Ah, Floripa! A capital de Santa Catarina tem tanta atração, é tão descolada e divertida que não é exagero da nossa parte falar que todo mundo deveria ter a oportunidade de visitar a Ilha da Magia pelo menos uma vez na vida. Com destaque para suas praias exuberantes, atividades com bastante contato com a natureza são fáceis de encontrar por lá. E para quem curte caminhar e ter vistas privilegiadas, queremos recomendar a Trilha do Morro do Rapa em Florianópolis, um percurso que rende cenários inesquecíveis!
Ligando a Praia da Lagoinha do Norte à Praia Brava, a trilha tem 2.800 metros só de ida, feita em mata fechada (mas bem segura) e pode ser percorrida em aproximadamente 1h30 ou em menos tempo caso você tenha um bom condicionamento físico. Durante o caminho, diversos mirantes surgem em meio à vegetação, proporcionando vistas privilegiadas do mar e da costa Norte de Floripa.
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Muita gente aproveita a trilha e agenda saltos de parapente com antecedência. É uma oportunidade bem interessante para quem deseja ver Florianópolis do alto 😉 Ficou interessada em saber mais sobre o passeio? Confira todos os detalhes a seguir!
Como fazer a Trilha do Morro do Rapa em Florianópolis
Para pegar dicas recentes, eu conversei com a Ariana Martins, que viajou em janeiro de 2020 para Floripa e fez esse tour. Muitas das fotos que ilustram nosso conteúdo foram gentilmente cedidas por ela, obrigada Ari <3
Uma das primeiras coisas para você saber é que a trilha foi toda revitalizada pelo “Programa Roteiros do Ambiente – Trilhas e Caminhos na Ilha de Santa Catarina – PRA” e Instituições parceiras. Isso garante que o percurso esteja bem sinalizado e padronizado para que os visitantes possam curtir o passeio com segurança.
Sabendo que o trajeto está bem identificado, é hora de se preparar e começar a caminhar! A Ariana nos afirmou que vale a pena você fazer a caminhada no período da manhã. Isso porque, a ideia é que você faça a trilha e depois volte até o mesmo ponto de partida.
Começando o tour logo cedo, você pode aproveitar mais seu dia durante. Como são pelo menos 3h de caminhada, contando a ida e a volta, se começar a trilha no meio da tarde, é bem possível que o retorno seja feito no escuro — e sem conseguir ver por onde você caminha, o passeio pode ficar complicado.
Outra dica da Ariana é começar a trilha pela Praia Brava, seguindo para Lagoinha, e depois retornar para a Praia Brava novamente. Esta opção de trajeto tem mais descidas, o que requer maior atenção para evitar escorrer, mas acaba sendo mais fácil.
Dá para fazer o inverso? Com certeza! Mas, neste caso, você terá que ir até Lagoinha, acessar a trilha pela praia (andando pela costa da praia até o final e subindo a rampa pelo lado direito). É um trecho com mais subidas e, por conta disso, mais cansativo. Mas, ao mesmo tempo, evita grandes chances de escorregar na descida. No dia, você decide!
Se fizer da mesma maneira que a Ariana e partir pela Praia Brava, o passeio começa pertinho do Mirante da Praia Brava, um dos pontos mais bonitos da cidade. As opções para estacionar o carro, caso você esteja viajando com seu veículo particular ou um carro alugado em Floripa, também são maiores por lá.
Dica extra: a Ariana comentou que logo no início da trilha do Morro do Rapa em Florianópolis, começando pela Praia Brava, existe um restaurante chamado Mirante (o endereço certinho do estabelecimento é Av. Epitácio Bittencourt, 680). Se você consumir algo no local, peça para os proprietários para deixar seu veículo parado ali.
O Restaurante Mirante é um bom local para seu almoço após a trilha do Morro do Rapa. A Ariana comentou que “um prato para duas pessoas com filé mignon, arroz e batata frita custou R$ 85 e o cafezinho é de cortesia”. Ainda sobre o estabelecimento, a Ari disse que indica “também comer o cookie artesanal que eles vendem lá. É divino”.
