Existem inúmeros quadros famosos espalhados pelo mundo. Além de seus traços característicos, eles também “dizem” muito sobre a época em que foram originalmente pintados. Cada um deles é único em seus significados e, por isso, conhecê-los pessoalmente sempre será uma experiência fascinante. Mas e aí, você é do tipo que não perde a chance de ver alguns quadros famosos quando viaja?
Eu sei como é, porque faço o mesmo! Afinal, a arte e a cultura são também alguns dos motivos que nos fazem viajar. É quase impossível ficar indiferente ao visitar um museu, ainda mais quando você se vê cercado pelas principais criações artísticas da história! Claro que viajar não é sobre cumprir com um checklist de quadros famosos (também podemos ver esculturas, não é?).
Não estou imaginando que alguém vá embarcar em um avião e correr o mundo para chegar pertinho desses quadros famosos. No entanto, sempre é bom ter em mente onde cada um deles está localizado. Vai que, não é? Just in case. Abaixo, você confere mais detalhes sobre grandes obras artísticas e suas respectivas localizações.
Quadros famosos pelo mundo e onde encontrá-los
1. “Guernica”, de Pablo Picasso
Uma das obras mais impactantes de Pablo Picasso, a Guernica, retrata a Guerra Civil Espanhola de uma maneira crua. Sua inspiração foi o bombardeio sofrido pela cidade basca Guernica, refletido no nome desse quadro famoso. A obra se tornou um marco do cubismo e pode ser vista na sala 206 do Museu Reina Sofia, em Madrid, na Espanha.
No mesmo espaço, há uma fotorreportagem que mostra as diversas fases do processo de composição da Guernica, clicada por Dora Maar. Não poderíamos comentar sobre quadros famosos sem mencionar a obra Guernica!
2. “As Meninas”, de Diego Velázquez
Se a “Guernica“ exibe toda sua crueldade no Museu Reina Sofia, cuja curadoria privilegia a arte moderna e contemporânea, a obra “As Meninas” de Diego Velázquez pode ser encontrada a poucos metros dali. Ou seja, no Museu do Prado, também em Madrid.
Reconhecida como uma dos quadros mais importantes da história ocidental, “As Meninas” coloca a Infanta Margarida, de apenas cinco anos, no centro do quadro, cercada por suas damas de companhia. Curiosamente, o próprio Velázquez se retrata no canto esquerdo da cena, pintando algo que não pode ser visto pelo espectador.
3. “A Persistência da Memória”, de Salvador Dalí
Talvez você conheça esse quadro famoso apenas pelo relógio derretido, que acabou se tornando involuntariamente uma marca do surrealismo e de Salvador Dalí. Pintada em 1931, ela faz parte da coleção do MoMA (Museu de Arte Moderna) de Nova York, nos Estados Unidos, desde 1934.
Por lá, um quadro pequeno de apenas 24 cm por 33 cm espera os visitantes curiosos para descobrir o que há por trás da genialidade de Dalí.
4. “A Noite Estrelada”, de Van Gogh
Pintada em 1889, “A Noite Estrelada” é uma dos quadros mais famosos de Van Gogh, junto com seus autorretratos e girassóis. A pintura impressionista foi realizada depois que o pintor holandês cortou a própria orelha, sendo internado em um hospício em Saint-Rémy-de-Provence.
Da janela de seu quarto, ele podia observar a noite, que foi imortalizada em suas telas. Atualmente, a obra também se encontra exposta no MoMA, em Nova York.
5. “Latas de Sopa Campbell”, Andy Warhol
O mestre da pop art, Andy Warhol, criou um conjunto de 32 telas representando as latas de sopa da marca Campbell. Cada uma delas seria equivalente a um dos sabores disponíveis nos supermercados da época.
Foi assim que, em 1962, o artista transformou um objeto cotidiano em um dos quadros mais famosos do mundo. Atualmente, as “Latas de Sopa Campbell” deixaram as prateleiras para serem expostas no MoMA, em Nova York. Você pode encontrá-las por lá.
6. “O Grito”, de Edvard Munch
“O Grito” não é apenas um quadro, mas quatro: trata-se de uma série de pinturas de Edvard Munch, com o mesmo tema e aparência bastante similar. O principal segredo é que cada uma das obras usa uma técnica diferente. Realizadas entre 1893 e 1910, elas foram criadas usando pintura a óleo, tempera, pastel e litografia.
As três primeiras versões de “O Grito” se encontram em Oslo, na Noruega. Duas delas podem ser vistas no Museu Munch; enquanto a terceira poderá encontrada na Galeria Nacional de Oslo.
O último dos quadros infelizmente não pode ser visto. Em 2012, ele foi arrematado por mais de US$ 119 milhões, tornando-se a pintura mais cara da história adquirida em um leilão até aquele momento. Desde então, encontra-se em uma coleção particular.
7. “A Coluna Partida”, de Frida Kahlo
Pintado pouco depois de Frida Kahlo passar por uma cirurgia na coluna vertebral, “A Coluna Partida” reflete suas sensações durante o período em que esteve se recuperando. Um dos quadros mais famosos da artista pode ser encontrado no Museu Dolores Olmedo, na Cidade do México.
