Nenhuma viagem a Roma será completa sem uma passagem pelo Coliseu. Embora pouca gente saiba, seu nome original é Anfiteatro Flavio - Coliseu é, na verdade, um apelido que pegou. Com capacidade para 50 mil pessoas, este anfiteatro foi construído no século I e era considerada a construção mais importante do gênero durante o Império Romano. Hoje, com quase 2 mil anos de história, o Coliseu ainda é visitado diariamente por turistas de todas as partes do mundo.
Há quem se contente em passear ao redor do monumento e quem não sossegue antes de entrar no anfiteatro. Se esse for o seu caso, não se espante com as filas na bilheteria. A dica é adquirir a entrada para a atração antecipadamente ou diretamente nas bilheterias do Fórum Romano e do Palatino. Os monumentos ficam todos próximos um ao outro e a entrada de um vale para os três, durante dois dias. Mas atenção: se for ao Coliseu em um dia, você não poderá voltar ao anfiteatro no dia seguinte, já que só é possível entrar na mesma atração uma vez.
Saindo de lá, não se esqueça de passar também por outro monumento que é praticamente símbolo da cidade: o Panteão Romano, que sobrevive desde a época da Roma Antiga. A construção é originalmente politeísta e, embora hoje seja utilizada como uma igreja católica, o arquiteto que a construiu a dedicou a uma série de deuses.
É lá também que ficam localizados os túmulos do rei Vitório Emanuel II e de Rafael. Mesmo assim, é só entrar no local que você irá se deparar com o grande destaque da construção: uma incrível cúpula com uma abertura que permite a entrada de muita luz natural - importantíssimo e inovador, se considerarmos que a construção tem mais de dois mil anos de história. Por funcionar como uma igreja, a entrada é gratuita.
Outro passeio que precisa constar no seu roteiro é uma visita, mesmo que rápida, ao Vaticano. Considerado o menor país do mundo, com apenas 440 metros quadrados, ele cabe inteirinho dentro de Roma e pode ser visitado a pé. Além disso, apesar de ser considerado um país, você não terá que passar por nenhum tipo de imigração para chegar lá - é até mesmo possível que, enquanto passeia, acabe parando sem querer na Praça de São Pedro, situada bem em frente à Basílica de São Pedro.
Não é preciso ter nenhum interesse em particular por religião para incluir a visita em seu roteiro. O Vaticano guarda entre seus segredos diversos museus que prometem encantar qualquer viajante - para escapar das filas, que podem chegar a até 3 horas de espera, a dica é sempre adquirir suas entradas antecipadamente pela internet.
Uma vez lá, não deixe de visitar a Capela Sistina, onde os afrescos pintados por Michelangelo no teto há mais de 500 anos prometem fazer a felicidade de qualquer visitante. Se ao olhar para cima você pode apreciar um autêntico Michelangelo, uma esticadinha do pescoço para o lado irá lhe presentear com a visão de obras dos não menos importantes Ghirlandaio e Botticelli. É também na Capela Sistina que você - e uma multidão de turistas - poderá apreciar a famosa pintura Adão e o Criador, em que os dedos de ambos quase se tocam.
Há ainda galerias dedicadas às tapeçarias dos séculos 15 ao 17, à arte etrusca, egípcia e até mesmo quatro salas decoradas pelo mestre renascentista Rafael Sanzio a pedido do papa Júlio II. Ao visitar os museus do Vaticano, lembre-se de que não é permitida a entrada de pessoas vestindo regatas ou blusas decotadas, nem bermudas ou saias curtas.
Os interessados também podem visitar o local aos domingos ao meio-dia, horário em que o papa aparece e realiza uma bênção rápida, denominada de Angelus, quase todos os finais de semana. Não é preciso pagar nem fazer reservas antecipadas para comparecer ao evento, que toma conta da Praça São Pedro.
Próximo do Vaticano fica o belo Castelo de Santo Ângelo, também conhecido como Mausoléu de Adriano, que hoje funciona como um museu. A ponte que passa sobre o rio Tibre e leva até o castelo é um passeio por si só, sendo ornamentada com 12 estátuas de anjos esculpidas por Gian Lorenzo Bernini.
A uma curta caminhada de ambas atrações você irá encontrar o bairro de Trastevere, um dos principais redutos da vida noturna na cidade atualmente. Muitos bares, cantinas e restaurantes de comida típica se espalham pelas ruelas da região, que possuem um charme próprio ao serem calçadas com paralelepípedos.
O ar medieval de suas construções e as opções noturnas da região fizeram com que o bairro fosse muito procurado por artistas e celebridades em geral, de forma que é quase impossível conhecer Roma sem fazer uma paradinha para jantar em Trastevere.
Por último, não se esqueça de combinar uma passagem pela Fontana di Trevi durante sua estadia na cidade. Com cerca de 26 metros de altura, essa é a maior fonte barroca da Itália e figura na emblemática cena de La Dolce Vita, de Frederico Fellini, em que a personagem interpretada por Anita Ekberg entra na água e convida Marcello Mastroianni a ir junto. Embora a visita seja gratuita, vale a pena separar uma moeda e fazer o seu desejo em uma das fontes mais famosas do mundo.