Seguindo o fio de boas ações durante a pandemia, o hotel Four Seasons resolveu abrir solidariamente as acomodações de luxo em Nova York para receber as equipes médicas de combate ao coronavírus, assim poderão descansar em conforto e isolamento, sem levar riscos de contaminação para casa.
Projeto pelo arquiteto IM Pei no coração de Manhattan, o hotel com uma das vistas mais cobiçadas para o Central Park passou por uma transformação de três dias para adaptar as instalações, reforçando a segurança, as práticas de limpeza e higiene, além de seguir protocolos e procedimentos operacionais extras durante o período atípico.
O empreendimento disponibilizou 225 quartos, cada um com uma estadia mínima de sete noites, permitindo a aplicação de diretrizes por especialistas médicos e autoridades locais quanto ao distanciamento social. O intuito é aumentar o número de hóspedes acomodados, recebendo até 25 pessoas por dia para garantir uma operação eficaz e segura até atingir a capacidade máxima.
O apelo para receber as equipes veio do governador de Nova York, Andrew Cuomo, que pediu união aos setores público e privado para amenizar as restrições de fornecimento. O Four Seasons então deu um passo à frente ao se colocar à disposição para alojar gratuitamente os médicos, enfermeiros e socorristas da cidade que tem um dos maiores números de infectados por Covid-19 na América do Norte.
Não há como realizar reservas diretamente. Diante da grande demanda, o hotel firmou parcerias com hospitais e associações médicas selecionadas para gerenciar o processo de reservas diretamente com as equipes que estão na linha de frente da batalha contra o coronavírus. Os primeiros hóspedes chegaram da New York State Nurses Association na quinta-feira, 2 de abril.
“Muitos dos que trabalham na cidade de Nova York precisam viajar longas distâncias de e para suas casas depois de se dedicarem 18 horas por dia. Eles precisam de um local próximo ao trabalho, onde possam descansar e se regenerar”, afirmou em comunicado Ty Warner, dono do Four Seasons NY.
O empresário, aliás, tem uma penthouse de cair o queixo no 52º andar do hotel, que já foi considerada a diária mais cara da América do Norte. Em 2014, endinheirados podiam gastar US$ 45.000,00 para passar apenas 24 horas no quarto, que tem quatro varandas de vidro, paredes laqueadas com madrepérola, ônix chinês, lustre de cristal e até um spa privativo.
Seria bom uma quarentena por lá, não?