A Itália é um dos destinos mais cobiçados pelos brasileiros, que têm muitas semelhanças com esse povo tagarela e bom de prato. O país oferece uma porção de roteiros bacanas para fazer de carro, reunindo história, gastronomia, vinícolas, vilarejos e praias belíssimas. Hoje iremos de mostrar 15 motivos para conhecer a Costa Amalfitana o quanto antes!

Com oito destinos em seu trecho, a região costeira a 58 km de Nápoles tem entre as vantagens distâncias curtas, boa comida e mirantes surpreendentes. Se não der para conhecer todos na mesma viagem, escolha de acordo com seu perfil. Para quem gosta de passear e tem pouco tempo, o melhor é ir para Amalfi e Positano – essa última exige disposição, pois tem muitas escadas no lugar de ruas.

A cultura é um dos grades trunfos de Ravello, repleta de eventos, festivais musicais e obras de arte, vistas de perto por pessoas importantes na história, como Escher, Turner, Mirò, Virginia Wolf, Wagner e Grieg. Quem procura por tranquilidade, pode descansar bastante por lá ou em Praiano. Por fim, uma dica valiosa: os finais de semana e dias de verão resultam em estrada congestionada. Na falta de paciência, evite.

 1. É ideal para uma viagem curta

Cerca de 55 km compõem a Costa Amalfitana, percorridos em 80 minutos, sem paradas, pela Strada Statale 163, uma das mais lindas do mundo. Os vilarejos entre as montanhas são facilmente acessados por essa mesma estrada. É possível conhecer a cidade de Amalfi a pé em poucas horas, assim como todas as outras. Se não tiver de carro, pode chegar até lá com os ônibus da Sita, que – vale lembrar – não circulam durante a noite.

2. Tem vistas de tirar o fôlego!

Por estar num ponto alto, a Costa Amalfitana oferece vistas inesquecíveis em qualquer lugar que você esteja. Um dos passeios interessantes para curtir o lugar é fazer o caminho entre Positano e Praiano a pé. A trilha, chamada de Sentiero degli Dei, tem 12 km de trechos íngremes e rochosos, percorridos em cerca de cinco horas. O caminho tem sinalização um tanto precária, mas vale a pena.

Em Positano, não deixe de subir até o burgo secreto de Nocelle, onde o visual é de outro mundo. Em Sorrento, o terraço da Villa Comunale é o mais indicado, enquanto em Ravello você pode curtir o panorama de diversos pontos.

3. As praias são deslumbrantes

Os italianos adoram tomar um sol e estão bem servidos no litoral. Em Ravello e Amalfi não conseguem aproveitar o lindo Mar Tirreno, então é melhor se programar para 30 minutos de estrada até Praiano, onde fica a badalada Marina di Praia. A Praia Grande costuma atrair artistas e jet-setters.

A praia de Gavitella é a única da região que oferece sol direto até o final da tarde. Em Vietri sul Mare estão boas opções para famílias com crianças. Já quem busca sossego segue até Fornillo, mas se quer se isolar de tudo e todos, pegue um barquinho em Marina rumo a Remmese, Clavel ou Cavone.

4. É romântica!

Como poderíamos esperar de pequenas comunas italianas, pela Costa se espalha facilmente o clima de romance no ar. Casais jovens e amantes da vida noturna encontram seu lugar em Positano. Já os adeptos de aventuras e trekking preferem Praiano e Conca Dei Marini, que também recebe muitos recém-casados em Lua de Mel. Se os pombinhos estão em família, o lugar certo são as praias de Minori e Maiori, que tem boa infraestrutura para crianças. E, para quem quer sossego e comer bem, a melhor opção é Cetara e Vietri sul Mare.

5. Reúne muita história

Para quem não perde uma boa oportunidade de mergulhar num tempo tão tão distante, a região é um prato cheio. Fundada no século 9, Amalfi e Atrani são os principais destinos para observar a arquitetura típica da Idade Média. Já em Positano estão bons exemplos do período romano, incluindo os restos na igreja dell’Assunta. A partir do século 13 começou a tomar a forma que é hoje, com casas acima das rochas, torres de vigilância, fortes e ruas estreitas.

6. Tem uma cidade “mais perto do céu do que mar”

Segundo o escritor francês André Gide, Ravello está “mais perto do céu que do mar”. Isso porque do alto de sua costa, a 350 metros acima do nível do mar, estão vistas panorâmicas magníficas. A boa notícia é que, mesmo para quem tem pouco tempo disponível, dá para ir até lá num bate e volta saindo de Amalfi.

7. Ver um pedacinho de Oscar Niemeyer na Itália

Há alguns, poucos, exemplos de obras do renomado arquiteto Oscar Niemeyer espalhadas pelo mundo. Uma delas está em Ravello, que depois de uma década de disputa, abriu o espaço para o público em 2010. O auditório que leva o nome do brasileiro está acima de uma colina e parece inflado pelo vento. A sala de 400 lugares abriga concertos e outros eventos artísticos interessantes.

