Seja num final de semana qualquer ou nas tão aguardadas férias, este guia do Guarujá vai acompanhar você durante a viagem. A cidade conhecida como a “Pérola do Atlântico” fica a apenas 1h de distância de São Paulo, reservando ótima infraestrutura turística e belezas ainda pouco exploradas. Vem comigo que no caminho eu te conto!

O terceiro município mais populoso do litoral paulista é destino de veraneio dos paulistas desde 1912. Bem urbanizada, conta com uma grande rede de hotéis, bons restaurantes, vida noturna pulsante e um total de 27 praias, que vão desde as mais movimentadas às mais desertas, de difícil acesso.

Antiga morada de indígenas tupis, a ilha do Dragão, outro apelido carinhoso do Guarujá devido ao formato no mapa, é rodeada por uma parte remanescente da Mata Atlântica e pela Serra do Guararu, área de proteção ambiental e de manejo sustentável ao redor das montanhas. Tal fato garante ar puro, trilhas entre a fauna e a flora, além de praias mais afastadas.

Neste Guia do Guarujá foram selecionados inúmeros passeios para você ir completando ao longo do ano. E acredite: vai faltar feriado!

O que fazer no Guarujá

Foto:chausinho

Quem vai para o Guarujá quer mais é saber de praia, não é? Pois saiba que as opções estão além do que muita gente imagina. São 22 km de areia e mar, com balneabilidade garantida ao longo de boa parte do ano. Tem opções para todos os tipos de público, desde lugares para esportistas até os que buscam apenas por sombra e água fresca.

Enseada: a maior praia da cidade tem quase 6 km de extensão, de areia dura e mais escura em boa parte da superfície. Dada a abundante concentração de pessoas, o mar não fica tão cristalino quanto deveria, mas é propício para banho. Cercada por coqueiros, a orla está repleta de hospedagens, restaurantes, bares e lojas, além de um dos maiores aquários da América Latina. É ali que também acontece boa parte dos eventos do Guarujá.

Pitangueiras: quem não fica na Enseada geralmente opta por essa praia, que fica bem localizada, no centro do Guarujá. Conta com muitas opções de cafés, bares e restaurantes, além de shopping center e galerias comerciais. A praia com quase 2 km de extensão tem um mar mais tranquilo e costuma bombar no Verão.

Praia do Pernambuco: uma das praias urbanas mais bacanas para ficar, possui ondas moderadas, que permitem a prática de stand up paddle. Oferece ainda outras modalidades esportivas, restaurantes, hospedagens e outros serviços que garantem certa comodidade. A partir dela se avista a bela Ilha dos Arvoredos, que é exemplo em sustentabilidade. Falaremos mais dela adiante.

Mar Casado: o nome da praia já diz tudo, afinal, é neste ponto em que o mar se junta com o da praia vizinha durante a maré baixa, revelando uma topografia curiosa. Tal cenário já serviu até para novela global, além de muitas caminhadas ao pôr do sol. As águas com ausência de ondas chegam a formar uma piscina natural.

Perequê: o cenário dessa praia lembra as típicas pinturas litorâneas que vemos nos museus, com morros verdes, pequenas casinhas e vários barcos no mar. Terra de caiçara, ali se reúne uma das maiores colônias de pescadores da Baixada Santista, que oferecem peixes e frutos do mar frescos para fortalecer a gastronomia local, além de passeios náuticos. É um lugar mais tranquilo, que destaca a comida caseira e regional.

Praia do Tombo: atraindo surfistas e amantes da natureza, a bela praia é urbana, mas fica mais isolada, o que garante a sinalização Bandeira Azul de qualidade ambiental. Ou seja, é menos poluída do que as demais. Ainda dentro de seus pontos positivos está o fato de reunir certa estrutura nos arredores, contando com hospedagens e opções gastronômicas.

