Alguns lugares fazem a gente voltar no tempo. Essa é a graça do jardim do Dmae, espaço de tratamento de água ao ar livre, mas que também proporciona um belo passeio em Porto Alegre. Como se não bastasse a beleza “instagramável”, é uma atração gratuita na cidade!
Foi em 1904 que surgiram os tanques de tratamento de água da Hidráulica Guaibense, na rua 24 de Outubro. Já nos anos 20 deu-se início à construção do edifício de traços ecléticos positivistas. É notável a influência francesa na arquitetura, e a partir dessa informação conseguimos perceber uma inspiração no icônico Palácio de Versalhes e seus jardins milimetricamente decorados.
Sobre o Jardim do Dmae
Na área histórica e arborizada de seis hectares se encontra atualmente o complexo da Hidráulica Moinhos de Vento, onde funciona a Estação de Tratamento de Água (ETA) e o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), criado nos anos 1960. No mesmo período foi desativada a torre maior da hidráulica e criados os reservatórios.
Nos fundos do prédio principal ficam os tanques e os laboratórios da estação, que abastece 16 bairros de Porto Alegre: Auxiliadora, Azenha, Bom Fim, Centro Histórico, Cidade Baixa, Farroupilha, Floresta, Independência, Jardim Botânico, Moinhos de Vento, Mont Serrat, Petrópolis, Rio Branco, Santa Cecília, Santana e São João.
Com cenários românticos, o jardim do Dmae não demorou a ganhar fama entre os fotógrafos, profissionais e amadores, que ali realizam desde selfies até ensaios que ficarão guardados na memória a vida toda.
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A arte também se faz presente no local, como se vê no conjunto de estátuas ao redor do chafariz, que antes abrigava uma outra obra que representava o lago Guaíba. Consideradas o monumento público mais antigo de Porto Alegre, as peças clássicas de 1866 foram idealizadas pelo arquiteto italiano José Obino e esculpidas em mármore Carrara.
Batizadas de “Os Afluentes do Guaíba”, foram transferidas da Praça Dom Sebastião em 2014. As quatro figuras femininas, as ninfas, simbolizam os rios Caí e Sinos, e duas masculinas, representando os rios Jacuí e Gravataí, também chamados de Netunos.
Além disso, também faz parte do enorme complexo o Centro Histórico-Cultural Antônio Klinger Filho, composto por uma galeria de arte contemporânea e um auditório que fazem parte da agenda cultural gaúcha. Ali acontecem exposições temporárias, concertos, palestras e apresentações diversas, em especial durante a data de aniversário do Dmae, celebrado anualmente no mês de dezembro.
Originalmente, funcionava ali um reservatório de água subterrâneo que abastecia boa parte da cidade e ficou anos em desuso após ser desativado. Então, nos anos 1980, veio a ideia de transformá-lo num espaço público que complementasse o propósito do jardim. O acervo da galeria conta com mais de 200 obras doadas por artistas plásticos.
Nos tempos de pandemia, o espaço também se consolida como uma opção mais segura de lazer em meio a natureza ou paradas breves ao redor da pracinha. Em virtude da Covid-19, a entrada está atrelada à capacidade reduzida de público (40 pessoas), medição de temperatura e oferecimento de álcool em gel. O uso de máscara de proteção também é obrigatório.
Piqueniques, ensaios fotográficos e eventos não são permitidos neste momento. A pracinha (cachorródromo) localizada na Hilário Ribeiro, na esquina com Barão do Santo Ângelo, permanecerá fechada até segunda ordem.
Vai lá!
Jardim do Dmae — Estação de Tratamento de Água (ETA) Moinhos de Vento
Rua 24 de Outubro, 200 — Moinhos de Vento, Porto Alegre (RS)
Funcionamento: todos os dias, das 8h às 18h.
Galeria de arte: fechada.
Não são permitidos: a entrada e circulação de animais; uso de drones sem autorização formal do Dmae; consumo de bebidas alcoólicas; prática de esportes com bola, skate, bicicleta e patins;
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