Ao contrário de cidades da Região Sul marcadas pelo turismo – como Canela, Gramado e Bento Gonçalves – o que impera em São Joaquim é o clima de vilarejo. Então não espere encontrar acomodações luxuosas, restaurantes premiadíssimos e pontos turísticos estonteantes. São Joaquim é marcada quase que unicamente pelas suas baixas temperaturas – tão baixas que em praticamente todo inverno é possível ver neve por lá.
E como você pode aproveitar mais esse fenômeno natural tão raro no Brasil, um país majoritariamente tropical?
Caminhe pelas ruas da cidade e tire fotos de carros, plantas e casas totalmente brancas. Vá um pouco mais distante, para regiões rurais e estradas, e veja como o a neve – alinhada com o teor mais rústico dessas áreas – garante paisagens e fotos de cair o queixo. Com tanto frio, aproveite também para provar as comidas típicas das serras catarinenses, que têm forte influência das culturas tropeira e gaúcha. Se você optar por uma acomodação fora da região central, no estilo hotel-fazenda, não deixe de aproveitar as atividades extras que esses lugares proporcionam, como Cavalgadas, Trilhas e até mesmo a Ordenha de Animais.
Mas e se você quiser ir além do óbvio e ver mais do que somente neve?
Bom, nesse caso, ande pelo centro da cidade e não deixe de destinar tempo considerável para a Igreja Matriz de São Joaquim, construída no início do século 20 com pedras basalto trazidas das serras catarinenses. Com arquitetura europeia, a construção fica na Praça João Ribeiro, sendo possível também ao viajante se esbaldar nas lojinhas e restaurantes localizados ao seu redor. É ainda na área mais central da cidade que acontecem os dois festivais que agitam a região. Entre abril e maio, ocorre a Festa Nacional da Maçã, com diversidade gastronômica envolvendo a fruta e shows ao vivo. Já durante os meses mais frios do ano, a cidade é tomada pelo Festival de Inverno, que traz programação especial para entreter o grande contingente de turistas que o município recebe.
Mas se você quiser ir além, saiba que existem outros dois grupos de atividades na área que podem ser boas pedidas: Enoturismo e Ecoturismo. Para quem gosta de vinho, São Joaquim tem diversas visitas a vinícolas que garantem degustação de rótulos e tour guiado. Uma das mais imponentes por lá é a Villa Francioni, uma das maiores produtoras de vinhos de Santa Catarina. Algumas outras vinícolas também são bem procuradas pelos viajantes, como a Sanjo, Leone di Venezia, Villaggio Conti, Hiragami, Villagio Bassetti, Suzin, D’Alture, Pericó e Vinhedos do Monte Agudo.
Agora se você é um verdadeiro amante da natureza, a região também oferece boas opções. O Snow Valley é um parque que fica a 10km do centro, na estrada que vai para Bom Jardim da Serra. Por lá, os esportes de aventura e o contato direto com a natureza imperam, com prática de arvorismo, escalada, tirolesa e trekking. Além disso, o local conta com lanchonete, café e restaurante para saciar a fome depois de um dia cheio de atividades.
Já a Serra do Rio do Rastro, situada a 55km do município, é outro cartão-postal da região. Para aqueles que fazem uma viagem mais estendida, vale a pena passar alguns dias no local. O Parque Nacional de São Joaquim, localizado também nas redondezas da urbe, tem mais de 50 mil hectares de área protegida, surgindo como um verdadeiro santuário para os amantes da natureza. Nos arredores da cidade há ainda o Complexo do Morro da Igreja, que abriga um dos cumes mais altos de Santa Catarina. Vale a visita do turista mais aventureiro.
É possível fazer ainda a Rota do Paraíso, que engloba outros sete municípios da região serrana catarinense cheios de atividades radicais e naturebas. São eles: Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Lages, Rio Rufino, Urubici e Urupema.