Astúrias: com águas agitadas e esverdeadas, essa praia entre Tombo e Pintagueiras é um lugar para, literalmente, ficar a ver navios. O chamado Canto das Astúrias se transformou em um refúgio romântico, ideal para observar o mar, fazer fotos, ver o entardecer e o tempo passando. Também atrai adeptos da pesca, que ficam no píer tentando a sorte.

Foto: Wikimedia

Guaiúba: pouco extensa e com poucas ondas, a praia é considerada ideal para famílias com crianças. Tem acesso fácil, quiosques e restaurantes pé na areia, além de hospedagens próximas.

Praia do Éden: sabe aqueles pequenos paraísos escondidos? Essa praia é um deles e certamente é uma das mais belas do Guarujá. Abraçada pela Mata Atlântica, tem apenas 150 metros de extensão, e mar cristalino cor de esmeralda, pois reflete a vegetação. Por não ser urbana, não tem infraestrutura e é acessada através de uma pequena trilha no condomínio Sorocotuba, entre as praias Enseada e Pernambuco. O acesso é livre, mas lembre-se sempre de recolher seu lixo e preservar o local.

Sorocotuba: no mesmo acesso que leva à praia do Éden, Sorocotuba é ainda menor, com apenas 100 metros de extensão. O mar calmo e turquesa que refresca os banhistas é como um presente pelos mais de 300 degraus descidos para chegar até a areia. E para encarar a subida na hora de ir embora, lembre-se de descansar bastante e se hidratar enquanto está curtindo a praia!

Praia das Conchas: forrada de conchas, a pequena praia é um convite para o sossego, a começar pelo mar manso, de águas claras e que forma piscinas naturais na maré baixa. É ideal para famílias e banhistas, mas não conta com infraestrutura. Fica dentro do condomínio Iporanga Guarujá, que dá acesso a outras duas praias.

Iporanga: no mesmo local que a praia das Conchas, essa opção tem características semelhantes, mas com uma novidade. Dentro da área que envolve a Reserva da Serra de Guararu tem uma cachoeira bem bonita, que não permite mergulho, apenas contemplação. Se quiser andar mais longe, vá até a vizinha Itaguaíba, de beleza rústica e mar agitado.

Praia de São Pedro: outra vizinha de Iporanga é São Pedro, que aproveita as maravilhas naturais da área de proteção ambiental. Acessada por trilha, é bem mais extensa, com mais de 1 km de extensão de areia, banhadas pelas águas cristalinas de ondas leves.

Praia Branca: na divisa com Bertioga, a prainha ainda é um destino mais hippie, embora tenha ficado bem popular nos últimos anos. É acessada por uma trilha fácil e se assemelha a um vilarejo caiçara, pois conta com campings, acomodações simples e alguns restaurantes. Nada luxuoso. A praia tem areia fofa, ondas fortes de um lado e calmas do outro.

Para se isolar (lugares secretos e imperdíveis)

O Guarujá também esconde alguns tesouros, que talvez nem piratas tenham chegado perto. Exemplo disso são as praias do Monduba e do Moisés, que possuem acesso restrito, havendo a necessidade de autorização prévia, pois ficam em áreas militares. Mas tem muitas outras, sem restrições e que são consideradas “secretas“. Duvida? Então dá uma olhada nas praias abaixo e conta pra gente nos comentários quais delas você conhece.

Ilha de Pompeba: quem cruza o mar da praia de Pitangueiras em maré baixa pode chegar até as piscinas naturais dessa pequena ilha. Mas a diversão na água exige responsabilidade! É preciso manter o olho no horário em que a maré começa a subir, senão há grandes chances de ficar ilhado!

Praia do Góes: à direita do edifício histórico Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande há uma pequena colônia de pescadores. O acesso até ela é por meio de uma trilha no meio da Mata Atlântica ou barco. Chegando lá, são 250 metros de um pequeno oásis, escondido e preservado.

Sangava: uma trilha de duas horas de caminhada, que exige bom condicionamento físico, leva os mais aventureiros até uma encantadora praia de águas cristalinas e piscinas naturais. Pela proximidade com a Mata Atlântica, Sangava também é conhecida como “Vale dos Cogumelos Caiçara”, dada a incidência de variados fungos dentro da vegetação.

