Seja em casa, na sala de espera ou no avião, você sempre pode contar com a maravilhosa conexão Wi-Fi para espantar o tédio. Te dando aquela ajudinha na hora da seleção, aqui vai uma lista com 25 filmes e séries legais em sites de streaming.

Os catálogos das plataformas de entretenimento possuem tantas opções, que às vezes a gente gasta mais tempo vasculhando o que assistir do que assistindo algo de fato. Parecia que seria fácil se livrar da famosa “zapeada” em canais de TV, mas na verdade não é, não.

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Depois que uma série acaba, você fica órfão. E aí já começa a caça novamente, sempre contando com inúmeros títulos e sinopses que parecem bem desinteressantes ou filmes que já assistiu 500 vezes. Quem nunca, né.

Então talvez esteja na hora de você considerar com carinho as escolhas de quem realmente assistiu as coisas, seja um crítico, uma amiga ou alguém do Quanto Custa Viajar que resolveu escrever uma lista com algumas produções mais conhecidas e outras que talvez você nunca tenha ouvido falar. 🙄

Séries e filmes em sites de streaming que valem o seu tempo!

Amazon Prime

Fleabag: sabe uma série que passa longe da perfeição? É essa. Com uma protagonista inteligente, sarcástica, sem noção e sexualmente inquieta, Fleabag permeia as relações de uma mulher com a família, peguetes e amigos, tendo um episódio trágico e a sequência de sua vida como pilares centrais. Tem bastante humor (inglês!) e autossabotagem para suprir a carga dramática de dois lutos. 

Suspíria: com um elenco de peso, contando com Tilda Swinton, Dakota Johnson, Chlöe Grace Moretz e Mia Goth, o remake acompanha uma renomada e um tanto sinistra academia de dança alemã. Em meio a competitividade das dançarinas e o alto nível exigido pela professora, acontecimentos obscuros e misteriosos nos bastidores acabam dando o tom da dança do medo. O filme de terror foi bem recebido pelo público.

Guava Island: o cineasta japonês Hiro Murai faz uma bela dupla com Donald Glover, ou Childish Gambino, ator e cantor norte americano. Depois de fazerem videoclipes e a série Atlanta juntos, eles se unem novamente em Guava Island, estrelado também pela cantora Rihanna. O filme politizado aborda questões sociais ao redor de um mercado exploratório, que no caso é a confecção de roupas. Em menos de 1h, o tema é contado e cantado a partir de uma fábula aparentemente encantada que se passa na pequena ilha. 

Tully: um dos filmes sobre maternidade mais marcantes e realistas de todos os tempos, Tully vai muito além de um tema que aparentemente diz respeito apenas às mães. No longa, Charlize Theron interpreta uma mulher casada, que é mãe de duas crianças e um recém-nascido. Completamente exausta e se culpando por não ter paciência 100% do tempo, ela tem suas esperanças de descanso recarregadas com a chegada de uma babá, que no final das contas, acolhe mais ela do que as crianças. Filme sincero, com momentos cômicos, perturbadores e um desfecho surpreendente. 

Mid 90’s: a juventude da década de 90 se vê muito bem representada no filme indie escrito e dirigido por Jonah Hill (ator de Superbad e O Lobo de Wallstreet). Permeando a adolescência movida a vídeo-game, CDs de grunge e filmes de locadora, o longa mostra como o skate é a válvula de escape de muitos jovens com conflitos em casa e consigo mesmos numa fase onde tudo é intenso. É um filme nostálgico, delicado, com ótimos diálogos e um elenco iniciante maravilhoso. Além disso, a trilha sonora resgata o melhor do hip-hop noventinha.  

O Rei da Comédia: o clássico de Martin Scorcese traz Robert De Niro em um de seus melhores papéis, assim como acontece em Táxi Driver, com a mesma dupla. O Rei da Comédia, que levou inspiração ao renomado e atual filme Joker, mostra a trajetória do comediante Rupert Pumpkin, que sequestra um famoso apresentador de TV na esperança de conseguir apresentar um número de seu show no programa. É bem engraçado e, de fato, um clássico da comédia norte americana!

A Pé Ele Não Vai Longe: leve e cativante, o filme baseado em uma história real mostra a história do cartunista John Callahan a partir do momento em que fica tetraplégico e passa a frequentar reuniões do Alcoólicos Anônimos para tratar do vício em bebida. É neste local que ele conhece novas pessoas e passa a ter incentivo a desenhar com a boca. Mas não é por isso que John vive em meio a arco-íris. O longa não coloca sentimento de pena sob o personagem, fazendo uso do humor ácido e provocador do autêntico artista. Ótimas atuações de Joaquin Phoenix, Jonah Hill, Beth Ditto e Rooney Mara.

