Parece uma caverna, só que ao contrário. Cheio de pontas semelhantes a estalagmites na superfície desértica, o Vale da Lua, a apenas 10 minutos de La Paz, na Bolívia, pode ser considerado um daqueles lugares surreais que temos aqui na América do Sul. O nome veio à tona como uma alusão ao terreno lunar, constatado após uma visita do astronauta Neil Armstrong (teoria que permanece como um rumor), mas se observarmos bem, podemos criar uma porção de teorias na nossa imaginação.
A área a cerca de 10 km do centro da cidade é composta de argila, que após processos de erosão teve a paisagem montanhosa alterada para um cenário que parece um trabalho artístico feito pela natureza, fazendo uso ainda de uma paleta de cores variada, passando por tons de bege, vermelho e roxo escuro, resultantes de seus compostos minerais.
Cânions e pontas enormes de arenito integram a formação geológica curiosa, além de cactos como o alucinógeno Choma, também chamado de San Pedro. Não estranhe se encontrar um animal que parece o cruzamento de uma raposa com um coelho. É, na verdade, um viscacha, roedor típico da região “lunar” boliviana.
Os visitantes que querem bancar o Yuri Gagarin e pisar na lua terrena podem escolher entre duas trilhas que levam aos mirantes: o La Muela del Diablo, que leva até 45 minutos de caminhada devido ao solo irregular; e a outra leva apenas 15 minutos, mas também exige calçado adequado e disposição.
Na entrada do local há um centro de visitantes com informações, mapas e banheiros. Para quem deseja esticar a noite no próprio vale há ainda uma área para camping, equipada com chuveiro, toalete, cozinha e redes de descanso.
Como chegar: de táxi ou ônibus (rumo a Mallasa a partir da igreja San Francisco) leva cerca de 40 minutos para ir até a atração na província de Pedro Domingo Murillo. Há agências turísticas que também organizam o passeio, com transfers e guias bilíngues.
Quanto custa: a entrada no Vale da Lua custa 15 pesos bolivianos, algo como R$ 0,50.
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Fotos: reprodução/via e departamento de Turismo da Bolívia
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