O desafio estava lançado: escrever um artigo para o site Quanto Custa Viajar sobre nossa (eu e minha esposa Valéria) última viagem à Europa, em 2017.

O artigo deveria retratar duas fases: a do planejamento e, posteriormente, a viagem em si.

Tudo começou quando retornamos do cruzeiro que fizemos em maio de 2016 pelo Báltico. A partir dali começaram as tratativas para a próxima viagem. Sendo um casal de classe média entrando na terceira idade e com possibilidade de tempo e recursos para empreender uma viagem ao exterior por ano (salvaguardadas as proporções de gasto), temos procurado realizar nossos sonhos de viagens antes que aconteçam impeditivos comuns a pessoas mais idosas, como dificuldade de locomoção, enfermidades, etc.

Eu e Valéria no momento do embarque

Inicialmente pensamos em fazer um tour pela Espanha, onde nunca fomos.

Como planejar um roteiro

Mas conversa daqui conversa dali, verifiquei que minha esposa gostaria de rever Paris, onde havíamos ido em 2007. Somou-se minha vontade, desde garoto, de conhecer lugares históricos da Primeira e da Segunda Guerra Mundiais, já que sou militar do Exército aposentado e estudioso do assunto.

Como se diz no dito popular, “batemos o martelo” em ir para a França, fazendo uma viagem de carro sem estarmos presos a horários de excursões bem como o engessamento do itinerário.

Trânsito ao entrar em Paris com o carro alugado

A primeira fase do planejamento foi traçar um itinerário geral, colocando pontos obrigatórios que gostaríamos de passar, tipo Paris, Normandia, a região do Somme e a Alsácia. Feito isso, conversamos com pessoas que já tinham passado nessas regiões, colhendo suas impressões e dicas (o que obrigatoriamente ver, lugares que não valiam a pena e outros muito específicos para o gosto de cada um).

Feito esse planejamento inicial e estabelecido uma rota geral, começamos a pesquisar na internet lugares turísticos que estivessem na região por onde íamos passar. Por exemplo: já que iríamos à região do Somme na França, por que não voltar a Brugge (Bélgica), cidade encantadora que estivemos muito rapidamente em 2007, num bate e volta de Paris? Bem, e já que acrescentamos Brugge, por que não ir à Bruxelas e Ghent, que não conhecíamos? E já que passaríamos em Bruxelas, por que não sair pelo sítio histórico da Batalha de Waterloo (tanto eu quanto Valéria gostamos muito de lugares históricos).

E assim foi feito o planejamento. No final chegamos à conclusão de que deveríamos ficar cerca de uns 30 dias, tornando a viagem cara e, acima de tudo, cansativa.

Aí veio a fase dos cortes em que tivemos que sacrificar alguns pontos em detrimento dos mais importantes. Fechamos o planejamento em torno de 25 dias, somando a ida e regresso.

Costumo fazer o aluguel de carro através de uma conhecida empresa do setor da qual já tenho certas vantagens por ser cliente frequente (aliás, milhagens e programas fidelidade ajudam a baratear planejamentos). A escolha de hotéis costumamos fazer por este site, levando em consideração a questão do preço (do menor para o maior) conjugado com avaliações de pessoas com o mesmo perfil de viajante que nós (que buscamos conforto, mas com um custo benefício apropriado).

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Em duas localidades acabamos por optar por alugar apartamentos, bem mais baratos que hotéis. No entanto, chegamos à conclusão de que nesse tipo de site ficamos mais sujeitos a propagandas enganosas que em sites de busca de hotéis, nos obrigando a alguns desconfortos que pesam, pela nossa idade, tipo subir quatro lances de escada para chegar no apartamento (afora a idade, ainda tinham as malas). Enfim, fica no gosto de cada um. Para pessoas mais jovens, os sites de aluguel de apartamentos talvez sejam uma opção mais barata.

A internet deve ser bastante utilizada num planejamento. Ela fornecerá informações importantes como, por exemplo, num certo ponto que queria visitar, saber que ele estaria fechado em determinados dias e horários. Pode-se realizar consulta de preços, possibilidade de comprar ingressos on line a fim de evitar filas no local e tirar dúvidas sobre transporte público em certas cidades maiores. Ainda, pode-se utilizar algumas ferramentas que possibilitarão, inclusive, visualizar determinados pontos, mostrando a validade do ponto, sua correta localização e vizinhança e, também, a possibilidade de se entrar em contato (via email, site, FB ou Whatsapp) com determinado local a fim de tirar dúvidas. Mínimos detalhes foram vistos no Youtube como, por exemplo, o tipo de gasolina que é utilizada naquela parte da Europa; como passar pelos pedágios franceses (cartão? paga-se à operador na hora?). O interessante é que se vá para uma viagem dessas com o máximo de dúvidas tiradas a fim de evitar stress na hora.

Enfim, estávamos prontos para partir: seguro de viagem dado pelo cartão com que compramos as passagens de avião; aéreo comprado; um cronograma detalhado, mas que possibilitava pequenas variações; reservas dos hotéis com possibilidade de cancelar com até 24 horas de antecedência, sem multa; alguns restaurantes escolhidos e reservados previamente.

Agora, era aguardar a hora de embarcar!

Texto por Luiz Augusto Santiago, 63 anos, pai da Amanda Santiago, co-fundadora do QCV

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