Ah, São Paulo…sou suspeita para falar porque amo este pedaço caótico do Brasil. Existem sim muitos problemas na cidade, mas as qualidades que surgem a cada esquina podem surpreender. Uma das coisas mais incríveis que vem acontecendo por aqui é a ocupação de espaços públicos, tornando os fins de semana ainda mais divertidos.
E depois de viajar para alguns lugares, noto que realmente é inegável que São Paulo tem de tudo. Você consegue encontrar uma pluralidade muito grande aonde quer que vá porque é difícil colocar barreiras num espaço tão diversificado. Ao mesmo tempo que está na rua Oscar Freire, uma das mais sofisticadas da capital, pode virar uma esquina e se deparar com um comércio mais popular da rua Augusta, por exemplo.
Depois dessa pequena rasgação de seda para a minha cidade, vamos ao o que interessa. Aqui vão algumas dicas para um Guia Não-Turístico de São Paulo, porque o turístico mesmo você já conhece (se ainda não conhece, clique aqui)
Guia Não-Turístico de São Paulo
Para quem curte entrar e admirar catedrais, as opções são muitas. A Igreja Nossa Senhora do Brasil é uma das minhas favoritas e não à toa tem fila de espera para casamentos. Das mais conhecidas, o Mosteiro de São Bento também é espetacular, mas saindo dessa rota indico a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, a Igreja Nossa Senhora da Consolação e a lindíssima Basílica de Nossa Senhora do Rosário.
Indo para o lado dos museus e galerias, lamento que um dos meus favoritos esteja fechado por alguns anos, que é o Museu do Ipiranga, mas ainda assim é um bom lugar para dar um passeio. O Museu do Futebol, dentro do estádio do Pacaembu, tem um acervo bacana e a infraestrutura é bem moderna e interativa. Quem ama arquitetura precisa conhecer o Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, chamado também de Casa de Vidro, onde viveu o casal de arquitetos.
A Casa Guilherme de Almeida, a Fundação Ema Gordon Klabin e a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano são lugares bem legais para apreciar o acervo e passar um tempo. No centro, dê um pulo no Museu da Tatuagem, cheio de histórias curiosas e no pequeno, porém encantador, Centro de Memória do Circo, dentro da Galeria Olido.
Para quem curte graffiti e arte urbana, tem o MAAU – Museu Aberto de Arte Urbana -, onde foram feitos vários murais enormes numa via urbana. Indico ainda as galerias A7MA, a Choque Cultural, a Verve Galeria, a Qaz Street Art, a Galeria Ornitorrinco, Tag Gallery e Overground Art Studio Gallery. Na Vila Madalena, o Beco do Batman faz bastante sucesso por conta dos muros grafitados, mas a escadaria do Patápio, entre as ruas Patápio Silva e Medeiros de Albuquerque, é linda e tem muitas atrações em seus entornos.
Dentro do famoso Parque do Ibirapuera tem, além dos museus, um Pavilhão Japonês e o Viveiro Manequinho Lopes, que valem a visita. Se quer fugir da muvuca do Ibirapuera, experimente o tranquilo Parque da Aclimação. O Parque Villa-Lobos tem uma biblioteca super bacana, enquanto o charmoso Parque da Água Branca tem um clima de fazenda que as crianças adoram. Aos sábados tem um concorrido café da manhã orgânico.
Outro lugar legal para dar um rolê é no Minhocão, antigo Elevado Costa e Silva, que fica fechado para os carros aos fins de semana e recebe eventos, food trucks e espetáculos como o infantil Esparrama na Janela, feito de uma das janelas dos edifícios. Na região central, os entornos da Praça Dom José Gaspar também ficam animados e tem de tudo: bares, restaurantes e a saudosa Galeria Metrópole, onde fica o descolado bar Mandíbula.
Não perca as festinhas malucas da Trackers – ou Tracker Tower -, nem os eventos dominicais da Casa das Caldeiras, gratuitos e sempre com música de qualidade, além do espaço, que é incrível. A Balsa, um dos lugares mais charmosos num terraço da cidade, abre ao público em dias de festa, então vale a pena ficar de olho na programação. Tem também a Casa 92, uma baladinha que faz com que você se sinta, literalmente, em casa.
Para viver experiências diferentes na cidade, dê um pulo na Feira Kantuta, dedicada a cultura andina. O Ateliê no Escuro promove jantares sensoriais onde os participantes ficam vendados, enquanto o Fechado Para Jantar cria banquetes em lugares inusitados, como uma livraria.
O pessoal do SampaPé promove passeios culturais pela capital, sempre na base da caminhada. Se quiser poupar os pés, faça um passeio cultural a bordo do antigo Trem Cultural dos Imigrantes, ou de uma Maria Fumaça que leva os passageiros até o distrito cinematográfico de Luís Carlos.
Na represa Guarapiranga dá para passar o dia praticando Stand Up Paddle, windsurf e veleiro. O espaço conta com vestiário, parquinho, lanchonete e aluguel de equipamento.
Vale também conhecer a Japan House, um centro cultural japonês. E o edifício Tokyo, que conta com 9 andares onde acontecem festas, além de bares e até karaokês!
Eu poderia ficar muitos e muitos parágrafos falando de vários cantos inusitados e especiais da minha São Paulo, mas em resumo, estas são algumas das coisas que, dentre tantas outras, tornam a vida na metrópole mais prazerosa. Na hora do cafezinho, tenha em mãos a nossa lista com opções de cafés em SP.
Excelentes dicas, não há mais desculpas pra ficar em casa no FDS!
Amei esse Saite