São Paulo é conhecida pelos seus grandes prédios, pela multiculturalidade e pelas grandes avenidas. Mas para quem gosta de suspense e terror, os lugares misteriosos em SP são também um grande atrativo.

Aqui, você vai conhecer 5 espaços: alguns que, apesar de muito movimentados, reservam mistérios que provavelmente você ainda não conhece. Vamos descobrir juntos?

Lugares misteriosos em SP

Capela da Santa Cruz dos Enforcados

Em plena Praça da Liberdade, a Capela da Santa Cruz dos Enterrados guarda segredos especiais. A sua fundação vem de uma antiga tradição: fincar uma cruz no local onde ocorreu uma morte violenta, por crime ou acidente. Dessa cruz, em muitos casos, alguém construía uma capelinha – e foi o que aconteceu com a Capela da Santa Cruz dos Enforcados.

Segundo conta a história, em 1821 havia muito inconformismo entre os soldados do Brasil colônia e, neste ano, o cabo Francisco José das Chagas iniciou uma revolta pedindo igualdade salarial. Mas a ideia não foi bem aceita, e o cabo foi punido com morte por enforcamento. 

Na época, não haviam cordas de boa qualidade em São Paulo, pois a forca ainda estava em processo de construção. Por isso, a corda do enforcamento do cabo Francisco José se rompeu duas vezes no dia da execução, causando a ele uma morte ainda mais dolorosa.

Em 1891, de acordo com o Arquivo da Cúria Metropolitana, a Capela da Santa Cruz dos Enforcados foi construída, e hoje se encontra em um dos bairros mais movimentados da cidade. 

Entretanto, há quem diga que, depois da sua construção, algumas pessoas ainda vêem o espírito do cabo vagando pelo local. Há quem diga que outras almas enraivecidas e inconformadas com sua morte, perturbam os fiéis que ficam sozinhos na capela. 

E aí? Tem coragem de visitar a igreja sozinho?

Edifício Martinelli

Dentre os lugares misteriosos em SP, o Edifício Martinelli está como uma das principais recomendações para quem gosta desse tipo de turismo. Construído em 1929, na R. São Bento, 405 – Centro Histórico de São Paulo, o prédio foi o primeiro arranha-céu da América Latina e hoje guarda muitas histórias: algumas fatos e outras lendas (que não sabemos se são verdadeiras ou não).

Entre os anos de 1947 e 1960, dois assassinatos ocorreram no local, e os mais curiosos dizem que, ainda hoje, uma mulher loira e sem rosto caminha pelo prédio durante a noite. Outros relatos misteriosos são de portas de armários que batem sem uma explicação lógica.

Largo São Francisco

A Faculdade de Direito do Largo São Francisco, fundada em 1827, guarda uma história interessante.

No seu subsolo, acredita-se que um dos professores mais queridos, chamado Júlio Frank, foi enterrado por ser protestante. Na época (1840), os cemitérios eram apenas católicos, e não aceitavam pessoas de outras religiões.

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Júlio, um alemão que veio para o Brasil sem motivo definido, se destacou como um grande professor de história e filosofia, sendo também responsável pela criação de uma sociedade secreta, a Bucha.

Iniciada com o intuito de ajudar jovens universitários a se manterem financeiramente longe das famílias, a Bucha se assemelhava à maçonaria. Tinha uma estrutura própria, dividida em graus hierárquicos. No seu desenvolvimento, chegou a funcionar com um braço dentro da Academia e outro fora, que era constituído, inclusive, por grandes nomes da política da época. 

Hoje, ainda há boatos que dizem que os corredores da faculdade são visitados todas as noites pela alma do professor, que vaga tranquilamente revisitando os espaços e procurando pelos seus confrades da sociedade secreta.

Castelinho da Rua Apa

Um castelo, uma família de alto poder aquisitivo e uma chacina nunca resolvida. Poderia ser um roteiro de série ou um documentário de ficção, mas na verdade é a história por trás do Castelinho da Rua Apa: uma construção antiga, que ganhou destaque em 1937.

Na noite de 12 de maio deste ano, foram encontrados mortos a socialite Maria Cândida Guimarães e seus dois filhos, Álvaro Guimarães Reis e Armando. 

A polícia nunca conseguiu encontrar o verdadeiro assassino, ou mesmo o mandante do crime. Segundo suspeitas, existia uma quarta pessoa na casa, que nunca foi encontrada.

Após o assassinato, o local ficou abandonado até virar patrimônio público e até hoje, há relatos de pessoas que passam em frente à casa e ouvem vozes, gritos e correntes sendo arrastadas. Os vizinhos ainda chegaram a relatar eventos paranormais, como passos e torneiras abertas, mesmo depois de abandonado.

Hoje, o castelinho está reformado e sob a administração da ONG Clube das Mães do Brasil. Vale uma visita, pelo menos para conhecer a entrada do local que faz parte do roteiro dos lugares misteriosos de SP.

Casa de Dona Yayá

Para quem gosta de suspense e tragédia, a história da Dona Yayá rende boas conversas. Os problemas que marcaram a vida da jovem começaram desde cedo, quando com apenas 3 anos, perdeu a irmã que morreu asfixiada por uma porca que se soltou do seu berço. Pouco tempo depois, sua outra irmã também faleceu de tétano aos 13 anos. Algum tempo depois, morreu sua mãe e logo em seguida o seu pai, deixando a jovem órfã e herdeira de uma grande fortuna.

Sebastiana de Melo Freire, a famosa Dona Yayá, viveu sozinha: sem marido e sem filhos. Boa parte do seu tempo era voltado para promover saraus na sua residência da Rua Sete de Abril. 

Mas aos 31 anos começou a mostrar sintomas de problemas psiquiátricos. Ela logo foi internada em um sanatório, mas seus curadores pediram para que o tratamento fosse realizado em casa. Como o espaço era inadequado, logo fizeram a mudança para o casarão do Bixiga (Rua Major Diogo, 353), que depois ficou conhecido como a Casa de Dona Yayá.

Após o diagnóstico de psicose esquizofrênica, Dona Yayá ainda viveu até os 74 anos no casarão, onde foram instaladas janelas inquebráveis que só abriam do lado de fora, bem como um solário para que ela pudesse ficar ao ar livre.

Hoje, a casa funciona como sede do Centro de Preservação Cultural e está aberta à visitação pública.


E você? Quais lugares misteriosos em SP você vai visitar? Conta pra gente!

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