Atire a primeira pedra quem nunca viu uma foto que seja da mulher com flores enormes na cabeça e sobrancelhas marcantes. A figura pop da qual estamos falando é Frida Kahlo, artista surrealista, personagem transgressora e uma apaixonada incurável. Sua residência cheia de personalidade foi transformada em museu, conhecido como La Casa Azul, na Cidade do México.

A casa no distrito de Coyoacán foi seu berço, seu ninho de amor, sua prisão e seu refúgio. Foi neste chão que Frida viveu os momentos mais marcantes de sua vida, do nascimento até a morte. Durante a infância, período em que foi clicada pelo pai fotógrafo, Guillermo Kahloteve, teve poliomielite, que resultou em no pé direito mais curto e a musculatura atrofiada.

Aos 18 anos, quando aprendeu gravura e dava início a sua carreira artística, sofreu um acidente de ônibus que a mudaria para sempre. Quebrou a coluna em três lugares distintos, a perna direita em 11 pedaços, o que rendeu diversas cirurgias e uma reconstrução completa de seu corpo. Além disso, passou por três abortos ao longo da vida. A dor foi sua maior companhia durante diversos períodos, assim como os pincéis.

Como se fosse pré-destinada a ser quem é hoje, não largou sua arte e buscou na imaginação uma forma de expressar todo o seu universo particular. E dizia: “pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade“.

Na parede azul Royal da casa onde tudo aconteceu, se lê: Frida y Diego vivieron en esta casa 1929 – 1954. Este é um dos traços de uma grande e louca história de amor. O casal, entre idas, vindas e outros affairs, se casou duas vezes sob as mais belas juras amorosas. É, muita coisa aconteceu sob este teto.

“Se eu pudesse te dar uma coisa na vida, gostaria de te dar a capacidade de ver a si mesmo através dos meus olhos. Só então você vai perceber o quão especial és para mim”.

O museu reúne um acervo de pinturas de ambos os artistas, passando por obras mais famosas até as que estão quase em anonimato. Entre elas: Viva la Vida (1954), Frida y la cesárea (1931) e Retrato de mi padre Wilhem Kahlo (1952). Objetos pessoais, mobília e pequenos detalhes que nos tornam tão íntimos da pintora latinoamericana também estão expostos para saciar a curiosidade dos fãs. Ao sair, percebe-se que a casa azul é parte do que Frida foi: uma mulher forte, vibrante, harmoniosa, profunda, ao mesmo tempo que alimentava uma tristeza e melancolia infinita em sua alma.

Quanto custa: durante a semana, 200 pesos mexicanos; aos fins de semana, 220. Para tirar fotos dentro do museu é necessário pagar 30 pesos adicionais. Com a entrada comprada, tem uma cortesia para visitar o Museu Anahuacalli, de Diego Rivera, também em Coyoacán. Neste tour, é possível conhecer a Casa Azul e outras atrações.

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Post por Brunella Nunes
Fotos: divulgação/La Casa Azul

5 comentários

  1. Tenho interesse em visitar a Cidade do México algum dia. Quero me manter informada quanto a promoções, roteiros e pacotes de viagens se possível.

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