Que tal explorar os caminhos do Pampa Gaúcho? Um dos destaques da região é o Rincão do Inferno, que de infernal não tem nada. É um paraíso natural no Rio Grande do Sul, com formações rochosas cortadas por um rio e uma beleza espetacular.

O cenário digno de filme é um tanto majestoso é dramático: entre os paredões flui o volumoso rio Camaquã. A presença humana se torna minúscula diante de tamanha grandeza. São mais de dois quilômetros de extensão e uma elevação que chega a 241 metros de altura.

O bioma do Pampa é único no mundo, com imensidão de florestas, campos, pradarias e planícies. Parte dele se faz presente no atrativo natural, que fica dentro de uma propriedade particular aberta à visitação guiada, com ingresso pago.

O Rincão aparece no filme brasileiro “O Tempo e o Vento”. Na beira do rio, dois personagens importantes da obra se encontram.

Foto: Ze Paiva

Rincão do Inferno

Lugar de aventuras, peregrinação e mistérios, o Rincão do Inferno fica entre os municípios de Bagé e Lavras do Sul. Para além das caminhadas, banho e descidas de caiaque são permitidas no rio, assim como pernoitar em barracas de camping, o que permite outra visão mágica: o céu forrado de estrelas brilhantes.

O caminho leva até a Casa de Pedra, uma gruta que abrigou tropas revolucionárias ao longo das disputas por território que ajudaram a definir o mapa da América do Sul e do Brasil. Hoje é ainda um lugar de repouso, mas não de esconderijo.

Foto: reprodução/Facebook Rincão do Inferno

Ao redor da exuberante formação rochosa vivem comunidades quilombolas, núcleos de resistência e luta por essa terra, formados por pessoas ex-escravizadas. É a partir das fugas que se nominou o local, na época difícil de se habitar.

Com o resgate histórico, faz sentido a presença de moradores guerreiros. O quilombo de Palmas é o maior, concentrando em torno de 40 famílias que resguardam os ensinamentos, a cultura e a identidade dos antepassados. Vale a pena dar um passeio por lá para se aprofundar nesse rico legado e conhecer mais sobre as comunidades.

O que fazer em Bagé

Vizinha do Uruguai, Bagé é considerada a “rainha da fronteira”, tendo em seu DNA um forte legado rural e o tradicionalismo gaúcho. Ali não falta mate amargo, fogo de chão, parrilla e música típica.

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A economia se pauta no agronegócio, mas o turismo se movimenta também pela produção de azeites e vinhos. Uma das principais vinícolas abertas ao público é a Estância Paraizo, que produz vinhos shiraz e cabernet sauvignon. O lugar, protegido como patrimônio material e imaterial da Campanha Gaúcha, é cercado de paisagens lindas, formadas também pela Capela de São Jorge, erguida em 1916 no topo de uma colina.

Foto: reprodução/ricardomogliapedra

Considere circular pelo centro para observar os edifícios antigos bem preservados, como a Casa de Cultura Pedro Wayne, o Instituto Municipal de Belas Artes, a Catedral de São Sebastião, a Prefeitura e o Museu Dom Diogo de Souza, onde funcionava a Beneficência Portuguesa.

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O Palacete Pedro Osório pertenceu ao médico homônimo e hoje abriga a Secretaria de Cultura. A construção tem grande valor histórico, seguindo o estilo neoclássico, com mármore, vitrais e ferro. Há teorias de que teria sido inspirado em uma casa na Itália e em Paris. Aos fundos tem um bosque que ficou de legado.

Foto: Turismo do Rio Grande do Sul

O Centro Histórico de Santa Thereza é outra viagem no tempo, resguardando uma antiga vila operária do século 19. O público também pode visitar a cidade cenográfica de Santa Fé, erguida para as gravações do filme “O Tempo e o Vento”, baseado na obra literária de Érico Veríssimo.

A folclórica cidade a cerca de 366 km de Porto Alegre preserva celebrações como a Semana Farroupilha, a Festa do Churrasco e o Dança Bagé, evento cultural regado à músicas tradicionalistas.

Foto: Turismo do Rio Grande do Sul

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