Sair da zona de conforto é fundamental para ver a vida sob novas perspectivas. Selecionamos passeios em São Paulo para mudar a rota e fugir da mesmice da capital, que mesmo caótica, tem muito mais do que desordem a oferecer.
Existe uma infinidade de passeios em São Paulo para fazer e a lista só vai aumentando a cada semana. É um restaurante novo que abriu, um bar badalado, aquela exposição que cruzou o oceano, um festival de graça no Centro da cidade. Difícil escolher, não é?
Mas se você quer um lugar mais tranquilo, mais próximo da natureza e sem grandes deslocamentos, explore as outras regiões da metrópole. Ou a sua mesmo! Sempre vai ter algo novo para descobrir, mesmo que já exista há um tempão. Aprimorar o olhar e ver as coisas com mais carinho é também uma maneira de sair da zona de conforto. E São Paulo merece esse abraço.
Confira os passeios em São Paulo:
Fundação Maria Luisa e Oscar Americano: um elegante e moderno imóvel no Morumbi, uma área nobre da cidade, abriga um belo jardim com exemplares da flora brasileira, composto de exemplares de jacarandás, sibipirunas, angicos, paus-ferro e paus-brasil, que acabam atraindo muitas aves.
A fundação da família Americano virou uma espécie de museu e espaço cultural, reunindo pinturas, esculturas, porcelanas, pratas e móveis dos períodos colonial e moderno, além de concertos e eventos. O salão de chá, disponível mediante reserva, serve o típico “chá das cinco”, cheio de quitutes que fazem os olhos brilharem. Custa R$ 10 para entrar.
Ilha do Bororé: São Paulo tem ilha? Mais ou menos. Localizada na Zona Sul, Bororé é uma península às margens da represa Billings, na região do Grajaú. A paisagem impressiona. Uma balsa gratuita leva os pedestres até o local, onde a vida parece mais mansa e a poluição menos presente.
Pela natureza que lhe resta, é uma área de proteção ambiental, com remanescentes da Mata Atlântica. Vale a pena visitar a Casa EcoAtiva, que promove atividades sustentáveis, e o projeto Imargem, dedicado à arte e ao meio ambiente; fazer um passeio de barco na represa; percorrer as trilhas no parque municipal; e ver de perto as maravilhas orgânicas produzidas pelo sítio Paiquerê.
Templo Enkoji: um lindo jardim cheio de cerejeiras, pinheiros e um lago já seriam suficientes para te convencer a conhecer o Templo Enkoji, nome que significa “Círculo Luminoso”. Seguindo a tradição zen-budista, o templo em Itapecerica da Serra promove cerimônias, celebrações, meditação Zazen, cursos e períodos de retiro. Aberto todos os segundos domingos do mês, a partir das 10h.
Ao lado encontra-se o Vale dos Templos, onde há o Kinkaku-ji, réplica do templo dourado do Japão e que é administrado separadamente. Está acima de um lago de carpas e também abriga práticas budistas.
Parque Estoril: localizado entre São Bernardo do Campo e Riacho Grande, o parque natural conta com um zoológico, teleférico, pedalinho, stand up paddle e caiaques, trilhas para caminhada, viveiro escola, jardim sensorial, área de piquenique, área de banho, estacionamento, lanchonetes, museu de arte ao ar livre e a Escola Livre de Sustentabilidade, que promove a educação ambiental.
Paga-se R$ 3 para entrar e usufruir o parque. As atividades são pagas aparte. Confira os valores aqui.
Fun Wake Park: dentro da Estância Alto da Serra, em Rio Grande da Serra, o parque reúne atividades aquáticas como o wake board, modalidade de “skate aquático” em que cabos de aço puxam o condutor e sua prancha na água; e o flyboard, no qual mangueiras de alta pressão, colocadas na água, elevam o esportista numa prancha especial.
O espaço também abriga uma piscina, mini rampa de skate, playground infantil e eventos esporádicos, incluindo apresentações musicais e atividades noturnas.
Stand Up na Represa: a prática de Stand Up Paddle e canoagem na represa Billings atrai alguns paulistanos em busca de paz e conexão com a natureza aos finais de semana. A escola Suporte oferece pranchas, remos e canoas havaianas para iniciantes e profissionais, com valor cobrado por hora. Os valores vão de R$ 50 a R$ 100, com colete, equipamento, orientação, água e frutas incluso.
Museu Florestal Octávio Vecchi: um casarão de 1930 resguarda descobertas botânicas do cientista Otávio Vecchi, que projetou cada cantinho do edifício. Detalhes em madeira na arquitetura são provenientes das árvores do parque Horto Florestal, onde está instalado o museu.
O acervo conta com mostruário de madeiras entalhadas, sementes, peças das escolas de xilografia, charão (laca japonesa), marcenaria, marchetaria e aquarelas. Vale aproveitar o dia para conhecer os demais atrativos e bosques do Parque Estadual Alberto Löfgren, é claro.
Asé Ylê do Hozooane: localizado na região de Parelheiros há mais de 20 anos, a instituição promove festas, rituais, palestras e ensinamentos sobre orixás, valorizando a cultura afro-brasileira e suas raízes africanas por meio do candomblé de Angola.
Além de participar dos rituais religiosos, o público também pode ver apresentações de samba de roda, capoeira e balé afro, o Mona Kavungo, e provar pratos como vatapá, caruru e acarajé, resgatando os sabores da autêntica culinária de terreiro.
Casa do Rosário/Centro Paulus: funcionando como hospedaria, albergue e galeria de arte popular brasileira, o Centro Paulus fica a 30 minutos do Autódromo de Interlagos, mas o que se ouve são apenas os sons da natureza. Parece uma casa de campo, com lareira em um dos quartos e vista para a Mata Atlântica.
As refeições são feitas com ingredientes orgânicos, colhidos na horta própria, e personalizadas para vegetarianos ou celíacos. Quem não quiser se hospedar pode visitar o espaço e consultá-los para fazer turismo ecológico na região, onde há trilhas, cachoeiras e feiras orgânicas.
Golden Lake Golf: a prática de golf não é bem o forte dos brasileiros, mas há quem queira aprender a modalidade. O Golden Lake, em Riacho Grande, tem 18 buracos e drive range. Tem instalações confortáveis, com vestiário e restaurante que serve comida coreana e café da manhã.
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