Grutas com águas cristalinas, cachoeiras com quedas d’águas surpreendentes, trilhas que passam por riachos e mirantes para observar belezas a perder de vista: assim é a Chapada Diamantina, um dos destinos mais encantadores do Brasil, localizado no coração da Bahia.

Quem visita esse verdadeiro paraíso na Terra vai em busca de contato extremo com a natureza preservada — que realmente acontece! É uma beleza tão grande e tão pura que chega a emocionar.

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Foto: Wikimedia Commons
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Foto: Cícero R. C. Omena
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As principais cidades na Bahia que funcionam como base para quem viaja para a Chapada Diamantina são: Lençóis, Mucugê, Ibicoara, Palmeiras, Andaraí e Rio de Contas. As vilas Igatú e Vale do Capão também fazem parte do roteiro.

Lençóis é a maior delas, com muitas opções de hospedagem e restaurantes legais para conhecer. Mucugê é uma verdadeira gracinha e ficar hospedada nela também será uma boa pedida!

Dicas iniciais para visitar a Chapada Diamantina

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Foto: Wikimedia Commons

Quem pretende visitar a Chapada Diamantina pela primeira vez fica cheia de dúvidas. Normal, até mesmo porque estamos falando de um parque nacional com 1.520 km². Toda essa área verde não é bem sinalizada e tem trilhas ainda pouco demarcadas, mesmo com o volume alto de turistas o ano todo.

Mas, hoje pretendemos passar algumas dicas iniciais para você começar a montar seu roteiro para conhecer uma das regiões mais bonitas do nosso país.

O primeiro passo é definir quais passeios você deseja fazer na Chapada Diamantina. Nem todas as atrações são próximas umas das outras e a definição do roteiro vai fazer total diferença até na hora de escolher suas hospedagens, ok? Assim, você não perde muito tempo com deslocamento.

Falando em hospedagem, a maioria das pousadas nas cidades-base da Chapada Diamantina são simples, porém aconchegantes. Você vai passar a menor parte do tempo nelas, não escolha opção caras ou pomposas (acredite, não precisa). Inclusive, no Vale do Pati, por exemplo, com passeios que duram 3 dias, muitas hospedagens são feitas nas casas dos nativos <3

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Foto: Wikimedia Commons

Alugue um carro bom! Um carro com tração 4×4 é essencial para se locomover no parque nacional. Pode ser que seu guia faça o translado com você, porém, é melhor garantir para não ficar atolado no meio do caminho. Você pode alugar um carro em Salvador, por exemplo, e seguir viagem.

Partiu, Salvador? Encontre aqui passagens aéreas com os melhores preços

Existem várias opções de pacotes para visitar a Chapada com tudo incluso, que facilitam a montagem do seu roteiro. Se você quer fazer passeios com mais tranquilidade, existem agências credenciadas que oferecem pacotes com ônibus ida e volta, hospedagem com café, translados completos e guia — tudo por um preço só!

Faça várias cotações! Existem dezenas de agências que atuam nas diferentes cidades da Chapada Diamantina. Fale com o pessoal do Vale do Pati – Brasil, Pisa Trekking, Azevedo Turismo, Terra Chapada, Pôr do Sol Ecoturismo, Fora da Trilha, ZenTur entre outras.

Vale a pena seguir a hashtag #chapadadiamantina no Instagram também, assim você acompanha as postagens dos usuários e vai ficando com ainda mais vontade de fazer a trip. Na rede social, existem muitos perfis de guias legais, como o Rafael Rio Branco, que podem ajudar você a montar seu roteiro e fazer as trilhas contigo — e fica bem mais em conta do que fazer o passeio com agências, hein, #ficaadica!

Mesmo tendo lugares que podem ser visitados por conta própria, literalmente será uma terra nova para você. Por isso, ter um guia que manja da Chapada Diamantina acompanhando seu passeio durante todo o percurso é importante.