Caso você deixe seu carro estacionado na Praia Brava, você terá uma caminhada mais pesada até chegar ao começo da trilha. Como a Ariana comentou “é uma caminhada hard, mas, se você for fitness, nem vai sentir”. Por isso, mesmo que você vá de Uber, peça para o motorista te deixar em frente ao Restaurante Mirante para evitar essa fadiga extra 😉
Como comentamos acima, logo no começo da trilha, de cara o visitante se depara com o Mirante da Praia Brava. Esta é a vista do local, bem na frente da entrada do Morro do Rapa — nada mal já começar o passeio com esse visual:
A partir daí, você começa a caminhada rumo ao costão, uma área com mirante e rampa de grama de onde muita gente salta de parapente. Segundo a Ari, para chegar até lá, “o percurso é feito em mata fechada, mas achei seguro. A caminhada até o costão dura em média 50 minutos”.
Chegar ao costão é o ponto alto da trilha do Morro do Rapa em Florianópolis. “Lá de cima, só tem o mar verde esmeralda diante dos seus olhos”, comentou Ariana. Gente, olha isso que divino:
Também é da área dos costões que muita gente salta de parapente. Esse passeio aéreo custa, em média, R$ 280 por pessoa. Quem tiver interesse em fazê-lo precisa agendar com cinco dias de antecedência.
Se estiver viajando para Floripa na temporada de baleias em Santa Catarina, é bem provável que dessa pista de parapente você observe baleias-franca dando o ar da graça do mar. A temporada em que esses animais fantásticos aparecem é entre os meses de junho a novembro.
A Ariana comentou que “o mais legal quando chega até o costão é encontrar essa pedra tombada em cima de uma e outra. Ali tem morcegos, mas eles são muito pequenos e dóceis”. O local é perfeito para registrar muitas fotos!
A partir do costão das pedras, a Ariana me explicou que você pode continuar o percurso, saindo pela esquerda, para chegar à Praia da Lagoinha. “Eu continuei caminhando mais 20 minutos até a praia. Ali é quando a mata fecha ainda mais. Para quem tem medo, pode ser complicado, mas é bem seguro”.
Sem dúvidas, esse é um passeio para renovar as energias. A Ari terminou, afirmando que “o Morro do Rapa é um dos lugares mais lindos que já estive. Indico para todo mundo”!
Dica importantíssima da Ariana: leve muita água para se hidratar pelo caminho e coloque na mochila MUITO repelente, isso porque na mata fechada existem diversos borrachudos.
Além disso, saiba que você pode fazer a trilha por conta própria ou se quiser ir acompanhada por um guia turístico, o valor será de aproximadamente R$ 25. O bacana de ir com o guia é para saber mais sobre a história do local, que foi palco de uma invasão espanhola em 1777 e somente um ano depois retornou ao domínio português.
Geralmente, os passeios com empresas e guias desviam alguns trechos oficiais da trilha, indo para um complexo rochoso chamado de Agulhinha. Não vá sozinha a este complexo rochoso fora da trilha oficial. As pedras são grandes e você precisa de acompanhamento profissional e equipamentos de segurança para escalar as pedras. Por isso, nossa recomendação é que você siga estritamente a demarcação da trilha caso esteja fazendo o passeio por conta própria.
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Informações gerais
- O percurso tem dificuldade fácil-média, com algumas subidas e buracos. Por isso, não é indicado para quem viaja com crianças ou pessoas de mais idade;
- No dia, use roupas confortáveis para caminhar;
- Use obrigatoriamente tênis confortável ou calçado próprio para trilha (nem pense em ir de chinelo);
- A trilha é maravilhosa e fantástica, mas cuidado com os desníveis para evitar escorregar ou torcer a perna;
- Não entre na água após essa descida pelo costão, o mar é muito agitado. Este é um ponto apenas para apreciação, para ouvir o barulho das ondas e renovar as energias;
- NÃO FAÇA FOGUEIRAS! Ao acampar, as fogueiras são proibidas em locais ambientalmente protegidos. A atividade enfraquece o solo e representa uma das grandes causas de incêndios florestais;
- Ao cozinhar utilize fogareiro. Para iluminação use lanterna e, para se aquecer, basta ter a roupa adequada ao clima do local que se está visitando;
- EVITE ao máximo FUMAR e, se o fizer, não descarte suas bitucas no caminho – bituca também é LIXO, apague-as com água e traga junto com o seu lixo;
- NUNCA deixe nenhuma forma de lixo nas trilhas e recolha o lixo que encontrar se for possível.
Curtiu nossa dica? Conta nos comentários se você já fez a trilha do Morro do Rapa em Florianópolis e como foi sua experiência 😉
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