Difícil acreditar que sem sair de uma grande metrópole você consegue fazer passeios em rios despoluídos. O Selva SP, parque de aventura em São Paulo, oferece rafting, rapel, trilhas e banho de cachoeira sem sair da capital, promovendo um ecoturismo “express” aos finais de semana e feriados.

A natureza que permeia o parque fica no extremo Sul da cidade, entre as regiões de Marsilac e Parelheiros, onde está o maior e mais preservado trecho de Mata Atlântica paulistana remanescente, chegando até a Serra do Mar. É também o lar de onças, jaguatiricas e preguiças, que definitivamente não se exibem para os humanos.

Foto: Divulgação Selva SP

Dentro das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Capivari Monos e Bororé Colônia ainda existe vida sem poluição, pelo menos para os rios Monos e Capivari, que se mantêm em boas condições ao longo de sua extensão, sendo os únicos propícios para banho dentro da metrópole.

As águas límpidas formam 9 cachoeiras, corredeiras e praias de água doce, usufruídas pela população local, que se diverte por ali sem que “os vizinhos” saibam. Um bocado de gente da cidade realmente não imagina que isso possa acontecer a poucos quilômetros de casa.

O parque de aventura em SP tem 17 mil metros quadrados de extensão, onde oferece Rafting, Ducking, Boia Cross, Rapel, Tirolesa, Arvorismo, Trekking, MountainBike e Cicloturismo. O estabelecimento segue normas da ABNT e NBR, contando com guias e instrutores certificados.

Foto: Divulgação Selva SP

O rafting faz uso de bote inflável leve e ágil para descer o rio Capivari. São 2h30 de passeio, passando por corredeiras e pelas paisagens paulistanas. A idade mínima para participar é 10 anos. Capacete e colete salva vidas é uso obrigatório para todos.

Uma atividade divertida para toda a família na água é o Boia Cross, no qual cada participante segue sozinho dentro de uma enorme boia inflável o fluxo do rio Capivari. Mas não é nada complexo, o nível de dificuldade é considerado baixo e condutores vão junto no passeio para dar suporte. A idade mínima é 7 anos e são permitidas até 5 pessoas por vez.

Foto: Divulgação Selva SP

Há também duas opções de trilhas oferecidas pelo parque de aventura em SP, uma de 3 km que vai até as cachoeiras dos Manacás e Marsilac. E outra de 7 km, que inclui também as cachoeiras da Onça e da Lontra no roteiro. O caminho passa por antigas estradinhas da década de 40, que serviam para escoamento de carvão vegetal, além de mirantes, piscinas naturais e outras maravilhas da Mata Atlântica.

Os valores também possuem um esquema de combo, que combina atividades. Por exemplo, boia cross e rapel sai por R$ 65 por pessoa; SUP (stand up paddle) e tirolesa sai R$ 60 por pessoa; e SUP e rapel sai por R$ 70 por pessoa. O rafting custa R$ 150 por pessoa. Maiores informações no site oficial do parque de aventura em SP.

Polo de Ecoturismo de São Paulo

O Pólo de Ecoturismo de São Paulo é formado por seis parques: Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Natural Municipal Jaceguava, Parque Natural Municipal Bororé, Parque Natural Municipal Itaim, Parque Natural Municipal Varginha e Parque Natural Municipal da Cratera de Colônia.

Mas atenção: nem todos os parques acima são abertos a visitação, necessitando solicitação com seus devidos gestores para agendamento.

A região de Parelheiros é uma verdadeira caixinha de surpresas. Além de contar com natureza exuberante, a zona considerada Rural abriga sete aldeias indígenas de etnia Guarani Mbya, vilarejos, plantações orgânicas e uma enorme cratera formada a centenas de anos atrás. O local é conhecido como Cratera da Colônia, onde moram famílias agricultoras.

Tenondé Porã é a maior terra indígena da região Sudeste, com 2 mil habitantes divididos por sete aldeias, que oferecem vivências bem interessantes aos visitantes.

As cachoeiras regionais estão, em sua maioria, dentro de propriedades particulares, o que garante o mínimo de infraestrutura. Paga-se de R$ 10 a R$ 25 (neste caso, é melhor portar dinheiro em espécie) para entrar em cada uma delas. Pessoas acima dos 65 anos têm acesso gratuito e, em alguns casos, crianças até 11 anos também.

Não é permitido: acampar, levar mantimentos, utilizar aparelhos sonoros, realizar práticas religiosas e a entrada de animais domésticos. Confira abaixo as opções:

  • Cachoeira do Jamil: dentro de uma propriedade particular, a cachoeira tem acesso por uma trilha de 20 minutos que chega numa pequena praia de água doce e numa queda d’água de 6 metros. A paisagem é belíssima. Lá pode acampar, fazer churrasco e pescar nas lagoas. Só não pode esquecer de deixar a natureza intacta.
Foto: divulgação/Cachoeira do Jamil
  • Poço das Virgens: com acesso a partir de uma trilha no sítio Bambu, o poço é formado por uma fluente do rio Ribeirão dos Monos, com queda d’água e área para piquenique.
  • Manacás: uma trilha de três horas leva os aventureiros até a cachoeira, que ostenta uma queda pequena e uma tirolesa de 200 metros de altura.
  • Onças: faz parte do complexo do parque Selva SP. Possui muitas pedras, uma pequena queda d’água formada por três degraus e uma piscina natural. O poço cristalino é aberto para banho.
  • Sagui, Oásis e Raio de Sol: integrada ao território da Fazenda Maravilha, a cachoeira do Sagui tem fácil acesso por uma trilha de 20 minutos. As cachoeiras Oásis e Raio de Sol também podem ser visitadas e estão aptas para banho. O local conta com banheiros, área para pique nique e estacionamento.
Foto: divulgação/cachoeira do Sagui
  • Lontra: faz parte do complexo do parque Selva SP e também é conhecida como cachoeira do Casarão, por causa de construções antigas nas proximidades, da época da produção de carvão vegetal. Tem uma corredeira larga e uma queda d’água pequena.
  • Marsilac: localizada dentro do sítio Cachoeira e da terra indígena, possui extensão de 20 metros e forma uma prainha fluvial. É considerada uma corredeira, por não ter uma queda d’água. Limite de 350 pessoas por dia.

Como chegar no Parque de Aventura em SP

O Parque Selva SP fica na Estrada do Capivari, 5005 – Engenheiro Marsilac (não confundir com a estrada de mesmo nome que fica em São Bernardo do Campo). O caminho até Parelheiros de transporte público pode ser demorado, dependendo do ponto de partida. Mas não é difícil. Basta ir até o Terminal Varginha e pegar outra condução: a linha 012 Embu-Guaçú é a mais rápida, levando apenas 25 minutos no percurso.

O acesso de carro se dá pela Marginal Pinheiros ou Av. 23 de Maio sentido Interlagos. A partir daí, chega-se na Av. Senador Antônio Vilela, onde há placas sinalizando Pólo de Ecoturismo de São Paulo. O percurso total vai de 30 a 60 km, sendo 5 km de estrada de cascalho até a entrada do parque.

Para quem não conhece a região e quer explorar outros locais, o ideal é agendar passeios com agências especializadas, como a Toca da Onça, ou participar das excursões do Sesc, por exemplo, que vez ou outra incluem o polo de ecoturismo.

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