Leve dinheiro em espécie, isso porque você terá que pagar taxas de acesso/preservação nos locais que visitar (e todos não aceitam cartões). Para toda atividade mais radical, vale a pena fazer um seguro viagem (sim, mesmo sendo no Brasil).

Algumas atrações para visitar na Chapada Diamantina

Tem MUITA, mas muita atração nessa terra maravilhosa na Bahia! Tudo vai depender da quantidade de dias que você terá no seu roteiro para conseguir conhecer a maior parte delas. E, acredite: se quiser ficar 15 dias na Chapada, vai ter passeio irado para fazer em todos os dias.

Confira algumas atrações para colocar no roteiro:

Morro do Pai Inácio, Palmeiras

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Foto: Wikimedia Commons

O cartão-postal da Chapada Diamantina é o Morro do Pai Inácio, localizado em Lençóis. Com a caminhada começando diretamente no estacionamento do local, bastam 20 minutos até chegar ao cume do morro — um acesso super fácil e tranquilo!

A visão que se tem do parque lá do alto é incrível e de perder de vista. A dica é subir no final do dia para contemplar o pôr do sol maravilhoso. Procure pela rocha com formato de coração, muitos casais fazem fotinhas perto dela <3

Valor da entrada: R$ 12.

O Morro do Pai Inácio fica a 26 km de Lençóis. Encontre aqui seu hotel para ficar na região.

Veja mais fotos do Morro do Pai Inácio:

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Poço do Diabo, Lençóis

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Foto: Wikimedia Commons

Com fácil acesso pela BR-242 e pertinho do Morro do Pai Inácio fica o Poço do Diabo, uma cachoeira com quedas d’água de 20 metros de altura. A piscininha formada possui águas com coloração avermelhada, lembrando o tom de um uísque. Se quiser tomar banho, salte de uma vez, isso porque as águas são geladíssimas!

Valor da entrada: gratuito.

Lençóis tem aeroporto: encontre passagens aéreas aqui.

Veja mais fotos do Poço do Diabo:

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Foto: Wikimedia Commons
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Foto: Wikimedia Commons
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Foto: Wikimedia Commons

Gruta da Pratinha e Gruta Azul, Iraquara

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Pratinha. Foto: Wikimedia Commons

A Fazenda Pratinha abriga duas grutas maravilhosas da Chapada Diamantina. Apesar da fazenda ser uma propriedade particular, a infraestrutura é muito boa para receber os visitantes, contando com restaurante e banheiros.

A primeira pausa é na Gruta Azul, que só pode ser observada. Mesmo sem poder tomar banho, você vai tirar muitas fotos desse lugar lindo. Conforme a incidência do sol na água, um coração se forma, fazendo com que a maioria dos turistas tente capturar esse momento.

A Gruta da Pratinha é outro espetáculo e nela é possível praticar flutuação durante 30 minutos. Você vai amar ficar boiando nestas águas azuis e encantadoras. Após esse tempo relaxando, faça um montão de fotos deste paraíso natural.

Valor da entrada: R$ 40.

Se quiser ficar hospedada na região, vale a pena procurar hotéis e pousadas em Seabra.

Veja mais fotos das grutas:

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Pratinha. Foto: Rosanetur
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Gruta Azul. Foto: marina1192
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Gruta Azul. Foto: Wikimedia Commons

Gruta Lapa Doce, Iraquara

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Foto: Wikimedia Commons

A Chapada tem um sistema de cavernas com 42 km de extensão e a Gruta Lapa Doce faz parte dele. As trilhas para chegar até a entrada da gruta são tranquilas, caminhando em média 2,5 km. Dentro da gruta, o tour segue ladeira abaixo por 700 metros até a chegada a um espaço cheio de formações nas rochas calcárias, esculpidas durante milhões de anos.

Valor da entrada: R$ 30.

Se quiser ficar hospedada perto da gruta, vale a pena procurar hotéis e pousadas em Seabra.

