Uma coleção de aproximadamente 3.500 espécies de plantas habitam o Sítio Roberto Burle Marx, no Rio de Janeiro. Aberto ao público e ainda pouco desbravado, a casa de campo do renomado artista plástico em Barra de Guaratiba é como um Jardim do Éden, cercado de belezas naturais, luz, sombra, sons e inspiração.
Reconhecido por criar obras de arte vivas e deixá-las como legado ao redor do país, o paisagista adquiriu o terreno em 1949 junto ao irmão, Siegfried. Burle Marx mudou-se do bairro Laranjeiras para viver ali, de 1973 até seus últimos dias na Terra, em 1994.
A propriedade de mais de 400 mil m² foi doada ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que tombou o imóvel nos anos 1980 como Patrimônio Cultural Brasileiro dada sua relevância botânica-paisagística, artística, arquitetônica e biblioteconômica. O espaço também aguarda classificação como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Barra de Guaratiba: reduto ecológico e gastronômico no Rio de Janeiro
Atrás dos muros está sob proteção uma das mais ricas coleções de plantas tropicais e semitropicais do mundo, cultivadas em jardins ao ar livre ou em viveiros. Foi neste local que Burle Marx transferiu seu acervo botânico pessoal, iniciado ainda na infância. Entre as espécies estão orquídeas, antúrios, alocasias, bromélias, helicônias, marantas e cicadáceas, semelhantes a pequenas palmeiras.
O sítio conta com oito edificações e cinco espelhos d’água
Além do verde, que proliferou ao longo do tempo, o sítio também abriga com uma uma capela do século 17, dedicada a Santo Antônio da Bica, e uma casa de fazenda do século 18, remanescente ao redor do jardim tropical moderno.
Atualmente, cumpre o papel de museu, reunindo mobiliário, objetos pessoais e 3.125 peças artesanais, de autoria ou não do artista, como pinturas, desenhos, tapeçarias, vidros decorativos, murais em azulejos e tecidos.
Entre as relíquias que ele adquiriu e guardou estão imagens barrocas em madeira, cerâmica pré-colombiana e cerâmica primitiva oriunda do Vale do Jequitinhonha (MG). Na sala de jantar, uma toalha pintada pelo paisagista forra a mesa, enquanto um arranjo elaborado pelos jardineiros da casa mantém a tradição viva.
Atualmente, casa e a capela estão fechadas para manutenção e reorganização, que facilitará os roteiros de visitação. Todos os cômodos serão abertos ao público, incluindo a sala de música, que guarda o grande piano de cauda que foi da mãe de Burle Marx. A sala de visitas, o quarto de hóspedes, a cozinha e a sala das cerâmicas também estarão mais acessíveis.
O projeto de requalificação fará reparos e conservação na capela, para que volte a funcionar normalmente com missas, batizados e casamentos.
Tome nota: A previsão é de que a casa seja reaberta no final de outubro e a capela em meados de dezembro.
Mantendo uma programação cultural ao longo do ano, o sítio Roberto Burle Marx promove concertos, palestras, cursos, exposições, seminários de educação ambiental e visitas mediadas para escolas e grupos. Acompanhe por meio da página do Facebook e bom passeio!
Quanto Custa
Os ingressos custam R$ 10 por pessoa. Idosos e estudantes pagam meia entrada. Crianças até 5 anos não pagam.
Para visitações ao sítio é necessário realizar agendamento através do telefone (21) 2410–1412 ou pelo email [email protected]. Os horários são de terça a sábado, às 9h30 e 13h30.
Como chegar no Sítio Roberto Burle Marx
O endereço do sítio Roberto Burle Marx é fácil, fácil: fica na estrada Roberto Burle Marx, 2019 - em Barra de Guaratiba. O acesso ao bairro também se dá pela Av. Estado da Guanabara.
De ônibus, pegue as linhas 867 ou 874 para chegar ao distrito. De metrô, acesso pela estação Ipanema, com ligação à Barra da Tijuca/Terminal Alvorada. Lembre-se de confirmar o percurso no site das operadoras.
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