Fazer um Safári na África do Sul entrou na lista de viagens dos sonhos de muitos viajantes, já que uma viagem que oferece uma experiência verdadeiramente diferenciada (e única) e você não precisa gastar uma pequena fortuna para colocá-la em prática.
Já imaginou ver os animais da selva africana de pertinho? Em seu habitat natural? Sem gaiolas, jaulas ou demonstrações? O Safári na África do Sul oferece justamente isso: uma experiência imersiva na natureza, com paisagens e vivências únicas.
Os safáris são comuns na África toda, como contamos aqui, mas a África do Sul acaba sendo um dos principais destinos para realizar o passeio, já que conta com parques e passeios incríveis que são referência no assunto.
Então se você tem vontade de fazer um Safári na África do Sul e não sabe por onde começar, neste guia vamos explorar as melhores dicas, tipos de safári, os principais parques e reservas, e outras informações essenciais para tornar sua viagem em realidade.
Tipos de Safári na África do Sul
Antes de sair agendado qualquer safári que te oferecerem e que você encontrar na internet, saiba que existem diferentes opções de Safári na África do Sul para atender aos diversos perfis de viajantes.
Confira os tipos mais comuns:
Self-Drive Safári: não existe em todo lugar, mas nesta opção você aluga um carro e explora sozinho o parque, sendo ideal para quem quer autonomia e já tem algum conhecimento do local ou do ritmo dos animais. Esse tipo de safari pode ser feito no Kruger Park.
Safári Guiado: uma das modalidades mais comuns, o safári com guia é oferecido por guias especializados, é uma excelente opção para iniciantes, pois os profissionais conhecem os melhores lugares para avistar animais, horários de saída e oferecem dicas importantes.
Safáris de Luxo: para quem quer investir mais, esse safári é realizado em lodges exclusivos dentro de reservas privadas, oferecem experiências personalizadas e acomodações sofisticadas.
Safári a pé: menos comum, essa opção oferece uma experiência única e imersiva que permite explorar a natureza em pequenos grupos acompanhados por guias experientes.
Safári fotográfico: focado em capturar as melhores imagens da vida selvagem, essa algumas reservas contam com profissionais para auxiliar os visitantes.
Melhores parques e reservas para fazer Safári na África do Sul
Antes de saber os melhores lugares para fazer o seu Safári na África do Sul, saiba que existem safáris que são feitos em parques nacionais e outros em reservas privadas.
Os parques nacionais são administrados pelo governo, através do órgão South African National Parks (SANParks), costumam ter tarifas mais atrativas, acomodações mais simples para quem for se hospedar por lá e costumam oferecer a possibilidade do self-drive safari, mas não tem muitas opções de personalização do roteiro oferecido dentro do safári.
Já as reservas privativas têm mais luxos que os parques nacionais, já que são gerenciados por empresas privadas, tem passeios mais exclusivos e com opção de personalização, costuma ter menos viajantes e acomodações bem luxuosas (daquelas que geralmente você vê viralizando nas rede sociais com os elefantes e girafas tomando água da piscina do quarto das pessoas).
Agora que você sabe a diferença, veja abaixo os melhores locais para fazer o Safári na África do Sul:
Kruger National Park
O Kruger é o parque nacional mais famoso do país e um dos maiores da África. Ele é lar dos icônicos Big Five, além de mais de 500 espécies de aves. Há opções de self-drive e acomodações para todos os orçamentos.
Reserva Privada Sabi Sands
Localizada ao lado do Kruger, esta reserva privada é renomada pela alta densidade de felinos. A experiência em Sabi Sands é mais exclusiva, com safáris guiados em veículos 4×4 e a possibilidade de chegar muito perto dos animais. Aqui você pode ver os big five e ainda Zebras, Girafas, Javalis, Impalas, Chacais, Babuínos.
Parque Nacional Hluhluwe-iMfolozi
Localizado em KwaZulu-Natal, é o mais antigo parque da África. Ele é famoso por seus esforços de conservação do rinoceronte branco. Aqui você também tem chances de ver de perto o big five, hienas-malhadas, e os cães-selvagens-africanos.
Reserva de Madikwe
Menos conhecida, mas igualmente impressionante, Madikwe é ideal para quem busca um safári menos lotado. Localizada próxima à fronteira com Botsuana, lá você poderá ver cães-selvagens-africanos, animais ameaçados de extinção, também conhecidos como “painted wolves” e abriga zebras, girafas, gnus, hipopótamos e mais de 300 espécies de aves, tornando-a excelente também para observadores de pássaros.
Kgalagadi Transfrontier Park
Quem quiser conhecer dois países em um safári, precisa visitar o Kgalagadi Transfrontier Park, que tem um terço do território na África do Sul e dois terços em Botsuana, abrangendo mais de 3,6 milhões de hectares, tornando-o uma das maiores áreas de conservação do mundo.
O parque faz parte do ecossistema do deserto do Kalahari, caracterizado por paisagens áridas, dunas de areia vermelha e vegetação rasteira e por lá você pode ver de perto grandes felinos, especialmente leões de juba negra, que são exclusivos desta região. Além disso, o parque abriga guepardos, leopardos e hienas.
Espécies como órix (ou gemsbok), springbok, elandes e gnus são comuns no parque e, quem já foi, diz que a observação de manadas em contraste com o cenário desértico é uma experiência inesquecível.
Também há uma variedade de aves de rapina, como águias e falcões, tornando o parque um paraíso para observadores de pássaros.
Parque Nacional Addo Elephant
Situado no Cabo Oriental, é o lugar perfeito para quem deseja ver elefantes em abundância. Também há ações para proteger leões, rinocerontes e hienas.