Café com Canela: tem filme brasileiro no Prime, sim! Aclamado internacionalmente, Café com Canela se passa no recôncavo da Bahia, onde vive Margarida, uma mulher assombrada e perturbada pela dor da perda de um filho. A partir do momento em que Violeta a reencontra, a vida de ambas se transforma em meio a afeto, memórias, faxinas e cafés passados com canela no coador. A produção tem forte representatividade dentro do protagonismo negro, seja na composição de elenco ou nos bastidores. 

Apple TV

The Morning Show: Indicada aos prêmios Globo de Ouro,
SAG e Critics’ Choice, a série atualmente trata do competitivo meio de trabalho televisivo, que é capaz de controlar a ascensão e decadência das pessoas da noite para o dia. Acompanhe a saga de três personagens centrais na dramática rotina do jornal da manhã, entre brigas pela audiência, disputa e pressão por protagonismo, e um escândalo sexual. 

Little America: inspirada em histórias verdadeiras, a série mais aclamada da Apple TV é carregada em sensibilidade, empatia, bom humor e emoção. Partindo da visão de experiências de imigração distintas, a narrativa aborda questões sociais, sem deixar de lado a alma dos personagens, tão humanizados, imperfeitos, engraçados e inspiradores, que geram um laço de identificação capaz de atravessar as fronteiras. 

The Banker: o primeiro filme original da Apple TV teve boa aceitação da crítica. Estrelado por Samuel L. Jackson e Anthony Mackie, o longa baseado numa história real acompanha os dois empresários que decidem criar uma empresa de fachada para o mercado imobiliário e bancário, mas que na verdade serve para aprovar empréstimos a família afroamericanas que sonham em comprar uma casa. A dupla contrata um funcionário branco para que “ninguém desconfie” do negócio. 

Netflix

Um Contratempo: escondido na Netflix, o suspense espanhol narra questionamentos acerca de um misterioso crime. Tudo começa quando Adrian, um renomado empresário, é acusado de um crime: sua amante foi assassinada em um quarto de hotel. Para se defender, ele contrata a advogada Virginia Goodman, especialista na preparação de testemunhas e ambos vão conversando ao longo do filme todo sobre os acontecimentos, intercalado com cenas dos fatos passados. Montado o quebra-cabeça, a história fica ainda mais interessante quando se descobre um outro homem envolvido no assassinato.

Tuca & Bertie: da mesma cartunista da aclamada animação BoJack Horseman, Tuca e Bertie não conquista no primeiro episódio. Mas depois fica tão interessante, intimista e profunda, que sentimos falta de uma próxima temporada. O roteiro parte do momento em que o namorado de Bertie resolve ir morar com ela e Tuca, a melhor amiga, se torna sua vizinha ao invés de colega de quarto. 

Ao longo da história surgem temas como ansiedade, insegurança, solidão, abuso, masculinidade tóxica, pressão no trabalho e realização profissional. É um desenho bem colorido, com coisas absurdas e malucas, mas que no fundo tem diálogos preciosos, de grande identificação e empatia com as mulheres.

Wild Wild Country: uma das histórias reais mais loucas envolvendo uma seita religiosa, Wild Wild Country invade a vida de Osho, guru indiano mundialmente famoso e líder do movimento Rajneesh. Em meio a muitas polêmicas, brigas, dinheiro e abusos de poder, a comunidade alternativa e utópica montada por ele numa pequena cidade norte americana é revelada em vídeos reais e depoimentos de seus membros. O documentário, dividido em seis episódios, é realmente uma viagem alucinante na mente de uma pessoa tomada por um desejo autoritário em nome de um “bem maior”. 

Chewing Gum: a série britânica é pouco conhecida no Brasil, mas é uma das coisas mais engraçadas do catálogo da Netflix. Contando com a genialidade de Michaela Coel na criação e no protagonismo, a história se passa num conjunto habitacional do subúrbio de Londres, onde Tracey — uma jovem de 24 anos — vive com sua irmã e mãe ultra religiosas. Mas tudo o que ela quer é amar e ser amada…ou melhor, perder a virgindade! A série tem personagens ótimos, humor ácido e situações cômicas para não apenas nos fazer rir, mas também abordar questões raciais, como a fetichização da mulher negra.

Atypical: a comédia dramática se difere das demais produções a partir do momento em que coloca um personagem central diagnosticado dentro do espectro do autismo. O garoto de 18 anos enfrenta os dilemas da idade e decide que é hora de arrumar uma namorada. A série é empática, fazendo o espectador se colocar no lugar do outro e compreender seu universo, além de leve e bem humorada. 