Cheira Limão: a menor praia de Guarujá tem apenas 20 metros de extensão e fica tão escondida entre duas rochas, que apenas os pescadores e mergulhadores costumam ir lá. As águas tranquilas entre as praias do Goes e Sangava são acessadas por embarcações ou a braçadas no mar.

Camburi: a partir da praia Branca é possível visitar a vizinha, Camburi. Fica deserta durante boa parte do ano e costuma ser muito bem falada por quem já viu suas belezas de perto. No alto da floresta, há a nascente do rio, que forma piscinas naturais de água doce antes de desaguar no mar.

Ilha dos Arvoredos: foi no ano de 1984 que a ilha passou a ser administrada pela fundação Fernando Lee, que presta homenagem ao engenheiro dedicado a pesquisas científicas de energia solar e eólica, além de estudos oceanográficos, ecológicos e, também, práticas sustentáveis. Para visitá-la, é preciso entrar em contato previamente.

Armação das baleias: linda e preservada, a praia tem um histórico um tanto triste. No século 16, era abatedouro de baleias para a extração de seu valioso óleo, que era refinado para então ser utilizado em construção civil. Hoje é apenas um reduto de águas calmas, com aproximadamente 50 metros de extensão.

Mirantes

Existem muitos pontos de observação interessantes na região do Guarujá. Logo no final da praia da Enseada, à esquerda, está o Canto (ou Costão) das Tartarugas, que dá visão para praias mais longínquas, como Éden e Sorocotuba.

Foto: Wikimedia

Entre Astúrias e Tombo está a Ponta das Galhetas, que se tornou ponto de encontro. De lá se observa os quilômetros de mar e algumas embarcações do porto. Já o mirante da Caixa d’Água tem vista para toda a praia do Tombo, pegando ainda Astúrias e Pitangueiras no horizonte.

Por fim, o mais famoso de todos: o mirante da Campina, popularmente conhecido como Morro do Maluf, em homenagem ao ex-morador, Edmundo Maluf, que dava festas memoráveis por ali. A área revitalizada é considerada o marco zero da cidade e fica movimentada ao longo de todo o dia. Do local também partem parapentes, dando um gostinho a mais para quem quer planar no céu.

Pontos turísticos históricos

Entre os atrativos históricos está a a Fortaleza de Santo Amaro de Barra Grande, construção de 1584, encravada nas rochas da praia de pescadores, Santa Cruz dos Navegantes. Os mais aventureiros podem pegar uma trilha do outro lado, rumo à aconchegante praia do Góes.

Outra opção é o Forte dos Andradas, localizado numa área que protege a Mata Atlântica, tornando-se parte de um sítio ecológico, com acesso gratuito. Erguido em 1942, foi a última construção do tipo no Brasil e ainda mantém boa parte dos cômodos em seu estado original.

Na região central está a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima e Santo Amaro, que presta homenagem a duas figuras santificadas pela igreja católica. Ostentando elementos da arquitetura barroca, foi, na verdade, construída já na era moderna, em 1957, para ocupar a lacuna deixada por uma capela que pegou fogo antigamente, passando então a ser a matriz da cidade.

A Armação das Baleias possui ainda dois monumentos históricos, o Forte de São Felipe e de São Luiz, e um arqueológico, as Ruínas da Ermida de Santo Amaro do Guaibê, tida como uma das primeira igrejas católicas do país. Construída em pedra, cal e óleo de baleia no ano de 1554, serviu para catequizar os índios e celebrar missas. Os locais fazem parte da trilha das ruínas, acessadas pela SP-61, via que liga Guarujá e Bertioga.

Na busca por ecoturismo e aventura, a dica é ir até o Parque do Conde. Parte do conjunto preservado da Mata Atlântica, segue um modelo de turismo sustentável, com acompanhamento de um biólogo e um guia turístico nos passeios. Os visitantes têm contato com inúmeras quedas d’água, fauna, flora e sons da natureza. Além disso, pode participar de atividades radicais, como tirolesa, minirrapel, arvorismo e escalada. As crianças adoram!

