O planeta pode até ser azul, mas há muitas outras cores para se explorar ao redor do globo, onde encontramos uma surpreendente gama de cidades monocromáticas.

Cada destino tem os seus próprios motivos para manter ruas inteiras pintadas de uma só cor. Pode ser o calor, razões religiosas ou simplesmente para chamar a atenção. Mesmo assim, a monocromia costuma vir sempre acompanhada de lendas ou histórias imprecisas que tornam difícil entender sua verdadeira origem.

Não se sabe como, mas a Índia é um verdadeiro paraíso das cidades com apelidos de cores, enquanto o Marrocos pode se gabar de ser lar de um dos itens mais conhecidos da lista: a cidade azul de Chefchaouen, é claro!

Em dúvida sobre onde ir nas férias? Pense numa cor e te diremos o destino ideal! 

Cidades monocromáticas

Amarelo – Izamal, México

Não surpreende que Izamal tenha se tornado famosa com o apelido de “cidade amarela”. Localizada no estado de Yucatán, no México, a apenas 60 km de Chichén Itzá, ela também é conhecida como “a cidade das três culturas”, por guardar resquícios do México pré-hispânico, colonial e da cultura atual no país.

Curiosamente, suas casas e ruas foram pintadas de amarelo recentemente. De acordo com o Visit Mexico, o objetivo era celebrar a visita do papa João Paulo II no início dos anos 90. Fato é que o resultado foi tão bonito que ninguém se atreveu a mudar as cores da cidade desde então. Uma vez lá, não deixe de conhecer a pirâmide de Kinich Kak Moo, um dos muitos vestígios que as civilizações maias deixaram na região.

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Pelas ruas amarelas de Izamal, no México. Foto: Ivan Cervantes

Azul – Chefchaouen, Marrocos

Pode-se dizer que Chefchaouen é uma das cidades mais instagramáveis do mundo. Com as fachadas das casas todas pintadas de azul e branco, é difícil não impressionar-se a cada passo.

Apesar de hoje ter conquistado fama internacional, a cidade azul era fechada a estrangeiros até 1920, como grande parte do Marrocos. Acredita-se que os judeus sefarditas expulsos da Península Ibérica tenham sido os responsáveis por tingir as construções de azul, cor associada à realeza nas tradições judaicas.

Segundo o Marrocos.com, esse hábito por muito tempo esteve restrito apenas aos bairros em que viviam as comunidades judias, mas atualmente até mesmo os prédios de governo foram tomados pela tonalidade. Entretanto, há quem diga que a cor serve como uma maneira de afastar os mosquitos. O que todos estão de acordo é na razão pela qual suas ruas continuam seguindo esta paleta de cores: o turismo, é claro!

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Tons de azul se misturam nas ruas de Chefchaouen. Foto: Milad Alizadeh

Branco – Sucre, Bolívia

Finalmente, uma destas cidades monocromáticas que fica pertinho do Brasil. Trata-se de Sucre, na Bolívia, com suas casinhas brancas que prometem encher os olhos dos viajantes de muita paz.

A cidade foi palco para a independência da Bolívia, declarada por ninguém menos do que Simón Bolívar, herói nacional que dá nome a essas terras. Seu centro histórico pintado de branco foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1991.

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casas pintadas de branco em Sucre, na Bolívia
Sucre, na Bolívia. Foto CC BY-SA 2.0 Murray Foubister

Dourada – Jaisalmer, Índia

Tudo bem que no jogo de STOP (também conhecido como adedanha ou adedonha) sempre acontece a confusão: “dourado é uma cor?“. Nunca poderemos oferecer uma resposta exata para esse enigma, mas a cidade dourada de Jaisalmer, na Índia, merecia um espaço nesta lista.

Em pleno deserto do Thar, ergue-se uma cidade da cor do ouro cujo enorme forte converte-se em uma das atrações turísticas mais surpreendentes da Índia.

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Forte dourado em Jaisalmer, Índia
Foto: Josephine Thomas

Rosa – Jaipur, Índia

Outro destino indiano na lista, Jaipur é tingida de rosa. No interior do centro histórico, a cor é onipresente.

Este rosa terracota significa boas-vindas na cultura da região e foi escolhido como uma estratégia pelo Marajá Sawai Ram Singh II para impressionar o Príncipe Alberto em sua jornada pela Índia no final do século 19. Na época, o esquema de cores virou lei, que ainda se aplica nos dias de hoje, garantindo que Jaipur continue sendo a cidade rosa por muitos anos.

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Palácio rosa em Jaipur. Índia.
Foto: Annie Spratt

Verde – Tampa, Estados Unidos

Esse título é controverso. Para se posicionar como destinos de ecoturismo ou destacar suas ações de sustentabilidade, muitas cidades pelo mundo se autodenominam “verdes”.

Para desfazer esse mal entendido, uma pesquisa realizada pelo Senseable City Lab do MIT criou um algorítimo capaz de identificar quais eram as cidades com maior número de áreas verdes a partir da perspectiva dos pedestres. O resultado levou em conta análise de imagens captadas pelo Google Street View, que permitem ter uma visão semelhante à das pessoas que circulam pelas ruas da cidade. A partir disso, criou-se a Treepedia, uma ferramenta que analisa os níveis de “frondosidade” de cada local.

De todas as áreas pesquisadas, Tampa, nos Estados Unidos, levou o primeiro lugar e já pode ser celebrada como a cidade mais verde do mundo, com 36% de áreas naturais. Singapura ficou em segundo na disputa, com quase um terço de sua superfície composta de espaços verdes.

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Tampa, nos Estados Unidos, é a cidade mais verde do mundo. Foto: Ward Mercer

Vermelho – Marrakech, Marrocos

Embora as cores de Marrakech sejam bastante similares às de Jaipur, o destino marroquino ganhou o apelido de “cidade vermelha”. No fim das contas, ambas têm uma coloração terracota, cada qual com suas características.

De acordo com o Viagem & Gastronomia, o tom vermelho busca suavizar a incidência da luz solar, visto que Marrakech está colada ao deserto.  Se fossem pintadas de branco, as construções provavelmente causariam dificuldades na vista por refletir a luz. Apesar disso, talvez o motivo seja muito mais simples: a argila era um material abundante na época de sua construção.

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Foto CC BY-SA 1.0 Luc Viatour

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