Muita gente não vê a hora de fazer as malas e ir para outro país aprender uma língua diferente ou aprimorar os estudos. Mas já pensou em investir seu tempo e dinheiro no desenvolvimento de projetos sociais transformadores? Assim funciona o intercâmbio social, que te leva para uma região distinta de acordo com seus propósitos para trabalhos voluntários que irão renovar a sua fé na humanidade.

Há várias maneiras de participar ativamente do voluntariado em outras nações e uma delas é procurar organizações sérias que te ajudem a chegar lá. Uma delas é a AIESEC, organização sem fins lucrativos, reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a maior do mundo gerida por jovens. Com trabalho iniciado em 1948, tem como objetivo oferecer experiências de gestão, trabalho em equipe e vivência internacional a jovens de 18 a 30 anos de idade. Atualmente possui 51 escritórios no Brasil e tem 70 mil voluntários atuando em mais de 125 países.

A diretora de Relações Públicas da ONG, Camila Khoury, dá cinco dicas para quem quer se jogar nessa experiência:

1. Defina qual é o objetivo do seu intercâmbio e a área de atuação que você tem mais interesse.

E o mais importante: se proponha a fazer, dedique o seu tempo para este propósito. Tenha a certeza de que sua ida irá, de alguma forma, fazer a diferença na vida dessas pessoas. Leia bastante e converse com quem já passou por essa experiência. A Youtuber Jout Jout, conhecida por abordar assuntos sobre feminismo, embarcou para a Índia e Peru, onde conheceu projetos sobre empoderamento feminino e igualdade de gênero. Ela fez um vídeo em seu canal contando essa experiência: “Explorar diferentes histórias enriquece o conhecimento e traz novas ideias”, disse.

2. Seja livre de preconceitos

Não basta ter só a vontade de ajudar, é importante conhecer o local a ser visitado e entender que você conviverá com culturas e hábitos diferentes, costumes e crenças peculiares, além de encontrar projetos em locais, muitas vezes, de difícil acesso, com famílias de baixa renda e até em situação de pobreza extrema. Não espere por conforto e esteja preparado para imprevistos. A conscientização do que você poderá encontrar é essencial, então pesquise sobre o projeto e pense em como você poderá ajudar.

3. Procure ONGs confiáveis, sérias e transparentes

Pesquise sobre a instituição escolhida, veja os projetos que ela já desenvolveu, experiências de quem já viajou por este caminho e quais os pré-requisitos para participar. As empresas e instituições especializadas ajudam o viajante fazendo o acompanhamento e dando todo o suporte de acordo com o país e o projeto escolhido. “Quem vai para um novo país, não está adaptado à cultura local. Então orientamos na forma de se vestir, o tipo de alimentação que ele pode encontrar, clima local, até gestos e cumprimentos”, explica Camila.

O intuito é evitar possíveis choques culturais em ambos os lados. A ideia é proporcionar ambientes em que o jovem consiga realizar o seu trabalho da melhor forma e ter experiências que facilitem o desenvolvimento de competências, como a capacidade de empoderar pessoas, autoconhecimento e entendimento das próprias paixões e valores.

 

4. Se prepare para os custos da viagem

Os custos de um Intercâmbio Social são menores do que um voltado para línguas, por exemplo, porém, é preciso se programar para gastos extras. Dependendo do programa a ser realizado pelo jovem, não está incluso passagem e alimentação. “Na AIESEC proporcionamos moradia e em alguns casos, as ONGS oferecem alimentação/transporte para os intercambistas”, conta Camila. Na hora do planejamento, você também pode incluir e calcular os custos de toda a viagem ao clicar no nome da cidade no Quanto Custa Viajar. 🙂

5. Faça um planejamento das suas atividades

Em um novo país, muitos se sentem perdidos com várias descobertas e ONGs com diversos tipos de necessidades. Trace um roteiro de onde pretende ir e quais projetos deseja trabalhar. É importante ter a consciência que você não está ali como um turista e sim como um voluntário. Se engaje no projeto escolhido e realize o trabalho proposto, com amor e dedicação.

Fotos: reprodução/Aiesec

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