Não tem criança que não se encante ao conhecer a cidade em miniatura do Mini Mundo, em Gramado, no Rio Grande do Sul. E, diga-se de passagem, o parque não atrai apenas os pequenos, mas crianças de qualquer idade.
Tão interessante quanto um passeio pelo parque temático, é conhecer um pouco de sua história…
Tudo começa em 1979, quando Otto Höppner construiu a primeira casinha de bonecas que faria parte do complexo, localizado ao lado do Hotel Ritta Höppner, propriedade da família. Descendentes de alemães, a inspiração para a construção foram as lembranças da terra deixada para trás, como conta o site da atração.
Mini Mundo em Gramado: De 1979 para 2018
No ano seguinte à construção da primeira casinha de bonecas, surge um trem de brinquedo, que circularia pela cidade em miniatura. Atualmente, seu percurso é de 5 mil quilômetros todos os anos – uma distância maior do que ir de Porto Alegre até Manaus.
A cada ano, novos edifícios vão sendo incorporados ao complexo: são prédios em madeira, réplicas dos castelos de Neuschwanstein e Lichtenstein, da Igreja de Stuttgart-Berg, da Muralha de Dinkelsbühl, do casario suíço e da antiga Prefeitura de Frankfurt. Cada detalhe vai tornando a mini-cidade maior e ao mesmo tempo ressaltando suas diferenças com o mundo real.
Os prédios são erguidos na proporção de 1:24, o que significa que eles são projetados 24 vezes menores do que o tamanho das construções verdadeiras. Milhares de mini-habitantes também “circulam” pelas ruas do parque – um censo realizado em 2009 apontava mais de 2.000 “moradores”.
Mesmo após o falecimento de Otto, em 1986, a cidade continuou sua expansão. Quem deu seguimento ao projeto foi Heino, filho e herdeiro de seu legado. O laguinho foi ampliado, e obras brasileiras incorporadas ao espaço, como a a Igreja Assis Brasil, de Ouro Preto, e o Cais do Porto, de Porto Alegre.
Em sua história, o parque já precisou ser fechado em algumas ocasiões, após atos de vandalismo e até uma nevasca, ocorrida em 1994, que obstruiu os trilhos do trem. Hoje, o espaço continua reunindo construções icônicas de todo o mundo em uma pequena área, permitindo que os visitantes viagem na imaginação para diversos lugares.
Aproveite: não é todo dia que se pode observar, por exemplo, a Cordilheira dos Andes tão pertinho do Castelo de Kaub – cujo original fica na Alemanha.
Como chegar ao Mini Mundo
O Mini Mundo fica localizado em Gramado, uma das cidades mais famosas (e charmosas!) da Serra Gaúcha, a cerca de duas horas de distância de Porto Alegre. Confere o percurso da capital gaúcha até a atração no mapa abaixo:
Para quem vai de carro: Há pedágios na estrada, portanto é importante contar com dinheiro vivo durante o trajeto. As entradas de Gramado são bem sinalizadas e o trajeto já faz a viagem toda valer a pena. Mesmo assim, fazer um bate e volta pode ser cansativo, de forma que é aconselhado passar ao menos uma noite na Serra Gaúcha para curtir a viagem tranquilamente.
De ônibus saindo de Porto Alegre: A empresa Citral oferece ônibus com destino a Gramado saindo da Rodoviária de Porto Alegre e do Aeroporto Salgado Filho. A viagem custa entre R$ 38,45, em ônibus semi-direto, e R$ 51, na linha executiva, e os veículos têm saídas desde as 6h30 da manhã até as 21h15 da noite.
Para quem está em Gramado: Saindo da Rua Coberta, um dos principais pontos de referência da cidade, o trajeto até o Mini Mundo é de apenas um quilômetro. Esse caminho pode ser percorrido a pé, visto que a maior parte dele é feito pela Avenida das Hortênsias. Se preferir, pegue o carro para chegar.
A atração não possui estacionamento próprio, mas é possível deixar o carro na rua em frente ao parque sem custos.
Ah, e não esquece de anotar aí o endereço do Mini Mundo: ele fica na Rua Horácio Cardoso, 291.
Como é o passeio?
Reserve pelo menos 40 minutos para a visita. Com crianças, tenha em conta que a diversão pode durar muito mais – prepare-se para perder até duas horas lá dentro. Embora o parque seja pequeno, é normal que as crianças queiram ver tudo em detalhes e brincar ao máximo na área infantil, o que faz com que a duração do passeio seja bem mais flexível.
Além disso, apaixonados por história, viagens ou arquitetura poderão se perder nas descrições informativas que se encontram ao lado de cada edifício. As placas indicam nome dos monumentos, local de origem, ano de construção, entre outras curiosidades.
Para aproveitar todo o potencial do passeio, vale aquela velha dica: chegue cedo, quando o parque ainda está vazio.
A visita pode ser feita na chuva. Porém, o parque fica em uma área ao ar livre, com apenas alguns locais cobertos, e os caminhos são estreitos, o que pode dificultar a passagem de sombrinhas e guarda-chuvas. Nesse caso, a dica é usar uma capa de chuva para não se molhar ao mesmo tempo em que aproveita para conhecer bem todo o espaço. Apesar disso, algumas atrações podem ser desligadas devido ao mau tempo e a visita fica muito melhor em dias com tempo aberto.
Informações sobre a visita
- O parque é totalmente acessível para cadeirantes.
- Se bater a fome, há uma cafeteria localizada no complexo.
- Aproveite para usar e abusar das fotos e do efeito em perspectiva, que fará parecer que você está no local original.
- Animais não são permitidos no parque, com exceção de cães-guias.
Quanto custa visitar o Mini Mundo?
Os ingressos para o Mini Mundo podem ser adquiridos antecipadamente no site da atração ou no local, com pagamento em dinheiro ou cartão de débito.
Ingresso: R$ 36
Meia-entrada: R$ 18
Crianças até dois anos de idade são isentas.
Quem tem direito à meia-entrada?
- Idosos acima de 60 anos (conforme Lei 10.741/03).
- Crianças entre três e 15 anos de idade, mediante apresentação de documento oficial de identidade na aquisição do ingresso e na entrada do parque.
- Estudantes, mediante apresentação da Carteira de Identificação Estudantil padronizada, emitida pela ANPG, UNE, UBES ou entidades filiadas. [Veja aqui como solicitar a sua]
- Portadores de necessidades especiais (PNE), mediante apresentação da carteirinha.
Horários de abertura: de segunda-feira a domingo, das 9h às 17h.
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