Quem são os “Big five”? Onde encontrá-los?
O termo “big five” é muito usado quando vamos buscar um safári, mas você sabe o que isso quer dizer? Os big fives são os cinco animais “principais” que todos os viajantes querem ver, considerados os mais “imperdíveis” e diferenciados.
Os big five são: Leão-africano (Panthera leo), Elefante-africano (Loxodonta africana), Búfalo-africano (Syncerus caffer), Leopardo-africano (Panthera pardus pardus), Rinoceronte-negro (Diceros bicornis).
Apesar de serem os mais cobiçados e que todo mundo quer ver, no Safári na África do Sul
você também pode avistar guepardos, hipopótamos, zebras, girafas, gnus e diversas espécies de antílopes. Além disso, os parques oferecem uma experiência rica para os amantes de aves, com muitas espécies raras.
Na África do Sul, os big fives são encontrados no Kruger Park, que fica a 400 km de Joanesburgo e no Madikwe Game Reserve, na divisa com Botsuana, a 290 km de Joanesburgo.
Quando fazer um Safári na África do Sul
Para que seu Safári na África do Sul seja um sucesso você precisa escolher de forma assertiva quando fazer sua viagem! Imagina viajar, pagar os safáris e não conseguir ver nada por causa da chuva, por exemplo?
A melhor época para fazer o Safári na África do Sul é no inverno deles, que é igual do Brasil, entre junho e agosto. Essa é considerada amelhor temporada para observar a vida selvagem. Durante esse período, o clima é mais seco, a vegetação fica menos densa e os animais se concentram em torno das fontes de água, tornando os avistamentos mais fáceis e frequentes. Além disso, o céu é claro, e as temperaturas são mais agradáveis para os passeios diurnos. Mas não coincidentemente, esse é o período de alta temporada do destino, então os preços podem subir e os safáris encherem.
Uma época que reúne as vantagens do inverno mas é baixa temporada são os meses de maio e setembro, quando chove menos, a temperatura é mais agradável e os preços melhores.
Evite fazer sua viagem de outubro a abril, quando chove mais. Apesar da paisagem ficar bem verdinha, os animais costumam se esconder na chuva e a vegetação densa pode piorar a visão e a identificação à distância desses animais. E ainda, com calor intenso, nem os animais querem sair das tocas, imagina você que não está acostumado então pode ficar indisposto. Esse período é recomendado apenas para quem quer ver aves.
Quanto custa fazer um Safári na África do Sul
Como tudo na vida, quanto custa fazer um Safári na África do Sul depende. Dá para fazer uma viagem econômica como também dá para deixar mais que o valor de um carro zero quilômetro por lá!
Para fazer a viagem, o viajante precisa se organizar para comprar: passagem aérea, hospedagem, seguro viagem, deslocamento interno no país, alimentação, reserva de safáris e outros passeios.
Se você se organizar antecipadamente, dá para acompanhar as passagens aéreas e pegar promoções. Em 2024, tivemos passagens para Joanesburgo por preços bem bacanas e para setembro de 2025, por exemplo, achamos passagens por R$ 3.995 saindo de Guarulhos.
O simulador do Quanto Custa Viajar, que calcula a média de uma viagem considerando os principais gastos, estima que o viajante vai investir cerca de R$ 11 mil por pessoa para passar 10 dias em Joanesburgo, mas isso pode variar. Seriam R$ 3.935 de passagem aérea, R$ 105 de alimentação por dia (e por pessoa), R$ 240 de diária de hospedagem (já dividida por 2) e R$ 3.550 para safari. Como dissemos, é uma estimativa!
| Confira hospedagens próximas ao Kruger Park
Você também consegue economizar nos passeios, especialmente se optar por fazer os safáris na África do Sul apenas nos parques nacionais, que são mais baratos.
Nos parques nacionais, como o Kruger National Park, os custos de entrada são acessíveis, ideais para quem deseja economizar.
- Preço da entrada: cerca de ZAR 460 (aproximadamente R$ 120) por dia para estrangeiros;
- Self-drive safári: você pode alugar um carro por ZAR 600 a ZAR 1.200 por dia (R$ 150 a R$ 300), dependendo do modelo, e explorar o parque de forma autônoma.
Já nas reservas privadas, como Sabi Sands ou Madikwe, que oferecem uma experiência mais exclusiva e personalizada, os custos são mais altos.
- Preço médio por noite: de ZAR 3.000 a ZAR 10.000 (R$ 800 a R$ 2.700) por pessoa, incluindo acomodação de luxo, refeições e safáris guiados;
- Lodges de alto padrão: em reservas premium, como Londolozi ou Singita, os preços podem ultrapassar ZAR 20.000 (R$ 5.400) por noite.
Uma das opções mais buscadas é o Safári de 3 dias pelo Parque Nacional Kruger, que inclui: retirada e transfer de volta ao aeroporto de Joanesburgo; transporte de micro–ônibus ou ônibus; transporte de veículo 4×4 com teto panorâmico pelo Parque Nacional Kruger; guia em inglês; 2 noites de hospedagem em um lodge 3 estrelas de Hazyview e um almoço, dois cafés da manhã e dois jantares.
Com esse tipo de passeio fechado, você não precisa se preocupar muito com o roteiro e organização, você acaba pagando pelo conforto extra mesmo, já que transporte, guia, passeio, hospedagem e refeições já estão planejadas.
Mas saiba que isso é apenas uma das muitas possibilidades de fazer o seu safári na África do Sul! Como vimos acima, tem opções para todos os gostos e bolsos.