Nem sempre a gente consegue planejar uma viagem a ponto de organizar todo o roteiro e ficar por alguns dias. Acabei indo para Minas Gerais a trabalho e minha estadia na capital era apenas uma passagem para chegar em Brumadinho. Então me virei para lutar contra o relógio e conseguir aproveitar a cidade. Confira o que fazer em Belo Horizonte em 24 horas.

Mesmo tendo pouco tempo, posso dizer que a missão foi completa e isso graças a facilidade de encontrar atrativos culturais próximos uns aos outros na região Central e do Savassi, então prepare-se para boas caminhadas. Só não curti mais porque era feriado e muitos lugares estavam fechados.

Me indicaram que eu começasse o dia com um café da manhã no Mercado Central, que fica logo ao lado da rodoviária, mas eu não fui para aqueles lados (é, perdi esse passeio). Então fui atrás de alguma das charmosas cafeterias ao redor de toda BH. Escolhi o Café Kahlúa, próximo ao terminal de conexão com o aeroporto. O local está aberto há mais de 20 anos, tem Wi-fi e bons cafés especiais, desde o básico coado até aquelas bebidinhas geladas enfeitadas. Na sequência ia tomar meu rumo até o Museu da Imagem e do Som, mas para a minha “surpresa”, não abriu nesse dia.

Subindo pela Rua da Bahia acabei encontrando a Academia Mineira de Letras, uma construção linda que vale uma pequena parada, e a Basílica Nossa Senhora de Lourdes. Como eu adoro arquitetura, não resisti e parei para ver a igreja. A paróquia foi finalizada em 1930 em estilo predominantemente neogótico. A gruta de veneração conta com a imagem da santa que veio de Paris em 1900.

Continuei minha jornada rumo a Praça da Liberdade, que é bem bonita e estava bem cuidada. Ao redor dela estão várias opções culturais em prédios históricos lindos, como o Centro de Arte Popular, o Museu de Astrologia, o Memorial Minas Gerais e a Centro Cultural Banco do Brasil, onde parei para uma visita. A área aberta ao público não é tão extensa e as mostras são temporárias. Além de admirar o local, erguido em 1926, vale a pena tomar um cafezinho no Café com Letras, que fica lá dentro.

Feito isso, resolvi descer as ruas novamente e encontrei por acaso, numa esquina, muito próxima do Café Kahlúa, o charmosíssimo Museu Inimá de Paula, do lado do Museu da Moda. Foi uma grata surpresa, porque o acervo é bem bacana, reunindo obras do artista mineiro e exposições temporárias. Recomendo muito!

Passei pelo Parque Municipal Renné Giannetti, mas infelizmente só espiei pelas grades, porque…adivinha. Estava fechado! Acho que é uma parada obrigatória, já que é o patrimônio ambiental mais antigo de Belo Horizonte, planejado no século 19, e fica grudado com o Palácio das Artes, que é outro ponto de interesse para desbravar na região do Centro.

Depois das andanças, fui para o Hostel 300 fazer, finalmente, meu check-in. A acomodação em Santa Tereza se assemelha a uma casa de vó, porque era! O dono, chamado Léo, transformou a antiga morada de sua avó em um hostel honestão, limpo, organizado e agradável. Além disso, ele é uma ótima companhia para rolês, sempre disposto a ajudar e a dois dedinhos de prosa.

O lugar fica próximo a estação de metrô Santa Teresa, além de uma boa quantidade de bares e restaurantes, como o famoso Bolão (aberto 24h) e o Clube da Esquina, que presta homenagem ao movimento musical da década de 1960, que foi um dos mais importantes do Brasil. Dispensamos os mais turísticos e fomos até o Bar Bocaiúva, que é bem simples, com preços justos e mesas ao ar livre. Se estiver chovendo, não desanime: tem uma área coberta. Na mesa chegam cervejas geladas e porções deliciosas, que são receita de família. Não deixe de pedir o pastel de angu, feito com fubá. Aliás, não vá embora de BH sem isso na sua vida.

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Fotos: Brunella Nunes

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