Conhecida como uma verdadeira cidade-museu, Évora está a um pouco mais de 120 quilômetros de distância de Lisboa e é um pequeno e intrigante município que abriga uma população de quase 60 mil habitantes. A cidade é bem diversificada em termos de atrações, fazendo com que Évora seja o destino perfeito para os mais diferenciados perfis de viajantes.
Seu renome dá-se principalmente pela riqueza cultural e de seu patrimônio histórico. Cada monumento da cidade evoca um período da história. No coração de uma das mais fascinantes regiões portuguesas, o Alentejo, Évora já foi um importante centro no período romano. O Templo de Diana remete à essa época da antiguidade.
Milhares de anos antes dos romanos vencerem os celtas lusitanos, a região já era ocupada por comunidades pré-históricas, com menires (pedra movidas e colocadas de pé pelo homem) atestando a presença humana nos arredores.
A conquista árabe, a reconquista cristã e as disputas com Espanha também fazem parte da história local e explicam a existência das muralhas até hoje. Os edifícios e arcadas da Praça do Giraldo lembram os 450 anos do domínio mouro e a Igreja de São Francisco ostentam o estilo gótico-manuelino. Igrejas, praças, mosteiros, ruelas medievais complementam o charme desse verdadeiro museu a céu aberto — tombado como Patrimônio Mundial pela Unesco.
Apesar de tantas influências, Évora nunca perdeu a identidade lusitana, evidente no conjunto de casas caiadas e pátios forrados de azulejos. Depois que os árabes foram expulsos dali, no século 12, a monarquia portuguesa tomou conta do pedaço e fez Évora florescer como importante centro de estudos e artes nos séculos XV e XVI.
A maior parte das atrações concentra-se dentro das muralhas medievais da Cidade Velha, como a catedral gótica e a Igreja dos Lóios, dedicada a João Evangelista. O labirinto de ruelas pode ser visitado a pé, e guardam vias de nome pitoresco, como a Travessa do Pão Bolorento e a Rua do Imaginário. Mas nenhum templo chama tanto a atenção quanto a Capela dos Ossos, erguida com os esqueletos de 5 mil monges que viveram ali no século 17.