Paris é o destino certo para quem gosta de museus por dois motivos principais: a ampla oferta de acervos de arte, que expõem obras desde a Antiguidade até composições contemporâneas, e porque o clima, chuvoso e nublado grande parte do ano, convida o visitante a passar um bom tempo em espaços fechados.

Impossível eleger o museu dos museus parisienses, mas selecionamos cinco essenciais para se ter um recorte importante (e divertido) daquilo que os franceses valorizam mais: a arte e a cultura.

LOUVRE

O Museu do Louvre ganha iluminação especial à noite. Foto: Pixabay

O museu mais famoso do mundo não pode faltar em nenhuma lista de “O que fazer em Paris”. Há que se ser realista ao visitá-lo: não dá para ver tudo nem em um nem em dois dias — o ingresso, que custa €15 na bilheteria, permite que se volte no dia seguinte para ver mais.

A melhor forma de aproveitar ao máximo sua visita é planejando-a antes: gosta de arte clássica? Vá direto para a sala onde está a Vênus de Milo; quer saber mais sobre o Egito? Passe horas no departamento egípcio — as múmias são imperdíveis mesmo para os menos aficionados em história antiga. Como planejar? Faça seu próprio mapa usando o site do museu. A Monalisa? É bom estar preparado para a fila de turistas fazendo selfie em frente ao quadro.

Uma das salas do Louvre que expõe telas de Leonardo Da Vinci.
Foto: Antoine Vasse Nicolas

PARA NÃO PERDER: A Liberdade Guiando o Povo, de Eugène Delacroix; Virgem das Rochas e Noli Me Tangere, de Leonardo da Vinci; A Morte da Virgem, de Caravaggio; e a pirâmide invertida.

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MUSEU D’ORSAY

O Museu d’Orsay fica bem ao lado do rio Sena. Foto: Joe de Sousa

O bonito prédio a beira do rio Sena guarda obras da metade do século 19 até os anos de 1910. Composições impressionistas, pós-impressionistas e realistas de artistas como Claude Monet, Edgar Degas, Henri Matisse e Paul Cézanne estão expostas no local, que custa € 13,50 para visitas diurnas (quem visita também o Museu de l’Orangerie ganha um desconto no ingresso casado).

A arquitetura local dá um show à parte: foi mantido o design original da antiga estação ferroviária que ocupava o espaço — o gigantesco relógio, adorno fundamental do museu, foi conservado desde aquela época.

A arquitetura do museu chama muita atenção; até o início do século 20 o local abrigava uma estação de trem. Foto: Yann Caradec

PARA NÃO PERDER: Olympia, de Edouard Manet; La Méridienne e Noite Estrelada Sobre o Ródano, de Vincent van Gogh; e Bal du Moulin de la Galette, de Pierre-Auguste Renoir.

MUSEU L’ORANGERIE

Uma das salas que guardam os painéis de Monet. Foto: Tom Hilton

As imperdíveis ninféias de Monet encontraram seu lar no museu, que fica no Jardin des Tuileries, próximo ao Museu d’Orsay e do Louvre.

Os enormes quadros impressionistas do artista francês acompanham o design oval do prédio, lotando suas curvadas paredes de cor. Os oito painéis ocupam quatro das salas do edifício, sendo que o maior deles conta com 17 metros.

Por lá também dá para conferir obras de Pablo Picasso, Henri Matisse e Paul Cézanne. A entrada custa € 9; o ingresso conjugado com o Museu d’Orsay sai por € 16.

Os painéis de Monet se curvam, acompanhando o design oval do prédio. Foto: Stephen Carlile

PARA NÃO PERDER: as ninféias (claro!), de Monet; As Três Irmãs, de Matisse; e Antonia, de Modigliani.

CENTRO GEORGES POMPIDOU

A fachada única do Pompidou é uma atração à parte. Foto: Sean X Liu

O prédio por si só já é uma obra de arte: projetado pelos arquitetos Renzo Piano, Richard Rogers e Gianfranco Franchin, deixou canos e tubos expostos — os de água são verdes, os da climatização, azuis, os elétricos, amarelos e os elevadores e o sistema anti-incêndio do edifício são vermelhos.

O local nasceu para ser referência em arte moderna e contemporânea — na França e no restante do mundo. Paga-se € 14 para ter acesso aos cinco andares do centro de arte, que tem em seu acervo obras de artistas como Giorgio De Chirico, Piet Mondrian e Andy Warhol.

Do topo do edifício descortina-se uma linda vista de Paris. Foto: Shadowgate

PARA NÃO PERDER: Ten Lizes, de Andy Warhol; Number 26A, de Jackson Pollock; L’Aubade, de Pablo Picasso; e a loja de presentes local, uma das mais legais entre os estabelecimentos de museus na Europa

MUSEU RODIN

O Pensador é uma das obras fundamentais de Auguste Rodin. Foto: Bob Hall

Fora do circuitão turístico de Paris (ou seja, longe das longas filas), o museu é dedicado ao mestre escultor francês Auguste Rodin. O local foi usado pelo artista como ateliê e transformado em museu por iniciativa do próprio, que doou sua coleção de esculturas ao governo francês no início do século 20.

O jardim local é o seu ponto alto: obras se espalham entre as árvores, formando um cenário sem par em qualquer lugar do mundo. Dentro do edifício fica uma das mais importantes obras do artista: O Beijo, esculpida em mármore. Fora, O Pensador paira altivo e solitário entre arbustos — eles também — cuidadosamente esculpidos. A entrada custa € 10.

O Beijo, outra obra importante do artista, fica no interior do museu.
Foto: Jean-Pierre Dalbéra

PARA NÃO PERDER: O Pensador; O Beijo; Porta do Inferno; e Três Sombras

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