É bem verdade que Auckland é a porta de entrada da Nova Zelândia, mas isso não significa que você deverá se restringir a ela. Além de ser uma viagem longa e, portanto, que pede mais dias para aproveitar o local, é impossível dizer que o turista de fato conhece a Nova Zelândia se ficar apenas em Auckland, que tem uma inevitável atmosfera cosmopolita diferente do padrão observado no país. O clima pitoresco acontece mesmo no interior, onde o clima rural domina com seus lagos, vulcões, campos verdes, estradinhas tomadas por rebanhos de ovelhas e todas aquelas imagens de tirar o fôlego que temos ao imaginar a Nova Zelândia!
Portanto, vale a pena alugar um carro em Auckland? Sem sombra de dúvidas, afinal a Nova Zelândia é o país ideal para uma boa road trip! Além do mais, o transporte público é praticamente inexistente fora das grandes cidades, o que favorece bastante a escolha. As estradas neozelandesas também são bastante seguras, conservadas, sinalizadas e sem pedágios, mesmo que a maioria delas não apresente acostamento. Apesar disso, vale lembrar que a mão inglesa é utilizada por lá. Nesse caso, opte por um carro automático, afinal já será desafiador o suficiente se acostumar a dirigir do lado direito (imagine só ainda ter que lidar com o câmbio!).
Para alugar um veículo é preciso apresentar apenas passaporte, cartão de crédito e a carteira de habilitação brasileira. A PID (Permissão Internacional para Dirigir) não é necessária no país, mas em alguns casos é interessante se precaver e levar ao menos uma tradução da CNH (caso seja parado na estrada, por exemplo). Por lá, o aluguel de veículos acontece geralmente para condutores com idade superior a 21 anos, apesar de as tarifas serem maiores até os 25 anos de idade (pois o país encara que o perfil do motorista é jovem e, portanto, mais suscetível a acidentes). Quando for fazer o aluguel, use um cartão de crédito com bom limite, já que as locadoras cobrarão as diárias e, também, bloquearão um valor grande referente à franquia do seguro (que será devolvido caso não aconteçam incidentes durante a locação).
Outro ponto de atenção é o One-Way Rental, uma modalidade de locação em que o turista pega o carro em uma cidade e devolve em outra. Vale lembrar que ele gera um custo extra, já que as locadoras precisam encontrar uma forma de trazer os carros de volta e os custos acabam sendo repassados para o viajante. Na contramão disso existe o Relocation, que é como se chama a forma que as locadoras levam os automóveis de um canto para outro do país. Se conseguir enquadrar a sua viagem dentro do percurso que elas precisam, você poderá alugar carros a valores simbólicos (com muitas vezes tanque cheio e sem precisar pagar seguro). Nesse caso, porém, sua viagem ficará limitada aos locais, dias e quilometragens impostos pelas locadoras, sendo uma solução interessante para quem tem mais flexibilidade durante a viagem!