Dirigir no Egito é uma missão para poucos. E isso não se deve apenas pelo seu trânsito caótico, que aliás é um capítulo à parte da cidade. O motivo principal para isso acontecer é que no país não é possível conduzir um veículo usando a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do Brasil e tampouco a Permissão Internacional para Dirigir (PID). Para trafegar pelas ruas movimentadas do Cairo, é preciso ter em mãos a carteira de motorista egípcia, tornando a ideia inviável para turistas que estão apenas de passagem pela região.
Mas não fique triste, afinal o trânsito do Cairo não é nada estimulante para quem não está acostumado com aquela loucura toda. As buzinas não param de tocar, os veículos parecem não respeitar as sinalizações e semáforos e o volume de automóveis nas ruas causa pavor em qualquer pessoa que seja. É fato que o transporte público local também não é eficiente – apesar de lá estar localizado o único metrô do continente africano – porém isso não significa que o aluguel de um carro seria uma boa alternativa (se isso fosse possível). Para quem visita a cidade, a melhor forma de conhecer os pontos turísticos é por meio de excursões, que sempre trazem um guia e, também, um motorista (afinal, é impossível dar conta de garantir boas informações e, ainda, dirigir no Cairo, como acontece em outras partes do mundo).
Para quem vai para uma estadia mais longa ou, então, decide residir na cidade, ter um carro vem a calhar. Isso porque, como dito anteriormente, não é muito fácil se locomover de um canto a outro da cidade. Mesmo com o trânsito enlouquecido, o cidadão que conseguir entender as regras locais de direção poderá achar menos inconveniente encarar o trânsito do que as linhas públicas de transportes. Mesmo que aqui não exista boa escolha, o morador poderá escolher quais problemas quer lidar e quais não aturaria de forma alguma. Assim, poderá tomar a decisão que for mais adequada ao seu perfil de vida e expectativas.