Veja mais fotos da Gruta Lapa Doce:

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Foto: Wikimedia Commons
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Foto: Wikimedia Commons
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Foto: Wikimedia Commons

Cachoeira da Fumaça, Vale do Capão

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Foto: Wikimedia Commons

Esta é a maior cachoeira do Brasil, com 340 metros de queda d’água que deixam os visitantes até sem fôlego. A Cachoeira da Fumaça é um cenário lindíssimo na Chapada Diamantina que deve fazer parte do roteiro de passeios para quem visita a região pela primeira vez.

Valor da entrada: gratuita, mas aceita contribuições para ajudar na preservação.

Tem bastante hotel e pousada com bons preços no Vale do Capão.

Veja mais fotos da Cachoeira da Fumaça:

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Cachoeira da Fumacinha, Ibicoara

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Wikimedia Commons

Sem exageros, talvez a Cachoeira da Fumacinha seja a cachu mais bonita de toda a Chapada Diamantina. A trilha para chegar até este paraíso é pesada, totalizando 18 km (somando ida e volta), mas o esforço valerá a pena. Ao avistar as quedas d’água com 100 metros de altura, envolvidas em paredões de 280 metros, você vai se emocionar!

Existem duas maneiras de visitar a Fumacinha, fazendo a trilha por baixo (mais difícil) ou por cima — não vá sem guia, o caminho é difícil e muitas partes não são intuitivas. Passar pelos cânions e chegar até a Cachoeira da Fumacinha é um sentimento inexplicável. Será uma oportunidade de ficar em contato e ver toda a imensidão que a força da natureza tem.

Valor da entrada: gratuito.

Ibicoara fica a quase 4 horas de distância de Lençóis. Você pode pernoitar no próprio município, veja aqui hotéis e pousadas em Ibicoara para ficar.

Veja mais fotos da Cachoeira da Fumacinha:

Foto: Wikimedia Commons
Foto: Bart van Dorp

Cachoeira do Buracão, Ibicoara

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Foto: Wikimedia Commons

Quedas d’água com 85 metros de altura rodeadas por cânions sinuosos: assim é o cenário da Cachoeira do Buracão. A trilha que se inicia logo após o estacionamento tem 3 km de extensão, garantindo uma caminhada de aproximadamente 1h.

Para entrar na água, você vai precisar usar um colete salva-vidas por questões de segurança, ok?

Valor da entrada: R$ 6.

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Foto: Wikimedia Commons
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Foto: João Vicente

Poço Azul, Nova Redenção

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Foto: Rosanetur

Este é um dos principais atrativos da Chapada. A gruta que abriga o Poço Azul possui águas cristalinas e azuis onde é possível realizar a atividade de flutuação com colete, máscara e snorkel pelos seus 40 metros de extensão e 20 metros de profundidade.

Entrar nestas águas azuladas será uma experiência ímpar na sua vida. O local é todo preparado para receber turistas, contando com lanchonete, restaurante e banheiros.

Valor da entrada: R$ 30.

É mais fácil encontrar uma hospedagem em Mucugê quando desejar visitar o Poço Azul.

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Foto: Wikimedia Commons
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Foto: Chico Ferreira
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Foto: Chico Ferreira

Poço Encantado, Itaetê

Foto: Wikimedia Commons

Mesmo sem ter a possibilidade de entrar na água do Poço Encantado, visitá-lo é quase uma tarefa obrigatória para quem está na Chapada Diamantina. O Poço Encantado tem dimensões exorbitantes: 60 metros de profundidade, 110 metros de comprimento e 70 metros de largura.

Faça o possível para visitar o local entre 10h e 13h, isso porque nesse horário o facho de luz solar entra pela abertura da gruta e garante um dos espetáculos mais guardados pelos visitantes. É incrivelmente lindo!

Valor da entrada: R$ 30.

Hospede-se em Mucugê se for visitar o Poço Encantado.

