Que tal explorar os caminhos do Pampa Gaúcho? Um dos destaques da região é o Rincão do Inferno, que de infernal não tem nada. É um paraíso natural no Rio Grande do Sul, com formações rochosas cortadas por um rio e uma beleza espetacular.
O cenário digno de filme é um tanto majestoso é dramático: entre os paredões flui o volumoso rio Camaquã. A presença humana se torna minúscula diante de tamanha grandeza. São mais de dois quilômetros de extensão e uma elevação que chega a 241 metros de altura.
O bioma do Pampa é único no mundo, com imensidão de florestas, campos, pradarias e planícies. Parte dele se faz presente no atrativo natural, que fica dentro de uma propriedade particular aberta à visitação guiada, com ingresso pago.
O Rincão aparece no filme brasileiro “O Tempo e o Vento”. Na beira do rio, dois personagens importantes da obra se encontram.
Rincão do Inferno
Lugar de aventuras, peregrinação e mistérios, o Rincão do Inferno fica entre os municípios de Bagé e Lavras do Sul. Para além das caminhadas, banho e descidas de caiaque são permitidas no rio, assim como pernoitar em barracas de camping, o que permite outra visão mágica: o céu forrado de estrelas brilhantes.
O caminho leva até a Casa de Pedra, uma gruta que abrigou tropas revolucionárias ao longo das disputas por território que ajudaram a definir o mapa da América do Sul e do Brasil. Hoje é ainda um lugar de repouso, mas não de esconderijo.
Ao redor da exuberante formação rochosa vivem comunidades quilombolas, núcleos de resistência e luta por essa terra, formados por pessoas ex-escravizadas. É a partir das fugas que se nominou o local, na época difícil de se habitar.
Com o resgate histórico, faz sentido a presença de moradores guerreiros. O quilombo de Palmas é o maior, concentrando em torno de 40 famílias que resguardam os ensinamentos, a cultura e a identidade dos antepassados. Vale a pena dar um passeio por lá para se aprofundar nesse rico legado e conhecer mais sobre as comunidades.
O que fazer em Bagé
Vizinha do Uruguai, Bagé é considerada a “rainha da fronteira”, tendo em seu DNA um forte legado rural e o tradicionalismo gaúcho. Ali não falta mate amargo, fogo de chão, parrilla e música típica.
Pesquise aqui hospedagem em Bagé
A economia se pauta no agronegócio, mas o turismo se movimenta também pela produção de azeites e vinhos. Uma das principais vinícolas abertas ao público é a Estância Paraizo, que produz vinhos shiraz e cabernet sauvignon. O lugar, protegido como patrimônio material e imaterial da Campanha Gaúcha, é cercado de paisagens lindas, formadas também pela Capela de São Jorge, erguida em 1916 no topo de uma colina.
Considere circular pelo centro para observar os edifícios antigos bem preservados, como a Casa de Cultura Pedro Wayne, o Instituto Municipal de Belas Artes, a Catedral de São Sebastião, a Prefeitura e o Museu Dom Diogo de Souza, onde funcionava a Beneficência Portuguesa.
Alugue aqui um carro e faça uma viagem incrível pelo Rio Grande do Sul
O Palacete Pedro Osório pertenceu ao médico homônimo e hoje abriga a Secretaria de Cultura. A construção tem grande valor histórico, seguindo o estilo neoclássico, com mármore, vitrais e ferro. Há teorias de que teria sido inspirado em uma casa na Itália e em Paris. Aos fundos tem um bosque que ficou de legado.
O Centro Histórico de Santa Thereza é outra viagem no tempo, resguardando uma antiga vila operária do século 19. O público também pode visitar a cidade cenográfica de Santa Fé, erguida para as gravações do filme “O Tempo e o Vento”, baseado na obra literária de Érico Veríssimo.
A folclórica cidade a cerca de 366 km de Porto Alegre preserva celebrações como a Semana Farroupilha, a Festa do Churrasco e o Dança Bagé, evento cultural regado à músicas tradicionalistas.