O bairro de Pinheiros, em São Paulo, está ficando cada vez mais saidinho. Reunindo cultura, design e boa gastronomia, não é à toa que esteja cada vez melhor e mais cheio. Por suas esquinas há um bocado de coisas para fazer e lugares incríveis para conhecer. É um reduto cool numa área nobre da cidade, mas que também reúne opções gratuitas e bem baratinhas.
Já notei uma coisa dessa região: tem gente que ama ou odeia. Entendo ambos, porque todo bairro descolado fica fadado aos “negócios de fachada”, aqueles que são bonitinhos mas ordinários, sabe? Cabe ao julgamento de cada um, mas isso é um tanto irritante mesmo e toda metrópole corre esse risco, já que pipocam novos endereços mês a mês, deixando o hype de ontem já ultrapassado amanhã.
Dito isso, vamos tentar seguir uma “ordem” de roteiro aqui, mas é difícil porque ali estão cinco estações de metrô e trem: Sumaré, Faria Lima, Fradique Coutinho, Pinheiros e Hebraica-Rebouças. Tudo vai depender de onde exatamente você pretende ir, embora seja bem fácil andar ou pegar ônibus por lá. Além disso, ali se reúnem estabelecimentos que vão do simplão, ao descolado e chegam até o mais sofisticado dos bolsos.
Um dos principais pontos é a Parque Villa-Lobos, onde tem uma biblioteca incrível, e o chamado Largo da Batata, que foi revitalizado por vontade e apelo dos moradores, com apoio crucial de coletivos como “A Batata Precisa de Você”. Hoje é palco para protestos, jogos de queimada, soneca da tarde, eventos de fim de semana, coisas de “praia de paulista”. Ao seu redor há um bocado de lugares para ir, como o Sesc Pinheiros, que tem entrada livre, ótimas instalações, comida barata e programação mensal.
Além disso, tem o Instituto Tomie Ohtake, centro cultural onde sempre tem exposições bacanas, além de cursos e eventos. Aliás, na pausa para um cafezinho, evite a Ofner logo em frente e ande alguns metros até a padaria artesanal Le Pain Quotidien, que tem um dos melhores custos-benefício da cidade. É nas proximidades que os cervejeiros de plantão também se dão bem, seja visitando a Goose Island Brew House ou a Brew Dog, ambas famosas internacionalmente e com rótulos próprios, além da Cervejaria Nacional, que produz sua própria cerveja brasileira, de boa qualidade. O preço é salgado em comparação com as de boteco, mas a qualidade compensa.
Para encher ou apenas forrar a barriga, recorra à Rua Fradique Coutinho e arredores. Indico o Pastifício Primo, o KOF, o Chá Yê, a Padoca do Maní, o Chou, o SP Lovers Café, a o Underdog, Dona Vitamina, a B.Lem Portuguese Bakery, o Pita Bar e Kebab, o Polska 295, o Frida & Mina e a Damascus, lojinha simples de doces sírios que pertence a uma família em fuga da guerra. Em qualquer dia da semana você também encontra uma bela feijoada e comida nordestina no tradicional Bar do Biu. Mas olha, tem MUITA coisa mesmo e de fome ninguém morre ali, não!
A vida noturna é um dos atrativos mais fortes de Pinheiros, que tem incontáveis bares: Noname Boteco, Cateto, Pitico, o pizza-bar Picco e o boteco japonês Izakaya Matsu. No bairro também está uma das casas noturnas mais badaladas de SP, visitada por celebridades como Madonna: o Bar Secreto, descolado e um tanto seletivo. Também é um ótimo reduto para amantes da boa música, reunindo casas de shows interessantes como o Centro Cultural de Música Instrumental, que funciona junto com o Jazz nos Fundos; o Urucum e o Espaço Zé Presidente, misto de DJs e apresentações de bandas; entre tantas outras.
Quem quer se divertir mas suspende facilmente a balada, como eu, indico o Art Battle, um programa bem diferente para fazer em São Paulo. Basicamente é uma “batalha” entre artistas de diversos níveis, que disputam entre si pintando quadros ao vivo, no tempo determinado pelo cronômetro. Acredite, é super legal! O público vai votando nas telas favoritas e o artista em questão vai passando de fase até que se chegue ao grande vencedor ou vencedora da noite. Vende cerveja, tem música e muita arte legal, inclusive para comprar. Outro lugar legal para acompanhar a programação é a House of All, misto de coworking, lavanderia, cursos e cozinha experimental.
Na hora das compras, uma boa dica é percorrer os endereços de design da região. A Rua Mateus Grou é uma boa pedida, com as lojas mais legais, como a Collector 55, Galeria Nacional, Espaço Achadinhos, Espaço Cremme, Desmobilia, Design Somma e Cutterman Co. A LojAlém, na Rua Francisco Leitão, também vale a visita. Para quem busca por móveis, bugigangas e instrumentos musicais, a Rua Theodoro Sampaio é parada obrigatória, além de ser o antro do comércio popular, reunindo perfumarias, lojas de roupas e acessórios.
Próximo dali está o Mercado Municipal de Pinheiros, recheado de produtos frescos e pequenos restaurantes com grande qualidade para mordidas rápidas: o Comedoria Gonzales, de culinária andina; a Napoli Centrale, que vende pizzas napolitanas; e uma unidade enxuta do Mocotó, que tem os dois pés no Nordeste.
Com esse mini roteirinho, dá para se divertir um bocado em Pinheiros, não? Bora pra São Paulo , que a cidade não para e amanhã essa lista já vai estar desatualizada!
Doceria Damascus: comandada por uma família da Síria que chegou ao Brasil durante a guerra
Descubra onde se hospedar Pinheiros aqui!
Sorvete de rapadura com calda de catuaba do Mocotó: para comer de joelhos!
qual local esse sorvete de rapadura com calda de catuaba do Mocotó??
Mocotó Café no mercado de Pinheiros
Nossa, faltou falar da loja Fulana Guaçu, que fica na Mateus Grou, de longe a loja mais bonita e interessante do bairro de Pinheiros.
Oi Samanta!
Obrigada pela dica. 🙂
Maravilha! Sampa é Sampa!