Uma exuberante represa de águas azuis e cristalinas tem atraído o público para a Fazenda de Santa Tereza, um santuário ecológico em Alagoas. O local a apenas 48 km de distância de Maceió é um verdadeiro oásis no meio de um trecho ainda preservado da Mata Atlântica.

É no município de Atalaia que fica o atrativo turístico cada vez mais badalado nas redes sociais. Reconhecida como RPPN (Reservas Particulares do Patrimônio Natural), a área de mais de 100 hectares abriga aproximadamente 450 animais apreendidos pelo Ibama, que ali recebem tratamento adequado e atendimento veterinário até estarem aptos a voltar para seu habitat natural.

Segundo um jornal da região, a fazenda avaliada em R$ 196 milhões está sendo leiloada para pagar dívidas trabalhistas da Usina Uruba, que fica próxima. O responsável pela falta de pagamento é o deputado federal João Lyra (PSD), dono das terras, usineiro falido e pai de Thereza Collor. 

Fazenda de Santa Tereza

Rodeada de verde, a represa natural vem amenizando o calor e divertindo o público, que se entrega aos seus encantos. Depois de muitos cliques fotográficos, é hora de um belo mergulho nas águas que nem precisam de filtro ou retoque em programas de edição de imagem. O tom azul esverdeado é como uma joia que reluz e coroa a propriedade.

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São três piscinas disponíveis para os banhistas. A principal delas, maior e mais disputada, possui dois trampolins. Ao lado do estacionamento tem outra, com uma bica de água limpa e vegetação mais fechada. E uma de menor tamanho acaba sendo a menos utilizada, sendo a opção ideal para quem quer se isolar. 

As famílias que forem acompanhadas de crianças ou quem não sabe nadar precisam redobrar os cuidados, pois as piscinas naturais chegam até 6 metros de profundidade. Áreas mais rasas são sinalizadas e delimitadas com boias, garantindo mais segurança para todos. 

Foto: Alberto Vicente

O santuário funciona de forma semelhante a um clube de lazer. Além de ter venda de almoço, caldinhos, espetinhos e bebidas, o espaço também aluga mesa por R$ 10 para quem quiser levar seu próprio alimento ou até mesmo uma churrasqueira.

Mas, vale lembrar que por enquanto este pedaço de paraíso tem lá suas desvantagens. A falta de fiscalização e de salva vidas são as principais queixas dos visitantes, que têm de lidar com som alto, fumaça e até mesmo sujeira de pessoas mal educadas. O local também não é acessível para pessoas com deficiência.

Para evitar dor de cabeça o ideal é optar por dias e horários menos movimentados. Evite os finais de semana e procure ir logo que abrir, antes das 11 horas da manhã. Terça e sexta-feira são os dias mais indicados para encontrar um pouco de tranquilidade. 

É também bem importante sempre ligar antes de ir, pois a Fazenda de Santa Tereza não possui páginas oficiais nas redes sociais para manter contato com o público ou emitir comunicados. Pode ser que o santuário esteja fechado para manutenção, por exemplo. 

Em tempos de pandemia do Covid-19, o Santuário permaneceu cinco meses fechado, mas retornou às atividades com acesso reduzido pela metade. A entrada custa R$ 20* por pessoa, com gratuidade para menores de 10 anos. O funcionamento é de terça a domingo, das 7h às 16h. Maiores informações nos telefones: (82) 981753047 / (82) 993691468.

*Preço consultado em dezembro 2020 podendo alterar sem aviso prévio

 A região de Atalaia

A cidade foi uma das primeiras a serem povoadas em Alagoas, tendo suas origens ligadas ao Quilombo dos Palmares e ao cultivo de cana de açúcar. O município conserva até os dias atuais uma porção de edifícios históricos. A Capela de São José, erguida em 1697, é uma das que continua de pé, junto à igreja Matriz de Nossa Senhora das Brotas, datada em 1701.

Visando ampliar e potencializar o turismo, a Prefeitura anunciou a criação da Rota do Banguê, roteiro no qual o Santuário Ecológico Fazenda de Santa Tereza será incorporado, junto às ruínas de antigas usinas da região: a Usina Vitória do Cacau, a Usina Brasileiro (que foi a primeira do estado) e a Usina Ouricuri.

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Do passado da cultura canavieira também serão resgatados os engenhos Timbó, Satubinha, Samambaia e Estrada Branca, além da fazenda Jardim das Lages. Os planos pretendem destacar a Serra da Nacéa como meio de turismo rural e natural, visto que reserva belas paisagens e produção de orgânicos na área antes ocupada exclusivamente pelas usinas abandonadas. 

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