Distante da região central, a visita ao museu vale o passeio e presenteia os viajantes com uma das maiores coleções de obras de Frida Kahlo e seu marido Diego Rivera.
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8. “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci
Também conhecida como “La Gioconda“, a pintura é um dos destaques do Museu do Louvre, em Paris (França), onde reúne filas de curiosos dispostos a conhecer a obra-prima de Leonardo da Vinci. Infelizmente, o número de pessoas que saem do museu decepcionadas com o tamanho da obra cresce a cada ano.
Isso acontece porque, embora tenha se tornado o retrato mais conhecido da pintura ocidental, a tela mede somente 77 cm por 53 cm. Para fins de comparação, o tamanho é similar ao de uma televisão de 35 polegadas.
Da Vinci usou a técnica de sfumato para gerar sutis gradientes entre as tonalidades. Os detalhes fizeram com que a obra se tornasse um dos mais quadros mais famosos do mundo (senão o mais famoso de todos!).
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9. “Abaporu”, de Tarsila do Amaral
Você já viu o Abaporu em fotos, não é? O famoso quadro de Tarsila do Amaral é conhecido por ser a pintura brasileira mais valorizada do mundo, além de ser um ícone do movimento antropofágico. Acontece que ele não está exposto no Brasil, mas sim no Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires (MALBA), na Argentina.
A obra faz parte da coleção do museu, mas não é o único destaque por lá. O MALBA expõe o melhor da arte moderna e contemporânea criada na América Latina e é um dos passeios imperdíveis para se fazer na capital argentina. No local, há ainda uma cinemateca que oferece sessões de filmes com uma pegada cult.
10. “Nighthawks”, de Edward Hopper
“Nighthawks” – ou Falcões da Noite – é um dos quadros mais famosos da arte norte-americana. Criada em 1942 pelo pintor Edward Hopper (1882-1967), a obra retrata pessoas reunidas em restaurante durante a calada da noite. O quadro contém elementos do expressionismo alemão, numa pegada meio noir, e já serviu de inspiração para os cenários do filme Blade Runner (1982), do diretor Ridley Scott.
As fortes luzes do restaurante, retratadas no quadro mais famoso de Hopper, parecem não ser capazes de deter a escuridão dominante. No lado de fora, não há absolutamente ninguém e nada acontece. É como se o sentimento de solidão (ou solitude, depende do ponto de vista) fizesse parte da rotina daquelas pessoas, criando uma contradição entre luz e sombra.
O quadro famoso pode ser encontrado no museu Art Institute of Chicago, no Estados Unidos.
11. “O Lavrador de Café”, Candido Portinari
“O Lavrador de Café”, pintado por Candido Portinari em 1934, é um dos quadros mais famosos do Brasil. Nele, consta a representação de trabalhador negro em meio a uma plantação de café. O homem em destaque, parado e com os pés descalços, olha para o lado enquanto segura uma enxada. No fundo, é possível ver um trem, plantações e terras amontoadas.
O quadro contém traços da estética expressionista, tendo em vista que os braços e os pés do lavrador foram retratados de maneira desproporcional. Essa característica era bastante usada por Candido Portinari, no sentido de valorizar os trabalhadores brasileiros, bem como retratar o sofrimento durante as labutas nas fazendas.
Com dimensões 100 x 81 x 2,5 cm, “O Lavrador de Café” pode ser encontrado na capital paulista pelo MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand).
12. “A dança”, Henri Matisse
A união de corpos simbolizando o movimento de um relógio, cada um em uma postura diferente, dá a impressão de movimento nesta genial pintura de Henri Matisse. Na época que foi lançada, a obra foi duramente criticada durante o Salão de Outono como uma “cacofonia demoníaca”, mas logo essa má impressão passou, pois Henri Matisse é considerado um grande revolucionário da História da Arte.
A primeira obra, encomendada pelo colecionador russo Sergei Schukin (imagem), pode ser encontrada nos corredores do MoMA, em Nova York, mas uma segunda pintura feita por Matisse em 1931, e encomendada pelo médico Albert Barnes, está disponível em formato de mural/maquete na Fundação Barnes, em Merion, Pensilvânia.
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13. “American Gothic”, Grant Wood
Este é o quadro mais popular do Instituto de Arte de Chicago, um museu que possui um acervo formado com diversas artes importantes da era impressionista . Isso porque a obra, pintada por Grant Wood em 1930, ficou conhecida ao aparecer no filme “Curtindo a vida adoidado”, um clássico dos anos 1980.
Wood registrou em sua pintura o cotidiano da vida rural de Iowa, e os modelos usados para representar os fazendeiros nada mais são que o seu dentista e a irmã dele. A obra foi apresentada pela primeira vez em um evento do Instituto de Arte em Chicago e ganhou além de 300 dólares, uma medalha de bronze.
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14. “As Ninfeias”, Claude Monet
Claude Monet se inspirava muito nos jardins de sua casa em Giverny, na Normandia, e criou cerca de 200 pinturas do cenário (jardim este que também pode ser visitado). As Ninfeias é uma das obras mais populares do artista, e este pedaço mostrado na imagem é somente uma das inúmeras partes dos 200 m2 que este painel, exposto no Museu Orangerie, em Paris, possui.