Assunto de Família: vencedor da Palma de Ouro em Cannes e concorrente ao Oscar de Melhor Filme, o drama social japonês mostra a vida dos Shibatas, uma família que, em meio a dificuldades financeiras, se sustenta a base de pequenos delitos. É então que chega Yuri, uma garota negligenciada pelos pais, que acaba se envolvendo com a família, trazendo à tona um debate sobre moral, construção de laços e valores. 

Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar: o documentário brasileiro se passa na pequena cidade de Toritama, em Pernambuco, onde são produzidos mais de 20 milhões de jeans por ano em fábricas de fundo de quintal. Vítimas de uma indústria capitalista, os moradores trabalham sem parar e com orgulho. Mas o que eles esperam mesmo é a chegada do Carnaval, época festiva e único momento de lazer ao longo do 365 dias de labuta, quando eles largam tudo para trás e vendem seu pertences só para curtir a festa à beira da praia. 

HBO Go

Watchmen: quem gosta de super-heróis não pode perder a série da HBO que vem dando o que falar. Trazendo a aclamada história em quadrinhos da década de 80 para o mundo atual, e ainda assim distópico, a produção coloca os justiceiros mascarados como criminosos em meio a sociedade, tendo assim crises de identidade. A narrativa se desenvolve a partir da briga de forças entre supremacistas brancos e policiais, que dessa vez ficam ao lado das minorias, vítimas de racismo. 

Objetos Cortantes: misto de drama e suspense, a série de uma só temporada é daquelas que prendem a gente a ponto de querer maratonar tudo em algumas horas. Uma jornalista com a mente perturbada volta para a sua odiada cidade natal após o acontecimento de um crime envolvendo duas adolescentes. Revendo conhecidos e em constante conflito com familiares, ela vai investigando os moradores ao mesmo tempo em que luta contra seus próprios demônios e vícios. Todos são suspeitos, mas o que intriga mais são as relações sinistras entre as pessoas e a conexão entre passado e presente.

Pico da Neblina: tem produção nacional na HBO GO e com um tema pra lá de polêmico: a legalização da maconha. Na série, acompanhamos a vida de um jovem da periferia que migra do tráfico para a venda legal de cannabis, apoiada por um sócio investidor, que também é usuário, mas como um sutil diferença: tem grana e não vive na favela. Seu melhor amigo, porém, segue na atividade criminosa e é aí que a narrativa aponta os caminhos e debates dentro da questão que envolve o uso de alucinógenos, como o moralismo e os meios de sobrevivência num Brasil desigual. 

Se a Rua Beale Falasse: baseado no livro homônimo de James Baldwin, o longa do cineasta Barry Jenkins, que já levou para casa um Oscar de Melhor Filme com Moonlight, traz novamente à tona um romance dramático com elenco 100% negro. Ambientada nos anos 1970, o filme se envolve na vida do casal Tish e Fonny, no momento em que ela está grávida e ele, que sonha em ser escritor, é preso injustamente por um policial racista. 

Globo Play

Se Eu Fechar os Olhos Agora: a instigante minissérie baseada no livro homônimo do jornalista Edney Silvestre parte do momento em que os estudantes Paulo e Eduardo encontram o corpo da jovem Anita. A partir daí começa uma investigação para esclarecer o mistério, mas a dupla precisa se cuidar para que não sejam as próximas vítimas. Com elenco de peso, a história tem referências do cinema noir e uma produção impecável.

Cine Holliúdy: levando o espectador para dar uma voltinha no Ceará de 1970, o filme, que ganhou até uma sequência em 2019, foi transformado em série. A comédia acompanha Francisgleydisson, dono do pequeno Cine Holliúdy, que é a única atração cultural de Pitombas, mas está perdendo público para a TV, cada vez mais popular na época. Com dialetos que precisam de tradução, a produção é um caldo cultural que celebra a sétima arte e a criatividade do brasileiro.

Segunda Chamada: mergulhando de cabeça no ensino público brasileiro, a série da Globo retrata de maneira fiel a relação entre alunos e professores em meio à precariedade das escolas e de outros setores do país que acabam afetando diretamente na oportunidade básica de acesso à educação. Focando nas turmas noturnas de supletivo, que envolvem pessoas de variadas idades, o drama social se desenvolve a partir dos professores e da história de alunos específicos, como a transexual Natasha, a senhora religiosa Jurema e o motoboy Maicon. 

Babylon Berlin: Baseada nos best-sellers do escritor Volker Kuschner, a série com pegada film noir se passa nos anos 1920, quando a Alemanha passava por mudanças políticas, sociais e econômicas. O inspetor Gereon Rath chega à Berlim para investigar uma rede de pornografia que chega até o alto escalão do governo, contando com a ajuda da secretária, estenógrafa e garota de programa Charlotte Ritter. A produção é dirigida por Tom Tykwer, que também esteve no cargo nos filmes “Corra, Lola, Corra” e “Perfume: A História de um Assassino”. 

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