a linha de “comfort food”, que desperta bem-estar, partindo para pratos quentes como udon, lamén, teishoku e karê. É marcante a presença de curry, carne suína, frango empanado, missô e friturinhas crocantes. 

Foto: divulgação
  • Padaria América 🇩🇪
    Rua Pres. Carlos Cavalcanti, 942 — São Francisco

Presente no cotidiano dos curitibanos desde 1913, a padaria América engana no nome: diferente do que se pode imaginar, foi fundada por alemães da família Engelhardt para vender produtos típicos do país europeu. Bolo de figo, cuca de banana, pumpernickel (pão de centeio escuro), broa azeda, tortas e bolachinhas estão entre as delícias oferecidas. 

Foto: divulgação
  • Restaurante Beija-Flor (Bar do Português) 🇵🇹
    Rua Paula Gomes, 170  —  Centro

Quando tinha 12 anos de idade, Manoel Silvio de Barros fugiu da ditadura na Ilha da Madeira, em Portugal. Chegou na cidade portuária de Santos (SP) e em 1972 abriu o restaurante em Curitiba, onde serve um bolinho de bacalhau tipicamente lusitano, sem ovo e nem farinha, além de pratos feitos que seguem a mesma fórmula desde os primórdios. 

  • Kawiarnia Krakowiak 🇵🇱
    Rua Wellington de Oliveira Vianna, 40 — Entrada do Bosque do Papa

Uma família de poloneses comanda a charmosa casa de chá, na ativa desde 1989. A decoração exibe um pouquinho da cultura que permeia a Cracóvia, como pratos decorador, tapeçarias e emblemas. Entre as mesas circulam pratos, como o Pierogi (massa recheada de batata, requeijão e molho), o Bigos (repolho azedo e refogado com carnes defumadas) e Knedle (Strogonoff de frango com cogumelos e vinho branco). O cafezinho pode ser acompanhado de Kremòwka, uma massa folhada com creme de baunilha e nata; ou a Torre de Babel, camadas que intercalam geleia de damasco e creme de avelã.

Foto: divulgação

A colorida, aromática e bem temperada culinária indiana arranca suspiros dos clientes no Swadisht, fundado pelos irmãos Rohi e Jeeto. O ambiente um tanto sofisticado recebe o público confortavelmente para provarem mais de 80 opções do menu, com porções servidas para duas pessoas. A refeição pode começar com um Pudina Garlic Naan, pão indiano preparado com alho e hortelã, assado na hora no forno ‘tandoor’ e servido quentinho. Um dos pratos sugeridos é o Swadisht Meat Special, medalhões de filé mignon ao creme de curry, maçã e champignons com especiarias indianas. 

Foto: divulgação

Boa parte da colônia italiana de Curitiba se instalou no bairro de Santa Felicidade. Foi lá, em 1949, que começou a história da Família Trevisan, em um antigo bar/sorveteria, servindo comida típica de imigrantes da Itália. Nesta época, grande parte dos alimentos e criação de frangos eram cultivados no próprio local. Depois, a casa expandiu e hoje tem espaço para receber até 650 pessoas, que ali desfrutam de massas artesanais, risoto e o saudoso Brodo, famoso caldo de arroz com miúdos de frango. 

O restaurante português de frutos do mar foi fundado por um portuga da ilha dos Açores, João Raposo, que envolveu a família toda na cozinha. O clássico bacalhau ganha variadas versões: em bolinho, postas e lascas, sempre bem acompanhado de batatas, cebola, azeitonas, ovos, grão de bico e arroz. São servidos em travessas para até quatro pessoas. 

Foto: divulgação

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