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15. “As duas Fridas”, Frida Kahlo
Os autoretratos de Frida Kahlo fizeram da artista mundialmente popular, e “As duas Fridas” é uma das obras mais impactantes da artista. Nela, Frida está pintada em duas versões: a mexicana e a europeia, e conectadas de forma dramática por artérias pulsantes.
E pinturas dramáticas eram a especialidade da artista: dizem que o seu relacionamento conturbado com Diego Rivera tinha forte influência em seus quadros.
“As duas Fridas” está exposto no Museu de Arte Moderna, na Cidade do México.
16. “O Nascimento de Vênus”, Sandro Botticelli
Uma das obras mais populares do mundo foi assinada por Sandro Botticelli em 1483, e milhões de réplicas deste quadro circulam pelo mundo afora há décadas.
E a Vênus representada como veio ao mundo, com seus 1,72 m de altura e 2,78m de largura, está exposta na Galeria Uffizi, em Florença, dividindo as atenções com outros artistas renomados, como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Caravaggio e Rafaello.
17. “O Beijo”, Gustav Klimt
Contemplar o quadro mais popular de Gustav Kimt, exposto no Palácio Belvedere, em Viena, composto por um casal se beijando, enrolados em uma manta, sem dúvidas, traz um aconchego ímpar ao momento. “O Beijo” tornou-se muito popular após ser replicado em objetos de decoração, e Klimt inspirou-se no estilo Art Nouveau e no movimento Arts and Crafts, para compor a pintura em óleo sob tela, com detalhes em folhas de ouro, prata e platina, em seus 1,80m x 1,80m.
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17. “A Grande Onda de Kanagawa, Katsushika Hokusai
O famoso trabalho em xilogravura de Katsushika Hokusai colocou a arte japonesa no radar dos apaixonados por arte espalhados pelo mundo. Tanto é que o quadro foi até replicado pela empresa Lego, e você pode te-lo caso tenha a paciência para montar as suas 1.810 peças. Esta é a primeira obra da série “Trinta e seis vistas do monte Fuji”, e pode ser contemplada nos corredores de diversos museus, como o Metropolitan Museum of Art, o MET, para os íntimos, em Nova York, o Museu Guimet, em Paris, e na Biblioteca Nacional da França.
19. “A Última Ceia”, Leonardo da Vinci
Talvez este seja um dos quadros mais difíceis de ser apreciado ao vivo em todo o mundo. Isso porque “A Última Ceia”, uma das mais conceituadas obras de da Vinci, fica no refeitório do Convento dos Dominicanos da Igreja Santa Maria delle Grazie, em Milão, e precisa de semanas de antecedência para garantir o ingresso, devido a alta procura. A data de 1495 e 1498 de sua execução é uma especulação, pois não é sabido ao certo quando que o artista recebeu o pedido de encomenda do duque Ludovico Sforza.
“A Última Ceia” é um dos atos mais dramáticos da Bíblia Sagrada, e da Vinci enriqueceu o quadro com detalhes minuciosos, inspirados em Mateus 26:17–30, Marcos 14:12–26, Lucas 22:7–39 e João 13:1, João 17:26 e Coríntios 11:23–26. A obra foi destruída e restaurada por diversas vezes, mas permanece com as mesmas características de quando foi executada.
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20. “O Baile no Moulin de la Galette”, Pierre-Auguste Renoir
Paris é uma das cidades com o maior número de museus no mundo, e o Museu D’Orsay, se torna parada obrigatória se a sua ideia é conhecer “O Baile no Moulin de la Galette”, de Pierre-Auguste Renoir. O artista teve uma enorme importância dentro do movimento impressionista, e esta sua obra mais popular mostra o cotidiano da burguesia no bairro de Montmartre, durante a belle époque.
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21. “A Criação de Adão”, Michelangelo
E se uma das obras mais famosas do mundo estiver pintada em um teto, e não em um quadro? É exatamente essa a configuração de “A Criação de Adão”, a pintura mais famosa de Michelangelo, feita na Capela Sistina, no Vaticano. O gigantesco afresco impressiona não só por seu tamanho, mas também por sua riqueza de detalhes, e emociona qualquer pessoa que tenha um apreço pela arte. O painel contém inúmeras referências, mas é exatamente este trecho o mais popular: Adão tocando no dedo de Deus, no momento em que o primeiro homem surge em nossa existência, a partir do pó da terra, segundo o livro Gênesis.
Ver quadros famosos de perto funciona quase que como uma máquina do tempo. Os visitantes podem viajar por estéticas que marcaram contextos históricos, também sendo possível encontrar “parte” dos artistas em suas obras.
Os traços, linhas, cores (ou ausência delas), contornos e sombras variam de quadro para quadro, de época para época e de pintor para pintor. Você já conheceu alguns quadros famosos pelo mundo? Compartilhe como foi sua experiência aqui embaixo!
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Texto atualizado em agosto de 2024 por Sheila Almendros