O turismo animal vem sendo cada vez mais alvo de denúncias e debates acerca de novas práticas. Vítimas de maus tratos, os elefantes da Tailândia são utilizados para passeios e shows de entretenimento. Com o fechamento de fronteiras devido a pandemia, os gigantes da selva acabaram perdendo o emprego e puderam enfim retornar à natureza, de onde não deveriam ter saído.
O impacto econômico do surto de coronavírus foi sentido com força nas atrações tailandesas, visto que ao menos um quarto dos visitantes anuais eram chineses. Estima-se que 85 empresas, entre parques e safáris, tenham fechado as portas devido a falta de público desde o início de 2020.
Segundo dados da Fundação Amigos do Elefante Asiático, cerca de 75% dos elefantes da Tailândia foram retirados da natureza forçadamente para trabalhar em torno de 12 horas por dia. Ao todo, há 3,5 mil em cativeiro e outros 2,5 mil livres.
Empresários que lucram com passeios dizem estar sem recursos para alimentá-los, alertando que podem chegar a morrer de fome. E além de serem vítimas do turismo, os elefantes também enfrentam os caçadores. Um filhote pode valer até US$ 60 mil, o que incentiva a caça ilegal.
Segundo consta no site da Save Elephant, a alimentação de um elefante custa US$ 30 por dia, totalizando em US$ 900 por mês

Em contrapartida, o Elephant Nature Park e a Fundação Save Elephant de Chiang Mai, resgatam os mamíferos gigantes da exploração e fazem um trabalho de reabilitação na natureza. Além disso, educam também os empresários que lucram com os passeios em ações de conscientização e abertura de diálogo para que entendam o quanto é ruim manter espécies sob essas condições.
Alguns dos 1.700 elefantes resgatados ficaram mais de 20 anos aprisionados, não tendo como sobreviver no meio selvagem, junto a outros animais livres em seu habitat natural. O papel dos santuários, movidos a doações, é tratar os abusos de forma adequada
Assim que estão saudáveis e readaptados à uma vida sem abusos, os elefantes — originários principalmente da tribo Karen — aos poucos estão sendo soltos em etapas de 100 em 100 animais, na região de Mae Chaem, no Norte da Tailândia. A caminhada até o vilarejo onde irão viver demora em torno de cinco dias e está sendo acompanhada por um condutor de elefantes.
A espécie é considerada o símbolo do país.

Para se conectar com os fãs e mantê-los informados sobre o paradeiro dos elefantes, o santuário criou o canal EleFlix, que vai mostrar não apenas como e onde os animais estão vivendo agora, mas divulgar informação educativa sobre os mesmos, evitando que passeios e explorações do tipo voltem a acontecer.
Atualmente, a maneira mais ética de se aproximar dos animais é visitando santuários, que são espaços adaptados e dedicados à proteção de espécies. O turismo consciente é promovido pelo Quanto Custa Viajar. Proteger e observar é muito melhor do que utilizá-los para se divertir!
- Confira aqui onde você pode conhecer bichinhos enquanto viaja.

Para fazer uma doação ao resgate de elefantes na Tailândia, clique aqui!

Excelente iniciativa. Vamos respeitar os animais. Quando nós humanos chegamos aquí, eles já eram os donos do lugar!