8. Referência em papel

Os antigos moinhos usados para a fabricação do papel são parada obrigatória quando se vai a Amalfi. Dizem que desde a época medieval a cidade mantém a tradicional produção de papel, que pode ser apreciada em Cartiera Amatruda, alocada às margens do rio Canneto, no Vale dos Moinhos, há 500 anos. Outro lugar de interesse é o Museo della Carta, que não só conta a história e vende produtos, mas também abrigas antigas prensas que eram utilizadas na manufatura de papel antigamente. Uma viagem no tempo dentro de um bloco de anotação.

9. Ruelas cheias de charme

Perder-se nas ruelas italianas pode ser um privilégio e nessa região não é diferente. Siga pela vias estreitas atrás da Catedral de Amalfi, ou em Sorrento, onde estão concentradas lojinhas de produtos artesanais. Em Ravello, o labirinto do jardim da Villa Cimbrone precisa estar incluso no roteiro. Depois de passar por grutas artificiais, estátuas, fontes e espécies raras de plantas você chega até ao mirante do terraço infinito.

10. Curvas e mais curvas

Pegar o carro e viajar ao redor da Itália pode ser uma ótima ideia para as férias. As estradas sinuosas da Costa Amalfitana exigem atenção, mas o visual é imperdível. As cidades são ligadas pela SS-163 e costuma ter lentidão durante os dias quentes de verão, afinal, todos querem tirar uma casquinha das praias locais. Mesmo no caos do trânsito, o ideal é aproveitar para curtir o passeio e admirar os arredores da rodovia.

11. Gastronomia excepcional

Como resistir à culinária italiana? Produtos frescos e de qualidade dão origem aos pratos típicos que conquistam qualquer mortal pelo estômago. Em Amalfi, o forte são os peixes frescos e a scialatielli, massa um pouco mais curta e mais larga que o espaguete. Entre outras opções típicas se destacam  a sopa maritata, um caldo de verduras e frango; o sarchiapone, uma grande abóbora verde recheada de carne e queijo, preparados com molho de tomate; o pasticciotto, recheado de creme e amarenas; e a cassata de Atrani, um tradicional bolo da Sicília, preparado com queijo ricota açucarado, pão de ló, pasta reale e fruta cristalizada. A comilança pede um copinho de limoncello no final! Se quiser aprender os segredos das delícias locais, faça aulas na cozinha da Mamma Agata, em Ravello.

12. Música clássica no terraço

Não dá para ir embora da região sem antes apreciar um concerto de música clássica nos terraços da Villa Rufolo, em Ravello. A villa por si só é um belíssimo passeio pela história e pela arte. Construída no século 13, o local carrega traços árabes e normandos em sua arquitetura de três andares.  Não por acaso, a sua tamanha beleza inspirou o alemão Richard Wagner a compor um dos cenários da ópera Parsifal. O jardim e o terraço possuem uma vista fascinante para o mar, sendo palco para o festival wagneriano, organizado pela Ravello Concert Society.

13. Visitar uma gruta que resguarda um presépio submerso

Difícil saber que, ao entrar na Grotta dello Smeraldo, na Baía de Conca dei Marini, a apenas 5 km de Amalfi, se encontra um presépio submerso a 4 metros de profundidade, feito com argila por artesãos locais em 1956. Navegando por suas águas cor de esmeralda, o público se admira seja olhando para baixo ou para cima, quando avistam as formações típicas de estalactites e estalagmites no teto.

14. Tem preços atraentes

O euro sempre dói no bolso do brasileiro, mas podemos dizer que essa região não é das piores no que diz respeito aos preços. Quer exemplos? Um cappuccino pedido no balcão sai por €2; uma pizza com cerveja na mesa sai por €15; guarda-sol e cadeiras sai por €10; casquinha de sorvete e granita de limão (raspadinha) custa €2. Ou seja, mesmo se a carteira não está recheada, dá pra se virar, vai?

15. Lendas e superstições

Como toda região pequena que se preze, a Costa Amalfitana também alimenta muitas lendas e superstições. Entre elas, dizem que casais que subirem de mãos dadas as escadarias da Catedral de Amalfi, chamada hoje de Basilica del Crocefisso, nunca se casará.

Dizem também que o nome de Positano é relacionado a uma lenda. O capitão de um barco turco encalhado teria ouvido uma voz sussurrante que o fez jogar um quadro da Virgem Maria no mar. Assim que o fez, o barco desencalhou. Anos depois, o quadro foi encontrado no mesmo local da igreja e teria sido a escolha da Virgem como sua própria residência.

Post por Brunella Nunes
Fotos: divulgação/Positano.com

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