Onde ficar

Foto: divulgação
  • Canto das Laranjeiras - a charmosa rede de hospedagens tem quatro opções de acomodação no Guarujá: uma na praia do Tombo, duas na praia de Pernambuco e outra na praia do Guaiúba. Os preços variam de R$ 171 a R$ 250 por dia.
Foto: divulgação/Canto das Laranjeiras
Foto: divulgação

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Onde comer

Joca Restaurante: um dos restaurantes mais tradicionais e bem avaliados da cidade, o Joca está na ativa desde os anos 1970. Ocupando um lugar tranquilo à beira do rio, serve frutos do mar frescos, como ostras e lagostas. Um dos pratos mais pedidos é o Risoto à Moda do Joca, com camarão, tamarutaca, lula, marisco, polvo e molho branco gratinado.

Foto: divulgação

Casa Tropical: quer um lugar cool, descontraído e diferentão no Guarujá? A Casa Tropical é um misto de coworking e cafeteria, com produção de pães artesanais, cafés especiais, doces e comidinhas saudáveis.

Foto: divulgação

Tahiti: Com cara de bangalô, o restaurante intimista tem vista para o mar e pegada gourmet. Para fugir dos pratos quentes, prove o ceviche de salmão, com banana da terra, lâminas de rabanete, chips de batata doce e cebola roxa.

Foto: divulgação
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Latitude Beer: cerveja artesanal também combina com o Guarujá! Para provar cada chopp da cervejaria, a dica é pedir a régua de degustação, com 150 ml de cada uma das seis opções. O preço fixo é de R$ 60.

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Parakalo: um pedacinho da Grécia em plena praia do Tombo. O charmoso restaurante serve culinária mediterrânea, como camarão acompanhado de arroz com tomilho, batata, cebola roxa, tomate cereja, alcaparras e toque de canela.

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Bon Crepe: a creperia mais conhecida da cidade serve massas em geral, bem servidas e caprichadas. No almoço executivo, durante a semana, tem crepe com salada partir de R$ 22.

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Georgia Café: a cafeteria serve pães de fermentação natural, bolos, tortas, bebidas geladas e cafés variados. Na pausa para aquele docinho, uma boa pedida é o Affogato invertido, que leva sorvete de café banhado com chocolate quente cremoso.

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St. John Pub: quem olha para este pub pode até achar que está na Irlanda. Filial de uma casa em São Paulo, agita as noites do Guarujá com programação musical de quarta a sábado, regadas a cervejas variadas e hambúrgueres para forrar o estômago.

Foto: divulgação

Bella Roma Gourmet: com ambientes muito bem decorados e um jardim bem agradável, o restaurante serve almoço executivo gourmet. Elaborado com ingredientes orgânicos, o menu de quatro tempos conta com couvert, entrada, prato principal e sobremesa. O custo é de R$ 24,90 por pessoa, sendo 29,90 aos finais de semana. À noite, o local serve pizzas e em breve terá sushi bar.

Foto: divulgação

Como chegar

Apenas 84 km separam São Paulo e Guarujá. O acesso é feito pela Rodovia Cônego Domenico Rangoni (antiga Rod. Piaçaguera Guarujá), a partir do entrocamento da Via Anchieta, em Cubatão ou através da Rodovia Rio-Santos. Você pode facilitar sua vida e alugar um carro para fazer a viagem! 🙂

Para quem vai de ônibus, basta ir até o Terminal Rodoviário Jabaquara (linha azul do metrô) e localizar as viações Ultra ou Rápido Brasil. As passagens custam R$ 36,39 (ida) e R$ 31,83 (volta).

4 comentários

  1. Estou de férias na praia de Pitangueiras desde 03 dez. 2020, as praias de Guarujá estão fechadas, não pode abrir guarda sol e cadeiras, portanto, não venham para o Guarujá vá para Santos que está liberada.

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