Tons de vermelho, rosa, amarelo e ocre se misturam para na paisagem montanhosa, fascinante e pitoresca da vila de Purmamarca, na Argentina. O relevo colorido é parte do cartão postal da cidade, o Cerro de Los Siete Colores, que surpreende pelos vários pigmentos minerais em sua superfície. Encrustado entre vales da Quebrada de Humahuaca, na região de Salta, o lugar carrega consigo uma gama de características peculiares que aguçam a curiosidade dos viajantes.
O reduto histórico tem um legado que já dura alguns milhares de anos, com o estabelecimento do povo Quechua, presença reforçada com a constante descoberta de objetos milenares nos arredores. O nome tem origem no idioma aymara e significa “cidade do deserto”.
É interessante notar que Purmamarca parece ter migrado de algum estado da vizinha Bolívia ou do Peru por conta de seu visual e cultura exótica para os padrões argentinos.
O principal atrativo para quem chega ao local, a 1.600 km de Buenos Aires, é fazer a trilha Paseo de los Colorados, que contorna a comuna e leva os turistas até a colina das sete cores, a menos de 2 km do centro. As camadas em tons variados são resultado de acúmulo de sedimentos marinhos, lacustres e fluviais que foram depositados por mais de 600 milhões de anos.
O ideal é se planejar para visitá-la do amanhecer até meio dia, quando a luz solar reflete melhor as cores. É bom estar munido de uma câmera fotográfica, para voltar pra casa com uma prova cabal de cenários deslumbrantes. A jornada até o cume pode ser tanto a pé quanto a cavalo.
Indo além das belezas naturais, a arquitetura também capta o olhar. Pelas ruazinhas há um misto de edifícios coloniais, seguindo o estilo espanhol, e de adobe, como é o caso da Igreja de Santa Rosa. Sua estrutura simples z conta com um telhado de barro, pinturas de Cuzco e imagens do século 17.
Ao redor da praça principal, o comércio local é outra parada obrigatória para quem quer não apenas comprar mas observar as vestimentas e artefatos tipicamente bolivianos, como colchas, ponchos, chapéus, instrumentos musicais, potes de barro, pratos de cerâmica e outras coisas feitas à mão.
A gastronomia não pode ficar de fora dos passeios. Nos estandes e restaurantes é possível ir além da carne argentina e ampliar o paladar com locro (ensopado a base de abóbora, feijão e milho), humitas (semelhante a pamonha), tamales (massa de milho recheada de carne), empanadas de queijo de cabra e charques (carne seca e salgada).
Depois de uma viagem dessas, você com certeza vai se lembrar da Argentina de um jeito diferente, com a capacidade de observar as cores que se formam no horizonte, independente de onde esteja.
Como chegar: A cidade fica a 70 km de Jujuy, na região noroeste da Argentina. A maneira menos cansativa e mais confortável de chegar lá é pegando um voo na capital rumo ao Aeroporto Internacional Martín Miguel de Güemes, em Salta. São cerca de 2 horas de voo.
Depois é preciso pegar táxi ou três ônibus: um de Jujuy a Perico (5 km), depois um para San Salvador de Jujuy (36 km) e por fim um rumo a Purmamarca (66 km). Chegando no destino final, dá para fazer tudo a pé.
De Buenos Aires também há linhas longas de ônibus, que partem até destinos próximos de Purmamarca, mas a viagem é longa e dura mais 20 horas. De carro, o período varia de 17h a 20h também.
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Onde ficar: há várias pousadas, hostel, B&B e até hotel boutique na região. Abaixo você pode conferir algumas opções com bom custo-benefício.
Hostel e Camping Waira - média de R$ 79 por dia
Villa del Cielo - média de R$ 160 por dia
Colores de Purmamarca - média de R$ 300 por dia
Pumahuasi Hostal Boutique - média de R$ 200 por dia
Fotos: divulgação
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