Gruta Torrinha, Iraquara

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Foto: Wikimedia Commons

A 65 km de distância de Lençóis fica a Gruta Torrinha com suas formações surpreendentes de estalactites e estalagmites. O cenário criado há milhares de anos é exuberante e você vai se deliciar fazendo fotos para guardar de recordação.

A gruta tem um percurso interno bem grande, chegando a 2 km de extensão. Quem tem tempo sobrando pode percorrer todas as trilhas da caverna, contabilizando 2h30 de caminhada, passando por debaixo de pedras no melhor estilo aventureira.

Hospedagens perto de Iraquara: veja as opções!

Vale do Pati

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Foto: Wikimedia Commons

Talvez, o lugar mais marcante da sua viagem à Chapada Diamantina seja este! O Vale do Pati é tão encantador, tão lindo, que sinceramente faltam adjetivos para descrevê-lo. Será uma imersão e experiência incrível na sua vida, de verdade!

É importante saber que as trilhas são longas, algumas até pesadas, que variam de 14 km a 18 km por dia. Vale a pena ficar pelo menos duas noites no Pati para desbravar a região, ok? As hospedagens acontecem na casa de moradores do Vale, que oferecem café da manhã e jantar feito no fogão à lenha, saboreado muitas vezes na varanda de casa.

No Vale do Pati tem cachoeiras, como a da Altina, do Funil, do Lajedo, Cachoeirão (acesso por baixo e por cima) e cachoeira do Calixto para um banho gostoso! Ainda tem o vale do Calixto, perfeito para contemplar a Chapada Diamantina com uma vista panorâmica e rola até uma “escalaminhada” no Morro do Castelo para apreciar grutas com formação de quartzito. É muita beleza num lugar só!

Veja mais fotos do Vale do Pati:

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Foto: Wikimedia Commons
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Vale do Pati, Foto: Barp van Dorp
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Foto: Wikimedia Commons

Ainda tem MUITAS outras atrações para serem desbravadas na Chapada Diamantina. Será uma viagem cheia de caminhadas e belezas pelo caminho.

Quando visitar a Chapada Diamantina

A melhor época para visitar a Chapada é após o término do período das chuvas de verão. Isso porque, você vai encontrar as cachoeiras ainda bem volumosas e bonitas, mas sem correr riscos durante sua trilha.

Para você ter uma ideia, dependendo da situação climática em épocas chuvosas, seu guia vai impedir que algumas trilhas sejam feitas. Durante os períodos de chuva isso pode acontecer, já que podem ocorrer trombas d’água.

Por isso, pode parecer estranho, mas durante a estiagem é uma época mais segura para se aventurar pelas trilhas, especialmente se for a primeira vez que você esteja indo para a Chapada Diamantina. A temperatura média da região fica entre 20ºC e 30ºC, variando conforme a estação.

Onde comer?

Muita atrações possuem restaurantes e lanchonetes nos quais você pode fazer suas refeições. Confira opções legais em três municípios:

Em Lençóis, procure pelo Restaurante Garimpo Gourmet ou pelo Restaurante Quilombola para experimentar a culinária tradicional baiana; o Restaurante Lampião tem o melhor do sabor nordestino e a Cafeteria São Benedito é ótima para um lanche.

Em Mucugê, visite a hamburgueria Casa Amarela e delicie-se no Restaurante Sabor e Arte e Sabor da Picanha. O Vale do Capão tem o Bistrô Orquídea Negra, o Restaurante Mirante da Cachoeira e o Ôxe! Restô que são legais de conhecer.

Lembre-se de passar nos mercadinhos para comprar itens e preparar sanduíches e lanches para encarar as trilhas.

Curtir as férias na Chapada Diamantina será uma experiência encantadora e inesquecível. Boa viagem 🙂

9 comentários

  1. Na cachoeira do Buracão, colocaram só o valor da entrada de R$ 6

    E a obrigatoriedade do guia local, é necessário ter mesmo ou vocês não precisaram/contrataram?

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