O Uruguai é um destino que tem caído nas graças dos brasileiros nos últimos tempos. Durante a minha viagem por lá percorri algumas cidades, como contei aqui, e por fim me surpreendi demais com os museus de Punta del Este. Os motivos? Talvez pela minha paixão por arte, arquitetura e lugares curiosos, mas a verdade é que eles conseguem pegar a atenção de qualquer mortal.

A minha primeira parada cultural em Punta foi o Museu Ralli, que ficava perto de onde me hospedei e, para a felicidade geral da nação, tem entrada gratuita. O caminho até lá já é interessante. O bairro Beverly Hills não tem esse nome à toa, sendo muito semelhante ao destino norte-americano, rodeado de árvores, grandes jardins e casarões. E um silêncio tão bom que nos transporta para outra dimensão.

Fundado em 1988, esta foi a primeira unidade do Ralli, que também tem endereços no Chile, Israel e Espanha.

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Com exposição permanente de artistas latino-americanos contemporâneos e grandes mestres do surrealismo, o acervo conta com quadros incríveis e esculturas de bronze e mármore espalhadas pelo pátio, incluindo nomes como Dalí, Botero e Volti. É, de verdade, um passeio muito bacana, cheio de belezas e que me surpreendeu pela qualidade.

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Confira onde de hospedar em Punta Del Este

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Museu del Mar

Em outro dia da viagem, por acaso, conheci o Museu del Mar, em La Barra, que é parte de Maldonado, onde fica Punta del Este. Eu sou praticamente uma criatura marinha, então me interesso muito pelo tema. Para chegar lá, peguei um ônibus no terminal de Punta e demorei cerca de meia hora até La Barra, mais uma caminhada de 2 km, bem tranquilo, porque é uma reta e tem placas de sinalização.

Chegando lá tem que pagar uma taxa de 70 (crianças) e 100 pesos uruguaios (adultos). Bom, primeiro que o museu não é bem só do mar e parece muito com um gabinete de curiosidades, formado pelo museu das recordações, museu dos balneários, a Sala das Conchas do Mar, a Sala dos Mamíferos Marinhos e a Sala dos Piratas. Dá pra se perder no meio de tanta informação. Somente da fauna marinha, são 10 mil exemplares. :O

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Logo na entrada já tem um monte de animais empalhados e pasmem, eu vi muitos desses durante minha viagem pelo Uruguai. É um tanto desconfortável e estranho, mas tudo bem…vida que segue. Entre eles está a cadelinha chamada “Pajarita” (passarinho em espanhol), que depois de morrer, resolveu voltar para se despedir do seu dono, e nunca mais foi embora. Uma história maluca. Aliás, dizem que até um óvni foi visto nos arredores do museu.

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Pelo enorme salão se espalham esqueletos de orcas e baleias, carcaças de tartarugas e caranguejos de todos os tamanhos imagináveis. Na ala dedicada a artigos das décadas passadas estão frascos de perfume, latas antigas, mobília e uma infinidade de pequenos objetos, incluindo até mesmo alguns do Brasil.

Do outro lado da rua, logo em frente, tem também um Insectário, com entrada livre. É pequeno e cheio de insetos, dos mais exóticos aos mais simples, incluindo borboletas e besouros, todos devidamente guardados num vidro. Estes foram alguns dos lugares mais curiosos em que já estive.

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Casapueblo

Tido como um dos edifícios mais icônicos de Punta del Este, este museu não fica lá, e sim na vizinha, Punta Ballena, península de Maldonado. Só descobri isso na prática, quando tirei o dia para conhecer a tão falada Casa e me dei conta de que teria que pegar um ônibus para chegar até ela. O trajeto, do terminal até a entrada de Ballena, foi de aproximadamente 15 minutos.

Chegando no ponto, próximo a um Mirante (Mirador) bem legal, tinha mais uma caminhada de 2 km. Funcionando também como hotel, o local cobra $240 pesos uruguaios para pessoas maiores de 12 anos. Como diria seu amigo brasileiro Vinícius de Moraes, a casa é como um “labirinto grego”.

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Esta casa de arquitetura fascinante acima de falésias pertencia ao pintor e escultor uruguaio Carlos Paéz Vilaró, que ali mantinha seu ateliê. Assim como Antoni Gaudí, nunca usou um plano em sua construção, que tem uma única linha reta, e dizem que foi inspirada em João de Barro. Atualmente, guarda e expõe seu acervo, além de vender produtos com sua arte, como peças de cerâmica bem legais, desenhadas com seus traços singulares.

Não consegui pegar a cerimônia do pôr do sol, quando todos vão até a varanda com vista para o mar e ouvem uma gravação do artista enquanto se despedem do dia – que é quando o museu fecha as portas. Mas este é realmente um lugar único e muito especial. Além de funcionar como hospedagem, também tem um café, um bar e um restaurante aberto ao público.

*Dica valiosa: saindo de lá, desça até a praia para conhecer Las Grutas, uma gruta onde antigamente funcionava um bar, com festas de arromba. Conto mais sobre isso neste post.

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Post e fotos por Brunella Nunes | reprodução proibida sem autorização

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