Para quem é fã de festivais de arte, o Echigo-Tsumari Art Field, que ocorre tradicionalmente a cada três anos no Japão, é um prato cheio. O festival é conhecido por unir diferentes conceitos de natureza e arte, com obras contemporâneas que são exibidas em espaços abertos e, muitas vezes, pouco prováveis, como plantações de arroz.

Seres humanos fazem parte da natureza como um todo e é justamente essa inserção entre homem e meio-ambiente que o Echigo-Tsumari Art Field propõe.

Foto: Plus Magazine

O modo como as pessoas se relacionam com o mundo ao redor é ponto central do evento, por isso o festival possui várias instalações espalhadas pela paisagem satoyama de Niigata (termo designado para áreas entre as montanhas e a terra arável).

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Uma experiência de imersão única

Foto: The Japan Times

O Echigo-Tsumari é dividido em seis áreas diferentes no distrito de Niigata, a 320 km de distância de Tóquio, e todas elas atuam como pontos do festival.

As áreas possuem instalações que se mesclam com a paisagem rural e que aproveitam os ambientes ao máximo, permitindo que os visitantes realmente desbravem o local. Por exemplo, na edição de 2018 as pessoas podiam se hospedar em uma escola fechada que foi transformada em acomodação.

Foto: Japan Times
Foto: Japan Guide
Foto: Japan Quest

São mais de 200 aldeias que possuem obras expostas durante o festival e, como provavelmente você não vai dar conta de visitar todas no próximo Echigo-Tsumari (que será realizado só em 2021), separamos aqui alguns dos pontos fixos do festival que não podem ficar de fora do roteiro, caso você esteja no Japão no momento certo.

Mas para usufruir de tudo isso, é recomendado que você fique um tempinho na região. Existem oito hotéis oficiais do festival, todos com suas características próprias que fogem do padrão. Temos os ambientes com mais de 150 anos como a Shedding House, instalações modernas como a House of Light e casas icônicas como a Dream House, projetada pela renomada artista Marina Abramovic.

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O que não perder no Echigo-Tsumari

O Museu Satoyama de Arte Contemporânea tem que estar na lista. Projetado pelo arquiteto Hiroshi Hara, o local é a porta de entrada para toda a experiência do festival, com obras inspiradas na região. A estrutura do prédio abraça a natureza ao redor com formas geométricas retas e quadradas que se assemelham a um tipo de santuário, um lugar moderno ao mesmo tempo em que reflete a tradicional arquitetura japonesa.

Echigo-Tsumari Art Field
Satoyama Museum. Foto: Echigo-Tsumari

O Matsudai Nohbutai é a construção pitoresca que faz a conexão entre o rural e o urbano, oferecendo galerias de arte, restaurantes e uma loja do museu. Ademais, o próprio prédio já é um passeio por si só. Os jardins ao redor da edificação estão repletos de arte ao ar livre, prontos para exploração, como é de se esperar do Echigo-Tsumari.

Matsudai Nohbutai. Foto: Echigo-Tsumari

O Kyororo é um museu de ciências naturais bastante atípico que propõe reflexões sobre ecologia e sustentabilidade, com um formato sinuoso e que faz os visitantes realmente explorarem todos os sentidos por meio de exposições interativas e educativas. O local ganha um toque especial no inverno, quando fica praticamente submerso pela neve, porém com um charme a mais.

Museu Kyororo. Foto: Echigo-Tsumari

Para quem quer aproveitar algo mais lúdico, especialmente para crianças, o Museu Hachi & Seizo Tashima é um passeio bastante interessante dentro do festival. Localizado em uma antiga escola da região, o espaço foi totalmente transformado para abrigar os mais variados eventos o ano todo, além de ter a sua própria exposição permanente com monstros coloridos e crianças que parecem ter saído de desenhos infantis.

Museu Hachi & Seizo. Foto: Echigo-Tsumari

Um festival que também é gastronômico

Engana-se quem acha que o Echigo-Tsumari é só sobre arte. Praticamente todas as instalações maiores oferecem restaurantes, desde os mais tradicionais até os inusitados. O Kamigo Clove, por exemplo, é um restaurante em que os chefs fazem performances teatrais enquanto cozinham os pratos para você – algo que a gente não vê sempre.

Foto: Echigo-Tsumari

Já o Ubusuna é um restaurante tradicional, construído há mais de 80 anos e que serve comida tradicional típica. Quem for ao Museu Satoyama de Arte Contemporânea pode passar no Shokudo e provar os vegetais fresquinhos das montanhas da região, com receitas típicas passadas de geração a geração com um toque moderno.

Outro local delicioso é o Echigo Shinanogawa Bar, que permite que você desfrute iguarias sazonais do mar, campo e montanhas. Contudo, é válido ficar de olho se tais restaurantes estão abertos fora do período oficial do festival, a cada três anos, pois fora de temporada eles podem oferecer somente cafés ou um menu reduzido.

O que vale aqui é a exploração!

Como já comentamos, o Echigo-Tsumari é sobre se aventurar pelo interior rural do Japão e se deparar com intervenções artísticas nos lugares menos prováveis, instalações que mudam de lugar e que proporcionam experiências únicas.

É o tipo de passeio que deve estar na sua lista se você estiver no país, então que tal se preparar para 2021? Comece desde já a pesquisar passagens aéreas para o Japão, usando nosso buscador!

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